(IMAGEM DA WEB)
Por Ilídio Lopes
Sendo eu um amante da natureza e amigo dos animais, enquanto estive em Portugal, muitas vezes reparei na quantidade de cães abandonados que deambulavam pelas ruas do lugar onde vivia e, de uma forma geral, no nosso País.
Quando aqui cheguei, a Philadélfia, pelo menos neste caso de análise, tive oportunidade de ver o quanto é diferente, para melhor, a vida de cão na terra do “Tio Sam”.
Posso dizer que estou aqui há seis meses –já pela terceira vez e na sequência de outras passagens- e ainda não vi um único animal sozinho na rua. Tenho visto, isso sim, canídeos presos pela trela, ou sem ela, mas sempre acompanhados de perto pelos seus donos, e estes com uma pequena vassoura e um recipiente para recolher do chão algum dejecto que eventualmente o animal possa fazer.
Em Portugal muito raramente se vê isso. Não quero dizer com isto que aqui não haja muito lixo pelo chão, mas no que aos animais diz respeito os Americanos dão-nos lições. Segundo se fala por aqui, em matéria de prioridades e protecção, estão em primeiro lugar as crianças, depois as mulheres, a seguir os animais e só depois os homens.
Mas voltando aos nossos amigos de quatro patas, tinha razão o nosso grande poeta António Aleixo quando escreveu esta quadra:
Visto um cão por um mendigo,
em casa de bom patrão,
fá-lo pensar lá consigo:
-Ai quem me dera ser cão.
Um abraço.
Ilídio F. Lopes
Philadélfia, 13 de Julho de 2011
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