Na quarta-feira, dia 6, lancei uma "provocação" -no bom sentido, evidentemente- a João Silva para que explicasse aos nossos leitores a razão de uma "Carta Aberta" no 4 de Julho, Dia da Cidade de Coimbra.
Muito amavelmente -começo por agradecer-, o presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Coimbra respondeu ao repto lançado.
Ficam aqui as suas palavras contextualizadas:
Percebendo a expressão saltar a “tampa” quero começar por dizer que a publicação da referida “Carta Aberta”, neste momento, teve a ver com a procura de colocar na “agenda da Cidade” a questão das condições operacionais e de funcionamento dos Bombeiros Voluntários de Coimbra no contexto da Protecção Civil Municipal. Como se compreenderá o Dia do Município era sem dúvida o momento certo para o fazer e por isso o escolhi.
Motivações substantivas para o conteúdo da referida carta – que volto a enviar numa versão mais publicável – são diversas e são as que aí constam. Tem havido um óbvio alheamento colectivo e uma enorme “confusão” ou “indefinição” sobre a “sorte” dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, que levou à actual situação de enorme degradação das suas instalações e das condições de acolhimento e exercício pelos bombeiros das missões que são chamados a cumprir, e esta é uma situação que a direcção a que presido pretende ver resolvida a bem desta instituição mas, em especial, a bem da cidade.
Acontece que a resolução dos problemas que se colocam a esta Associação e aos seus bombeiros só serão passíveis de resolução hoje ou amanhã com uma atitude diferente dos seus parceiros políticos, económicos e sociais, sustentada numa visão e numa compreensão das necessidades da Cidade nesta área e das responsabilidades a que todos, sem excepção, estão obrigados.
Por tudo isto, meu caro Luís Fernandes, se há algumas “picadas” que nos obrigam a esfregarmo-nos a verdade é que o que verdadeiramente me tem vindo a fazer saltar a “tampa” é o alheamento colectivo de uma Cidade que vai abdicando de ser grande por inacção colectiva, falta de visão estratégica, incapacidade de distinguir o essencial do acessório, desprezo pelos seus valores, tudo temperado com hipocrisia e mesquinhez q.b…
Acredite que esta não é uma explicação política correcta para a “Carta Aberta”. Esta é a explicação real e sem subterfúgios para a minha atitude em nome de uma Instituição fundada há 122 anos por cidadãos de Coimbra, liderados por empresários e comerciantes locais, na perspectiva da construção de uma cidade mais forte e mais rica, que merece ser respeitada e apoiada.
Grato pela atenção dispensada aos Bombeiros Voluntários de Coimbra e a Coimbra, cumprimentos amigos,
João Silva
(Presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Coimbra)
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