sábado, 9 de julho de 2011

UMA VILAÇA QUE FAZ PIRRAÇA



 Reabriu hoje, completamente remodelada, a farmácia Vilaça, na Rua Ferreira Borges. 
Com a presença de João Cordeiro, presidente da direcção da Associação Nacional de Farmácias, Amadeu Carvalho, proprietário desta reputada farmácia, era um homem orgulhoso. Certamente não será para menos, a levar em conta o que afirmou no Hotel Oslo em 18 de Abril, último, realizar esta empreitada, em analogia, teria sido como dobrar o Cabo das Tormentas. Pelo menos foi o que este empresário afirmou naquela unidade hoteleira:


"Sou o proprietário da farmácia Vilaça. Estou a revitalizar o edifício. Sinto que aqui em Coimbra, a nível camarário, é muito mais difícil trabalhar do que em Viseu. O IPPAR/IGESPAR é um problema muito sério. Já cheguei a vir de Lisboa de propósito para resolver coisas ínfimas. Por uma simples assinatura, complicam, complicam, demais.
Quando comprei o prédio ainda me chegaram a dizer: “porque é que não monta ali o “Mc Donald’s”? Ainda cheguei a pensar nisso, mas, tendo em atenção a área e segundo percepcionei, a marca não quer apostar aqui na Baixa.
Esta autarquia de Coimbra é muito burocrática. Por exemplo, para manter um reclame que outrora a farmácia teve, que era composto, “Farmácia Vilaça – Perfumaria”, andei que tempos de volta de projectos e mais projectos. Aconselharam-me a retirar a “perfumaria” do reclame, mas eu queria manter, já que era assim que, há muitas décadas, me lembrava da farmácia. Então, depois de muito teimar lá consegui a legalização. Passaram-me três alvarás: um para “Farmácia”, outro para “Vilaça” e outro para “Perfumaria”. Ora é evidente que isto está mal. Há coisas simples que se podem e devem fazer…a bem de quem vem investir aqui na Baixa. Mas isto não será óbvio?"

 Parabéns ao senhor Amadeu Carvalho. Pelos vistos, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Pela sua teimosia, ganhou ele legitimamente, ganhou a Baixa, ganhou a cidade.

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