quinta-feira, 7 de julho de 2011

UMA CARTA DE PHILADELFIA DO MEU AMIGO ILÍDIO




 Antes de falar sobre o que me trouxe aqui, vai aquele abraço para ti, amigo Luís. 
Desculpa desde já pelas faltas de alguns acentos e cedilhas, mas este meu teclado não os inclui na escrita.
Leio sempre que posso o teu Blogue. É leitura obrigatória quando venho ao computador. Há coisa de uma semana li um artigo teu, onde a certa altura dizias que tinhas alguns trezentos conhecidos, mas somente um grupo restrito de à volta de doze amigos. E eu fiquei a pensar, vou escrever ao Luís a perguntar-lhe em qual dos grupos é que ele me inclui.
Eu sei que as amizades se tornam mais forte, mais sólidas e mais consistentes quando há mais convívio, mais farra, mais diálogo etc., etc., mas, devido à minha profissão e às circunstâncias da vida, isso não tem sido possível entre nós. Mas, mesmo assim, não deixo de te admirar e de te considerar meu amigo. Talvez um dia, quem sabe, quando estivermos na reforma, consigamos arranjar tempo para contarmos um ao outro algumas das nossas memórias.
Num outro artigo, este mais recente, onde falavas de entregas de medalhas de ouro  pela Câmara Municipal de Coimbra a personalidades mais ou menos conhecidas da Cidade, estou plenamente de acordo com aquilo que escreveste. Também tive o privilégio de conhecer, embora só auditivamente através da rádio, Sansão Coelho, homem dotado de excelente voz , mas quantas mais medalhas não teria a Câmara de entregar a pessoas da cidade que também as merecerão?
Isto faz-me lembrar aquele grupo de amigos que após a morte de Carlos Castro queriam pedir (não sei se o chegaram a fazer) à Câmara Municipal de Lisboa para que esta autarquia colocasse o nome dele numa rua. Quem foi Carlos Castro para ter o seu nome numa rua da capital? 
Se aqui  nesta cidade onde me encontro que se chama Philadélfia, seguissem os mesmos  critérios, eu arriscaria a titulo póstumo ficar com o meu nome numa destas artérias como sendo o melhor Cozinheiro Português -modéstia à parte- que por aqui passou!!! 
Como dizia o nosso amigo Fernando Pessa… “e esta hein?!.
Desculpa amigo Luís algumas calinadas, mas o meu português não chega aos calcanhares do teu.
Um abraço e até sempre.

PS: Nada está sempre errado. Até um relógio parado está certo duas vezes por dia.

Ilídio Lopes
Philadelfia
(Estados Unidos da América)

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