Na página 15 do Diário as Beiras, de hoje, a notícia, tal como mulher feia mas de grandes qualidades interiores, passa despercebida: "MEALHADA: Câmara entra em 2011 sem dívidas".
Num tempo em que é corrente o endividamento das autarquias portuguesas, não se pode passar ao lado de um facto desta relevância. Infelizmente, o que deveria ser a regra é a excepção. O que deveria ser obrigação moral, ética e de respeito pelos fornecedores, com o passar dos anos, com as construções em areia...aliás, em rotundas, transformou-se num monstro pecaminoso de ruína nacional.
Pode até pensar-se que é um problema de cada uma...câmara, mas não é assim. O dinheiro que lhes é distribuído sai directamente do Orçamento Geral do Estado, dos impostos e de outras receitas em forma de taxas, que são pagas por todos os cidadãos do país, logo, portanto, todos temos a ver com o desperdício e má gestão -muitas vezes danosa. Basta pensar no custo dobrado de tantos orçamentos apresentados por empresas particulares. Os empresários como sabem que vão estar, no mínimo, um ano à espera da liquidação, naturalmente, sobrecarregam.
Há responsáveis? Não senhor! Político é irresponsável, civil e criminalmente, e só pode ser sancionado nas urnas eleitorais. Se a coberto da lei e a bem da moralidade está bem assim, deixe-se estar que alguém há-de pagar a conta...
Ah...parabéns sinceros ao Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada.
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