Ontem, por gentil convite de Carlos Gaspar, radialista e director de vendas da Rádio Regional do Centro, comecei uma nova experiência, sobretudo em rádio: a de comentador.
O “Palavras Soltas”, nas palavras do Gaspar, é um projecto “tertuliano” onde três pessoas, num programa de rádio semanal de 40 minutos, não vinculadas ao sistema vigente de “opinion makers”, que poucos conhecem, que não andam habitualmente nas colunas dos jornais, mas que, como todos, têm opinião, vão debater temas locais, nacionais ou internacionais, com completa liberdade de pensamento e livre expressão, mas sempre, sempre, com responsabilidade. Se tiver pachorra leia esta crónica que escrevi em 2007 sobre este assunto.
Passo já a apresentar o painel de convidados pelo Carlos Gaspar: à minha esquerda, o Mário Martins, um jornalista de excelência que, para além de ter dirigido alguns projectos jornalísticos, durante muitos anos, foi chefe de redacção do Diário de Coimbra, onde, presentemente se encontra novamente a trabalhar –“o bom filho à casa volta”, diz o povo na sua eterna sabedoria. À minha direita, o José Cardoso, um jovem de 38 anos, comparativamente comigo e com o Mário, que temos 54, é um “motor” de “Start-up –é um novo conceito ou modelo de empresa jovem, embrionária, onde implementa novas ideias, nova organização, no desenvolvimento de novos mercados e áreas de intervenção. Em suma, o Cardoso é uma “força” a ter em conta.
No meu lugar…eu, obviamente, passando a redundância, serei o menos conhecido de todos. Escrevo muito, às vezes até demais, tenho opinião para tudo. Serei o protótipo do português que, vindo das catacumbas da pobreza, sobe a corda a pulso e tenta, ainda hoje, fazer tudo aquilo não lhe deixaram ou deram oportunidade. Enfim, o “self made man”, de camisa aberta a mostrar o peito forrado a pelugem negra, de sorriso fácil, sempre disposto a ajudar alguém, e de grande humildade, tão típico do “portuguesito” além-montes, além-fronteiras e além-mar.
Então, depois da apresentação, diria que este novo programa é patrocinado pela Orima, de Mário Miranda de Almeida, de Cantanhede. Diria ainda que aspira a ser um bom espaço participado –porque está prevista a inclusão de convidados sobre o tema versado, bem como perguntas de ouvintes-, onde a opinião de cada um flua, em jeito de tertúlia. Diria ainda, que evita de estar a pensar que, daqui para a frente, vou passar a vestir roupa de marca, não é verdade. Como a nossa participação é “pro bono”, gratuita, terei de continuar a vestir farpela “baratuxa”.
E pronto, creio que o essencial fica dito, falta apenas dizer-lhe que o programa irá para o éter às sextas-feiras, das 17 às 18h00. Se quiser ouvir as minhas parvoíces –só as minhas, porque os meus colegas sabem o que dizem- pode fazê-lo aqui.
Então, boas “Palavras Soltas. Espero que goste, que se divirta e, sobretudo, que as nossas palavras possam servir para o fazer pensar.
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