terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A LEI DA ROLHA E A ORGIA PRIVADA DO EXECUTIVO

(IMAGEM DA WEB)


  Eu sou um bocado estúpido –“isso é que é uma avaria”, pensa você num meio de um escangalhado riso. Às vezes, interrogo-me, porque é que os outros chegam tão facilmente a conclusões e eu não!? Se eu tivesse acesso ao Damásio –o neurocientista luso que está nos "States"-, juro que lhe colocava esta questão. Claro que ele, que é muito inteligente, para não me abalar a auto-estima, ir-me-ia dizer que estamos perante outra forma de inteligência. Não lhe chamaria de “afectos”, mas de outra qualquer denominação. Eu ficaria remediado, mas não satisfeito. E continuaria com esta “endrominância” a remoer-me o juízo.
Ainda agora, com esta coisa de o executivo da Câmara Municipal de Coimbra querer proibir a presença de jornalistas nas reuniões do executivo, estou parvo. Ora se toda a gente, incluindo a oposição, os jornalistas e os demais “opinion makers” estão de acordo de que as portas devem ser abertas, porque raio é que eu não entendo e defendo o contrário destas pessoas mais inteligentes do que eu? É lógico…porque sou mesmo burro. Eu não consigo vislumbrar a razão de mostrar ao público umas discussões entre executivo e oposição, mas, já vi…pelos outros, deve mesmo ter muito interesse. Eu sei lá, deve ser assim como um filme pornográfico, uma pessoa, enquanto espectador, gosta de ver o desempenho dos artistas…dá “tusa”, como dizem os brasileiros.
Mas ali, nas reuniões do executivo –que não é a mesma coisa, lá só se fornica virtualmente alguém, e de que maneira!-, enquanto se discute o futuro de muitos cidadãos, não é obrigatório alguma serenidade? Sei lá, se calhar não. Olhando ao ponto de vista de alguns, sob os flashes das máquinas fotográficas, provavelmente, os intervenientes na orgia fictícia, têm uma prestação superior. Mas, mesmo assim, faz-me confusão, se os “gajos” que estão lá no “mocanço” público –que estão a fornicar os privados, é bom não esquecer-, dizem que perante as câmaras se sentem inibidos e o seu desempenho é alterado, não deveria ser respeitada a sua vontade?
Com franqueza, nem sei para que estou para aqui a escrever…sou tão cavalgadura, que nem compreendo as minhas próprias questões. Vou mas é fazer-me amigo do Damásio no Facebook…

2 comentários:

João Braga disse...

Zeca Afonso escreveu está letra de um música:


Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta
Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta
O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta
Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta

Anónimo disse...

Julgava eu, que com a mudança de Carlos Encarnação para Barbosa de Melo (filho), esta coisa iria mudar. Mas enganei-me. Então vejamos:
Entrada de jornalistas, decisão igual ao anterior Perfeito.
Entrada de Boys. Aí tudo bem. Ou seja;
Um chefe de Gabinete
Dois ASPON (Assessores de porra nenhuma "
Dois Secretários.
Então o actual Perfeito aumentou o pessoal no seu gabinete. Afinal não á dinheiro ou não sei ler.
Depois mudanças de ASPON, para outros vereadores.
O que espera a oposição para protestar contra estas situações.
Depois a Câmara contrai empréstimos em cima de empréstimos.
Os jornalistas não podem estar, mas quando é preciso entrevistas aos que os colocam na rua, é logo a correr.
25 de Abril já na C.M.C.