terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A PRIMEIRA DE 2012? A MORTE COMERCIAL PREOCUPA ALGUÉM?



 Já se constava há tempos por aqui que a Lanidor ia encerrar no fim do ano. A verdade é que hoje, logo de manhã, dois camiões à porta carregavam o recheio da loja. Apesar de tentar saber alguma coisa, não foi possível extrair nada aos funcionários de carga e descarga. 
Pode até tratar-se simplesmente de uma remodelação no estabelecimento. Quem sabe?!
Se tal for verdade, assim como outros encerramentos que se apregoam, uma coisa parece certa: as lojas de marcas e de referência, aqui na Baixa, estão a deslocalizar-se. Um dia destes não haverá uma única.
Paulatinamente, no Centro Histórico, estamos a assistir ao esvaziamento de alguns ramos comerciais. Alguns destes, que irei enunciar, já não há uma única casa: artigos ligados a informática, discos, electrodomésticos, ferragens, livrarias, artigos decorativos para o lar, perfumes, lãs para tricotar, oficina de pequenos arranjos, relojoaria, farmácias, bazar de brinquedos, loja de tintas, peças de automóveis, peixaria, talho, vidrarias, molduras, fotografia, ourivesaria, lavandarias, etc.
Talvez fosse altura de, por exemplo, sei lá, ser criado na autarquia um observatório para seguir estas questões. Será que estarei a ver as coisas de uma forma demasiado restrita? Será que a economia local, no "laissez faire, laissez passez", naturalmente, sem ser monitorizada, encontrará o seu próprio caminho? 
É bom não esquecer que a atractividade comercial da nossa nossa Baixa sempre residiu na sua diversidade. Talvez valesse a pena pensar nisto.

1 comentário:

Jorge Neves disse...

São necessárias políticas urgentes para fixar e atrair moradores para a baixa e para a manutenção e surgimentos de novas lojas de comércio tradicional para a baixa.
A autarquia tem a obrigação de dar o exemplo não cobrando taxas e licenças municipais.