Celta deixou um novo comentário na sua mensagem "ALÔ... ALÔ... ANILDO? ESTÁS BEM?":
Este caso é chocante, nunca pensei que o meu país desprezasse assim tanto as pessoas ainda por cima um palop. Estou enojada, nunca pensei que este Estado tratasse as pessoas como lixo!!! O que este caso precisa é mediatação. Já falou com algum media?
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NOTA DO EDITOR:
Muito obrigada, Celta por ter comentado, e sobretudo ter feito um texto sobre o "caso Anildo Monteiro" no seu blogue. Respondendo objectivamente à sua pergunta, digo-lhe que sim. Tentei, pelo menos. Enviei pedidos de ajuda a todos os jornais nacionais e televisões. Ninguém respondeu.
Cá na nossa aldeia, os dois jornais diários, Diário as Beiras e Diário de Coimbra, e também o semanário Campeão das Províncias e a revista C, já publicaram sobre este assunto, embora estes três últimos depois da nossa intervenção na Câmara Municipal de Coimbra. Considero aqui a excepção para o jornal Liberal, de Cabo Verde, na pessoa do Jornalista António Alte Pinho e da direcção do periódico, que chamaram a si o lado social desta questão humanitária.
Para quem se ocupa um pouco da área jornalística como eu -embora apenas como observador "freelancer"-, digo-lhe que a imprensa busca apenas o espectáculo de qualquer assunto. Como costumo escrever, no meu entendimento é claro, sem generalizar e salvaguardando excepções, um jornalista hoje, em metáfora, é uma máquina fotográfica que apenas capta o que todos os olhares vêem e nada mais. Nunca vão além disto mesmo. Não lêem sobre o assunto que estão a escrever. Não investigam para aprofundar sobre a questão. Muitas vezes o húmus está exactamente no que não se vê. É lógico que não estarei apenas a responsabilizar os profissionais. No fundo, eles são o resultado daquilo que lhes é imposto pelos conselhos de redacção.
Gostaria de ressalvar que não estou armado em especialista de coisa nenhuma. Gosto muito de ler jornais, e, naturalmente, muito de escrever, mas entristece-me ver que estes só pegam no fogacho e raramente pela parte humana. Enfim, paciência. Em contrapartida, e passando a imodéstia na parte que me toca, é aqui que o seu blogue, o meu, e tantos outros fazem um trabalho meritório, no sentido de que pegam nas minudências, na história anónima, no grito do sem-tecto, que nunca seria contada por mais ninguém - embora sejamos pouquíssimo reconhecidos e até ostracizados por estes mesmos meios de informação.
3 comentários:
Bom, Celta, eu queria deixar aqui qualquer coisa escrito nas pedras e para a história do tempo, mas não é fácil. Tive dificuldade em registar a minha passagem. De qualquer modo, em nome de todos os Anildos deste mundo, queria agradecer-te a preocupação e dizer-te que tens sempre a porta aberta cá da minha mercearia. Muito obrigado.
Luís Fernandes
Embora não seja perceptível, queria dizer que foi difícil de registar a minha passagem... no teu blogue. Acabei por registá-la aqui. Obrigado.
Só agora li os seus comentários, fico feliz por ter respondido. Pois eu não sabia que o Sr. já tinha tentado falar com os media. Eu acho que por exemplo programas televisivos como o Você na TV na TVI e a querida Júlia da SIC ajudam as pessoas denunciando casos. Vou tentar à mesma comunicar com esses meios de comunicação. Pode ter a certeza que antes de ler isso no seu blogue não fazia a mínima ideia que Portugal destratava assim as pessoas, é vergonhoso! farei os possíveis por tornar este caso conhecido e tentar fazer com que o sr Anildo e muitos outros sejam trtados com respeito e humanidade. Sem dúvida que é com blogues de cidadãos anónimos de boa vontade que se descobrem muitas coisas encobertas pelos media. Obrigada!
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