Em 21 de Junho, último, escrevi um texto sobre o mau aspecto, a externalidade de função, e os odores que exalam para os vizinhos, de um prédio abandonado no Largo da Maracha e remeti-o para a Câmara Municipal de Coimbra.
Escrevi também uma crónica sobre o "Cristo Negro da Maracha", um indivíduo de nome Anildo Monteiro que, recusando ajuda dos serviços sociais, vagueando por estas ruas e vielas, alimentando-se dos caixotes do lixo e bebendo água do lago do Largo Poço -que não tem circulação e é um depósito de bactérias-, dorme durante o dia e a noite naquela antecâmara de miséria.
Acerca destes dois casos imediatamente recebi informação da autarquia de que estes assuntos estavam a ser encaminhados pelos serviços respectivos e "o mais rapidamente possível" seriam solucionados."
Hoje, em informação pessoal, provinda do senhor comandante da Polícia Municipal, Euclides Santos, fiquei a saber que, acerca da limpeza exterior do edifício em decomposição, no próximo dia 18 tal "demarche" será efectuada por pessoal especializado.
Quanto à segunda questão, de reencaminhamento do Anildo, continuamos todos a aguardar. Sendo justos, devemos antever não ser fácil solucionar este problema, uma vez que, segundo a Lei de Saúde Mental, em princípio, sem a concordância do necessitado, tal tarefa não se configura fácil.
Lembro também que, segundo a Acta nº 34, de 09/03/2011, da Câmara Municipal de Coimbra, no Ponto IV -Protecção Civil e Segurança Municipal, a deliberação nº 2592/2011, de 09-03-2011, diz o seguinte:
"Tomar posse administrativa do prédio abandonado sito no Largo da Maracha, nº 7 e 8, freguesia de São Bartolomeu, com base nos princípios da prevenção e precaução estabelecidos na Lei de Bases da Protecção Civil (Lei nº 27/2006, de 3 de Julho), para execução dos trabalhos indispensáveis constantes na informação acima referenciada, de forma a restabelecer a segurança no local, devendo o processo ser desenvolvido pelo Departamento de Habitação."
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