tag:blogger.com,1999:blog-64636933344777389682024-03-18T03:01:23.365+00:00Questões NacionaisLUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.comBlogger12089125tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-87808020842552203912024-03-09T23:02:00.005+00:002024-03-09T23:06:08.267+00:00AMANHÃ É DIA DE ELEIÇÕES LEGISLATIVAS<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhCiPQWxdYFxaWN_K5umRNCBuKAin7XcN8IrYKt00hr0Yi3TdwinH4KXudPeLvCyJNWVyiiRgH3hZr6Xyf5ZLtQTOeXOICdrXLAQEu_XN7vF-Idgm_M3EU3ddNNtj6oti7q_QPoqN84H6qmigGMhunxDx_OqlY_Zgy4a1Iamibpisy1Vlkw_mmN4l3AHsg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="161" data-original-width="313" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhCiPQWxdYFxaWN_K5umRNCBuKAin7XcN8IrYKt00hr0Yi3TdwinH4KXudPeLvCyJNWVyiiRgH3hZr6Xyf5ZLtQTOeXOICdrXLAQEu_XN7vF-Idgm_M3EU3ddNNtj6oti7q_QPoqN84H6qmigGMhunxDx_OqlY_Zgy4a1Iamibpisy1Vlkw_mmN4l3AHsg=w400-h206" width="400" /></a></div><b><br /> </b><p></p><p style="text-align: center;"></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-large;">D</span>epois
de uma campanha - para uns atribulada, para outros normalíssima,
para outros ainda risível e pouco esclarecedora – onde, sobretudo,
sobressaiu o apelo ao voto, chegámos à véspera do acto eleitoral,
o chamado “Dia da Reflexão”. Este dia de meditação, em que não
se pode fazer campanha, com apelo ao voto, e falar em partidos
concorrentes às eleições, onde o atropelo é severamente
sancionado pela Comissão Nacional de Eleições, trouxe, de novo mas
com maior acutilância, à discussão pública da necessidade de
manter este quebra-rotina, este interregno eleitoral. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Depois
do voto antecipado se tornar uso para alguns milhares de portugueses,
o argumento dos defensores da abolição do “<i>período de nojo</i>”
começa a fazer sentido. Contudo, como neste tempo efémero de
campanha, por ventura, nunca houve tanta indecisão, cerca de 20 por
cento de eleitores, se calhar, continua a fazer sentido, nem que seja
para abafar o ruído provocado pelos candidatos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Ainda
que o meu voto valha o que vale, somente uma unidade pessoal e
intransmissível, talvez o único acto que no momento de colocar o
“<i>papel</i>” na urna, de facto, não distingue classes, ricos,
pobres e remediados, confesso que, desde sempre que votei, jamais me
senti tão indeciso em a quem dar o meu voto. Ainda que isto pouco
interesse, mas só ontem à noite tomei uma resolução. Para mim,
salvo uma excepção partidária em que o eleitor é fiel, com maior
relevância, contou menos a ideologia e mais o perfil dos candidatos.
</span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Ainda
que esta cruzada fosse classificada como os bons elegíveis, os menos
eficientes no desempenho que se espera, e os maus a evitar como
<i>belzebu</i>, onde, pelas poucas diferenças apresentadas pelos
concursantes aos cidadãos, caíram as poucas barreiras que dividem a
Esquerda e a Direita. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Hoje,
o eleitor comum apenas está preocupado com os problemas que o
assomam e preocupam no quotidiano. E tanto lhe faz que a solução
resida num lado como noutro – para além de outros que, depois de
cinquenta anos a votar sempre nos mesmos e as dificuldades básicas
se manterem, como exemplo, a habitação, o ensino, a saúde e a
deterioração dos serviços públicos, decidem romper com a tradição
na agremiação que abraçaram desde novos. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Todos
os partidos e candidatos, uns mais que outros, devem merecer o nosso
respeito pela sua vontade de, com a nossa colaboração expressa no
voto na urna, tornar Portugal um país melhor onde, jovens, cidadãos
de meia-idade e idosos, se possa viver com dignidade, segurança e
alguma felicidade, seja esta ciclónica, curta e faseada.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Nunca
na minha longa vida aconselhei o voto seja em quem for – e detesto
quem o faz ainda hoje com mensagens telefónica ou através das Redes
Sociais. Por conseguinte, tal como em períodos eleitorais análogos,
faço o apelo para que, amanhã, não deixe de exercer o seu
direito/obrigação e, com desculpas esfarrapadas, “<i>como estava
a chover ou tive uma dor de barriga</i>”, deixe de exercer a sua
vontade, repito, a sua vontade, em quem deve vestir o fato da
responsabilidade e governar o país nos próximos quatro anos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Não
deixe que, devido ao seu comodismo, outros decidam por si. Todos
temos uma quota-parte de responsabilidade na “<i>entronização</i>”
do próximo primeiro-ministro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Vamos
lá!</b></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-15700034793798234312024-02-11T22:43:00.002+00:002024-02-11T22:43:45.013+00:00 25 DE ABRIL, 50 ANOS DEPOIS<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhw4Y9z-qgT610L_kDCT1ZNpYcGzLJl_k4LYnMrji6CYacf66GBTAWSwPCRb_3uE3DEd41j8OFKKwVp6O8tarZJwjyXVps4sAdm--ZKQpdLrY-dGgMacAO8JXye9rsqDA0qCoMA_5DoWQfCfDdkAvhkzfBjvPXmxVb8V6t7QYGXg8DHH6RYVohbLfUMDHU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="320" data-original-width="210" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhw4Y9z-qgT610L_kDCT1ZNpYcGzLJl_k4LYnMrji6CYacf66GBTAWSwPCRb_3uE3DEd41j8OFKKwVp6O8tarZJwjyXVps4sAdm--ZKQpdLrY-dGgMacAO8JXye9rsqDA0qCoMA_5DoWQfCfDdkAvhkzfBjvPXmxVb8V6t7QYGXg8DHH6RYVohbLfUMDHU=w421-h640" width="421" /></a></div><b>(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)</b><p></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;"></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-large;">A</span>lmerindo
Oliveira, num daqueles dias em que tudo parece pardo e desvirtuado,
sentiu-se nostálgico. Fosse pelo peso das suas 65 primaveras, e
prestes a entrar na reforma, sem penalização. Fosse pela maldita
barriga que, mesmo comendo pouco, teimava em não abater. Fosse pela
enorme clareira que dividia a sua cabeça num campo de aviação para
animais voadores e duas margens densas para nidificar a caspa, a
verdade é que as constantes manifestações de classes profissionais
ocorridas no último ano, tem-no deixado apreensivo. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Reivindica-se trabalhar menos
horas e auferir maior ordenado; pede-se que o Governo acabe com o
IMI, Imposto Municipal sobre Imóveis, e Imposto de Selo. Em
contrapartida, que se construa mais largos milhares de habitações
sociais, e passe a ser o pai espiritual de milhões de filhos de pai
incógnito; reclama-se o aumento desenfreado para os aposentados com
reformas baixas– mesmo para quem não descontou. Muitos
contribuintes, jovens e menos novos, viram descer até ao gratuito o
custo dos passes sociais e descidas nos escalões de IRS – mas é
pouco e querem muito mais, como, exemplo, a gratuitidade de propinas
universitárias. Requer-se a baixa de IVA para todos sectores da
actividade económica.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>O Serviço Nacional de Saúde
(SNS), depois de classificado como excelente, bestial, durante a
pandemia em 2020/2021/2022, de repente, num virar de página, como se
uma nova pandemia social maléfica se instalasse, as denunciadas
falta de médicos e filas para marcar uma consulta passam a
constituir abertura de telejornais diariamente. Os professores, mesmo
com a razão que lhes assiste, liderados – ou instrumentalizados -
por vários sindicatos, contribuem para o caos. Com os tribunais
atulhados de processos em atraso vergonhoso, os oficiais de justiça
fazem greve a exigirem novos aumentos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">Com um Presidente da República
mais interessado em concentrar o olhar nos índices de popularidade e
o Ministério Público acutilante e actuante, transformado em Deus
omnipresente e vingador, o Governo, com casos suspeitos e outros
insuspeitos, caiu nas suas malhas e o Primeiro-ministro, António
Costa, de um pedestal de estrela brilhante, caiu, resignou e passou a
gestor de um executivo em coma de apagamento. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Alegadamente, assente num erro
discriminatório no aumento de uma ramificação policial pelo
Conselho de Ministros, os restantes responsáveis pelos vários ramos
de segurança, PSP, GNR, Guardas Prisionais e Agentes da Polícia
Municipal, mesmo sabendo que o Governo, em modos limitados de Gestão,
não pode assumir compromissos para o futuro que onerem o país,
fazem uso de baixas médicas fraudulentas para faltar a compromissos
inadiáveis e tomam a rua como centro de anarquia, lançam o medo e a
insegurança. Numa mimética comprometedora, os Bombeiros Sapadores
entram no cortejo reivindicativo dos subsídios de risco.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Os agricultores, depois de
décadas de exploração pelo grande comércio nacional e deixados
pisar por normas concorrenciais ultrajantes exaradas pela Comunidade
Europeia, perante o ruído devastador dos rurais franceses, decidem
acordar agora, precisamente, quando o Governo pouco pode fazer.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Em casa onde não há pão,
todos ralham e nenhum tem razão.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>No próximo 10 de Março,
perante 8 candidatos a primeiro-ministro sem cadastro, sem bússola
ideológica onde o que conta é o assédio eleitoral sem limites, e
sem provas dadas que garantam confiança governativa, vamos ter
eleições legislativas.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Como se de um “<i>complot</i>”
se tratasse, um plano cúmplice maquiavélico a conduzir em direcção
à tragédia, parece tudo muito estranho.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: large;">A</span>
trabalhar desde criança, Almerindo, filho de pais humildes, não
pode estudar em tempo útil, mas, mesmo assim, apanhando o comboio
das letras de noite e trabalhando durante o dia, tirou o curso de
TOC, Técnico Oficial de Contas. Subindo a pulso no escalão social,
conseguiu entrar nos quadros da função pública e tornar-se “<i>manga
de alpaca</i>”.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Desde que se lembra e até
hoje, sempre teve dois empregos, um a servir o patrão Estado até
meio da tarde e o restante, até altas horas, a fazer contabilidade
em pequenas e médias empresas. O sacrifício familiar foi uma
constante sem precedentes em toda a sua vida de marido, pai e avô.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Desde a modesta casa até ao
mais que rodado velhinho Fiat Punto, de 1984, tudo fora adquirido a
prestações. Numa graça sem limites, no meio de uma gargalhada, diz
que a sua maior alegria é a liquidação da última prestação.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">Como se numa catarse, uma
libertação de sentimentos ou emoções reprimidas, tivesse
necessidade de se embrenhar no passado distante, tão longe, por se
esfumar nas trevas da memória, e tão perto, por o tempo, marcado
a ferros e parecer que foi ontem, passar a correr. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">50 anos depois de 1974, aceita
sem rebuço que a vida quotidiana dos portugueses melhorou muito. Mas
nunca chegará ao ponto de ser perfeita. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Contudo, não podemos esquecer
que o Estado Social não dá nada sem que antecipadamente tenha
recebido. Ou seja, numa justeza equilibrada, é um distribuidor que,
com divisão coerente evita uma discrepância social entre os que
mais têm e os menos bafejados pela sorte.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Embora compreenda que o
dissenso social é o motor do desenvolvimento, Almerindo, perante a
sua longa experiência de vida, trabalhosa e difícil, custa-lhe
entender tanta exigência ao Estado. Se todos queremos legitimamente
auspiciar uma vida melhor, naturalmente, devemos ser serventes do
Estado Social.</b></span></p><b></b><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-25111391160180189672024-02-10T23:32:00.005+00:002024-02-11T12:43:21.422+00:00 MEALHADA: O ÚLTIMO DIA DO MERCADO DE SANT’ANA<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgXPqlxe9QCsyJH8b4MoUq4KoLz_5yDz9NK0bveB2fxHuNzZRVq9tMoqNbwA4lyu7JBWElhICDQ-d-SGo0xec-vODd0qufVBhSAZ7E2jp8H92ydzp8F9LbV_aCnnm2cBHu3ZRZ0jFR8ENDU0BT3LXJz7H5fxayV_JmTeipdHuYHxpVvvqP-YxC3qbih8sA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgXPqlxe9QCsyJH8b4MoUq4KoLz_5yDz9NK0bveB2fxHuNzZRVq9tMoqNbwA4lyu7JBWElhICDQ-d-SGo0xec-vODd0qufVBhSAZ7E2jp8H92ydzp8F9LbV_aCnnm2cBHu3ZRZ0jFR8ENDU0BT3LXJz7H5fxayV_JmTeipdHuYHxpVvvqP-YxC3qbih8sA=w640-h640" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjgtnSnSMptlvn4phxB7t9qmzjlhQL2ALcqQIonyHZKWb2oklPQEyUG_W9n201ZonNQ2ve7kESanG6nBc6mEJhPI65zxI2fU5XbQvZ4TbqYyH2wb0Lt5IJ2Ace5CX4B1uJoJeH1gdluFIf6HYBl6gDWcUTuNAa3LFyz7RP7iNeekayoM6ytqzzb1t3E6BE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjgtnSnSMptlvn4phxB7t9qmzjlhQL2ALcqQIonyHZKWb2oklPQEyUG_W9n201ZonNQ2ve7kESanG6nBc6mEJhPI65zxI2fU5XbQvZ4TbqYyH2wb0Lt5IJ2Ace5CX4B1uJoJeH1gdluFIf6HYBl6gDWcUTuNAa3LFyz7RP7iNeekayoM6ytqzzb1t3E6BE=w400-h400" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEivWA1yNV3BP81C-F6Z45r_Ao1DJ9Z8P_Ut2w5Qb1IIHyQVQFn51IelRUTpblEoTlNq2nFI-Kuj6t79Lf3XWdhYxTvSuQAdsHjLjEw8tBLyM0yN-3PYPdglCsclyhIuAka0vNiaeql7glaosnGk2Jh4IiUfcdMPmPAv1lO4kC0bdEUKBu7HbhIq83zVxkc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1153" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEivWA1yNV3BP81C-F6Z45r_Ao1DJ9Z8P_Ut2w5Qb1IIHyQVQFn51IelRUTpblEoTlNq2nFI-Kuj6t79Lf3XWdhYxTvSuQAdsHjLjEw8tBLyM0yN-3PYPdglCsclyhIuAka0vNiaeql7glaosnGk2Jh4IiUfcdMPmPAv1lO4kC0bdEUKBu7HbhIq83zVxkc=w400-h225" width="400" /></a></div><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 13pt;"><span style="font-size: 28pt;">O</span>
relógio da torre sineira da igreja matriz da Mealhada terminou há
pouco de bater a última das doze badaladas. O tempo, como se
indeciso entre o rir e o chorar e a oscilar entre dois polos, ora
intermediava entre um sol brilhante e radioso e uma chuva copiosa. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 13pt;">O senhor Ventura, com o
interior da caixa-aberta da sua camioneta repleta de caixas de
madeira, preparava-se para abandonar o Mercado de Sant’Ana pela
última vez. Esta popular praça, de roupas novas e usadas, calçado,
árvores fruteiras, aves de criação, carnes vermelhas e brancas,
sementes e hortícolas encerrava definitivamente hoje, 10 de
Fevereiro de 2024. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Durante as últimas três
décadas, impreterivelmente, pelas sete da matina de um qualquer
Sábado, gelado ou tórrido, o comerciante de frutas e hortaliças
marcou presença e, como fazendo parte integrante de um coro em notas
musicais desafinado, com os pregões brejeiros e de assédio, ajudou
a tornar aquele espaço, onde a ruralidade franca, com o calão, o
palavrão e o vitupério, numa miscelânea de cores variadas,
misturada com a “<i>finesse</i>” citadina, se torna encantadora.
Como se um território neutral se tratasse, numa paz orgânica,
tolerante e apaziguadora, ali, numa amizade cimentada nas diferenças
de cada um, num caldinho multicultural, conviveram vendedores de
etnia cigana, negros, e homens e mulheres de todas as cores.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 13pt;">Com a mão esquerda na manete
da porta do automóvel, o pé do mesmo lado no patim e o direito na
terra batida e esburacada pelo calcar das máquinas e carroças de
duas rodas, o comerciante de frutas e leguminosas, com um olhar
apagado e tristonho, com a mesma nostalgia de quem se despede de um
amigo que parte para sempre, aparentando não ter qualquer pressa,
parecia amarrado e adormecido perante a paisagem que se estendia à
frente dos seus olhos. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Não era uma bela vista
paradisíaca, daquelas metafóricas pinturas materializadas que
transcende a realidade e faz bem à alma de qualquer um carecente.
Pelo contrário, numa imensidão de chapas de folhas onduladas meio
retorcidas a proteger parcialmente das intempéries e da canícula e
suportadas por barras de ferro enferrujadas a fazer lembrar uma
imagem terceiro-mundista, era um cenário de extrema pobreza visual.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 16pt;">C</span>om
o motor a ronronar, como se de um gato se tratasse, parecia que o
“<i>bicho</i>”, sem respeito pelo sentimento de solenidade do
momento, aguardava o par de mãos do dono para se pôr a andar dali
para fora. Mas o homem, como se estivesse pregado com cimento àquele
chão pleno de crateras, teimava em não dar acordo de si.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Só quem sente abruptamente o
corte de qualquer coisa, um hábito, uma rotina, que se colou a nós
e, como revigorante, nos ajuda a encarar o dia e a ser o que somos,
consegue compreender o sofrimento do desaparecimento de algo que
morre, ou desaparece, e perceber a lágrima solitária e furtiva que
se soltou daqueles olhos cansados.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Mas, foi emoção de um
momento. Segundos ou minutos, ou coisa que o valha. O som estridente
de uma buzina acordou o senhor Ventura daquele longo torpor.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>No próximo Sábado estará
novamente pronto a atender os seus muitos fregueses na nova
infra-estrutura comercial.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 16pt;"><b>O
NOVO MERCADO ABRE NO PRÓXIMO DIA 17</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 26pt;">D</span>epois
de 115 anos a servir a população, entre o provisório e o
definitivo, o Mercado de Sant’Ana fecha a última página de uma
história que dava um livro. O terreno, onde funcionou mais de um
século e está englobado no átrio da Capela com o mesmo nome, é
propriedade da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada. Alegadamente,
destina-se à construção de novas valências sociais, como lar de
terceira-idade, a desenvolver por conta da Irmandade mealhadense.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><br /></b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiRO8pi258C4jMGRjTqfY7cV3eKrGEkGGBGEgVns5ZkywQZqQzITc_ThoAHZfWPCbnuwBWvWaeS3mcgKa_3yiV9cCMJB_A6-AXcZovw2Xgd9Bqn3zCXJf__368oUcgIrLa8kFTKGCSZUqri8egF0D3CSdxS12xOB-miEfVHSc66q9QO1mjjrJRvCI2RBPE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="1153" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiRO8pi258C4jMGRjTqfY7cV3eKrGEkGGBGEgVns5ZkywQZqQzITc_ThoAHZfWPCbnuwBWvWaeS3mcgKa_3yiV9cCMJB_A6-AXcZovw2Xgd9Bqn3zCXJf__368oUcgIrLa8kFTKGCSZUqri8egF0D3CSdxS12xOB-miEfVHSc66q9QO1mjjrJRvCI2RBPE=w360-h640" width="360" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXlIDm5TNW473bpMn6CxsXIUqPU0yQe7ZYCby-vnA_EG0hbRYpJsNxjyIBu5Ec_ujOzNq6tXzVhy36O_bp6P7T7N3kms4HqPqj7LtKOpgq7uPesx_LJJ47SN1r23X4q3sm__OHxdcAbLtHd-VFT6TamRdhIyaDjR7cB6ztEke2xUEGA8KAr_i8Cf0xMYk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjXlIDm5TNW473bpMn6CxsXIUqPU0yQe7ZYCby-vnA_EG0hbRYpJsNxjyIBu5Ec_ujOzNq6tXzVhy36O_bp6P7T7N3kms4HqPqj7LtKOpgq7uPesx_LJJ47SN1r23X4q3sm__OHxdcAbLtHd-VFT6TamRdhIyaDjR7cB6ztEke2xUEGA8KAr_i8Cf0xMYk=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbfqnxZvyuRH6dWHNnefCkO5OH1T4s8sV_QJoKUWLIjOszdncTB5msobNaCwPsZxxAhm-_DM3T-WE4vPdOlcFfEWbyErin94Fr_JJn3sLwAtuM2SOUo-NNh9yFeapXaf1Fd9500lLBnl-sZea3oEbIcTmt6XT30unJZ9xUFz_n49vnEF9H70XWK5d31y4" style="font-size: 13pt; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbfqnxZvyuRH6dWHNnefCkO5OH1T4s8sV_QJoKUWLIjOszdncTB5msobNaCwPsZxxAhm-_DM3T-WE4vPdOlcFfEWbyErin94Fr_JJn3sLwAtuM2SOUo-NNh9yFeapXaf1Fd9500lLBnl-sZea3oEbIcTmt6XT30unJZ9xUFz_n49vnEF9H70XWK5d31y4=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg2dH3p-19bAWIQxHrltFp87NnLbrgrKKOzBIfJsSbuSN_xK9ukB_w9bgsn_prr0X_fMgoA3ugg0wh0qMOgbbswvJTGhA7YcFNEA3ctmOPTolSnacQK-gJePwet_bvhs-eiI7YHkZ3xgp7mtkooqA8LCQIotgREQ3sWfmGXjt1uDf4E7IZKiXCYpB4OE1A" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg2dH3p-19bAWIQxHrltFp87NnLbrgrKKOzBIfJsSbuSN_xK9ukB_w9bgsn_prr0X_fMgoA3ugg0wh0qMOgbbswvJTGhA7YcFNEA3ctmOPTolSnacQK-gJePwet_bvhs-eiI7YHkZ3xgp7mtkooqA8LCQIotgREQ3sWfmGXjt1uDf4E7IZKiXCYpB4OE1A=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiwhYWJbax8PBK2cffDXUj3fYGrj8PCwxFcUbAV8rpIRFSXrdo3LTGVbxbmwMSihgPpLXx3_1wBNECQpztr97vV1V_OD8utdEpbsfs2cbF_ozWxkUNRf8HwQomFwOWTuovQf4lgea36xQ6cy7TT0a8lwt3gFtJg9ns2IoxwZjEWK5trWAgZ8N5cUAjBM8w" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiwhYWJbax8PBK2cffDXUj3fYGrj8PCwxFcUbAV8rpIRFSXrdo3LTGVbxbmwMSihgPpLXx3_1wBNECQpztr97vV1V_OD8utdEpbsfs2cbF_ozWxkUNRf8HwQomFwOWTuovQf4lgea36xQ6cy7TT0a8lwt3gFtJg9ns2IoxwZjEWK5trWAgZ8N5cUAjBM8w=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhe8_fmPkhOB3ZLOAvb3nz2Sd3mQmcyrYQN88rHdTulDAtAyBZtUH2GjJ6W5wfweAfN7CuTkj2ueKQwfzNwB-7W_lJBtRLstxwEpR8w2fTSoC8S36GUgSEfncozHaEApgioZUpK3u2G9BQBtxcDHbtqbJnqXowM6F5BEN8oJcBACNM942jOJzoRq5Shw9k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhe8_fmPkhOB3ZLOAvb3nz2Sd3mQmcyrYQN88rHdTulDAtAyBZtUH2GjJ6W5wfweAfN7CuTkj2ueKQwfzNwB-7W_lJBtRLstxwEpR8w2fTSoC8S36GUgSEfncozHaEApgioZUpK3u2G9BQBtxcDHbtqbJnqXowM6F5BEN8oJcBACNM942jOJzoRq5Shw9k=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhAsiel3b2BdfLlnwGqvuUTjC2RGpYzEvDELWbXi_VSKMCHLq7YOV5b0afr3curMcV1vCaFsCu-6EQfu7n4nLAOGd-ZxYjraV6h9nimk5Ra7KgkFqCIkQcQTyGn8mqYR4IChwWmxLpLGl5ji--h6a_JZgFLnwO6fP0nyteUs74HK-Fshi6Twx2Tlb3pmOs" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhAsiel3b2BdfLlnwGqvuUTjC2RGpYzEvDELWbXi_VSKMCHLq7YOV5b0afr3curMcV1vCaFsCu-6EQfu7n4nLAOGd-ZxYjraV6h9nimk5Ra7KgkFqCIkQcQTyGn8mqYR4IChwWmxLpLGl5ji--h6a_JZgFLnwO6fP0nyteUs74HK-Fshi6Twx2Tlb3pmOs=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjlnvUpsuIpHClHAqmQefGB1Wpzp2DbL9W3pDjseXdfxKx2vimpGkv9VBfhwBa6ffsv5Zs3KbIJex2Ky1SS3cj0p-dkZ4_n0IeLPbYcb5Iiv9l-A4JBviZDtlO9Yr_TlkqJpDRKZ-BIwGEvRHtkTOqg7zf4d3rctHKbxzA6FGiGF-rqpFobcjNBNqdHpNQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjlnvUpsuIpHClHAqmQefGB1Wpzp2DbL9W3pDjseXdfxKx2vimpGkv9VBfhwBa6ffsv5Zs3KbIJex2Ky1SS3cj0p-dkZ4_n0IeLPbYcb5Iiv9l-A4JBviZDtlO9Yr_TlkqJpDRKZ-BIwGEvRHtkTOqg7zf4d3rctHKbxzA6FGiGF-rqpFobcjNBNqdHpNQ=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKlPeaf1ivsz2E97H4O1G852O5ESUxMZnvhnu2CUSthmplChPRtQB3nL86l2EaIB9U9MrSk-TJ-P6hNB5mSe0EIWL5ffj8LtV6Q8x3f_qZcIiWOMawsc8RFefDjLETPZyUupWmCMUv5jeOVuXbPxFFAF2at6RCbjNBez8oS2Pp4sEq0kBa6Yk3HvF66EE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKlPeaf1ivsz2E97H4O1G852O5ESUxMZnvhnu2CUSthmplChPRtQB3nL86l2EaIB9U9MrSk-TJ-P6hNB5mSe0EIWL5ffj8LtV6Q8x3f_qZcIiWOMawsc8RFefDjLETPZyUupWmCMUv5jeOVuXbPxFFAF2at6RCbjNBez8oS2Pp4sEq0kBa6Yk3HvF66EE=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi-C_cMLbtna6OvMvLN09Ym8N3J0karAZM4w_vHQz2DoHkPSprYkYBljaq6Wwpuw7B0nvxq0e7etaVZOHYa7XdLEo45GFDET80cw95NcFvAaYeCjF8345_JClZZqp8mM0isL8FSYBbkaojMbVwGAQciR8jcuJce_LBEODqB9YSZEGTW2uw8HxMldzCUvL0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi-C_cMLbtna6OvMvLN09Ym8N3J0karAZM4w_vHQz2DoHkPSprYkYBljaq6Wwpuw7B0nvxq0e7etaVZOHYa7XdLEo45GFDET80cw95NcFvAaYeCjF8345_JClZZqp8mM0isL8FSYBbkaojMbVwGAQciR8jcuJce_LBEODqB9YSZEGTW2uw8HxMldzCUvL0=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiUHkMHygSx3eNwrKfAqG3R-3zS4VmuUZXqHLHhzXT1mxs93TVjQwQX4t4WfNQAccX-1k9u5eHjaS4gTjn4CWAGI6lKcfjwksLvMoey9Z-MUmgUzWZ9n7KTOKLcQMNeXaneOghIJoOCuvphS-REqjh37LiCKR2o-IaIYApYngysJAVR_TnXDp6Adf_U0Xo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiUHkMHygSx3eNwrKfAqG3R-3zS4VmuUZXqHLHhzXT1mxs93TVjQwQX4t4WfNQAccX-1k9u5eHjaS4gTjn4CWAGI6lKcfjwksLvMoey9Z-MUmgUzWZ9n7KTOKLcQMNeXaneOghIJoOCuvphS-REqjh37LiCKR2o-IaIYApYngysJAVR_TnXDp6Adf_U0Xo=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjYC2UdyK2LIbRApUbglTzN2MS7PGWoDz1j6e6YegKN6od1bHxWdzg1G4ENzKf-sNHsmT9gqDlPihtutl-6mIRrYzf-eiVy_rDIigChrc2LlURMkWVQ87D_cWGtcMopEDXPP7onS-FhfIenTseWXlWSqhnkzcYmXjOoZU5-R8nRjXMyobUsrTmCfZA8byw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjYC2UdyK2LIbRApUbglTzN2MS7PGWoDz1j6e6YegKN6od1bHxWdzg1G4ENzKf-sNHsmT9gqDlPihtutl-6mIRrYzf-eiVy_rDIigChrc2LlURMkWVQ87D_cWGtcMopEDXPP7onS-FhfIenTseWXlWSqhnkzcYmXjOoZU5-R8nRjXMyobUsrTmCfZA8byw=w400-h400" width="400" /></a></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /><br /><br /></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></b></span><p></p><p style="text-align: center;">
<br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-52385190189562761402024-01-24T23:46:00.004+00:002024-01-24T23:58:11.454+00:00 BARRÔ: ENSAIO PARA QUE A FESTA DE ANO NÃO ACABE (3)<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEif_kxA3to-UYX4WojTYemPG51GloWFEIgb5fB-At7zCtRVulw46rqTKDJDWFN0EgW_p73n_ATH-7hnabdE-gK4mV03-Y_uy0W3cfYwAZH0OPAFTLO4M2rSVERuYgXm2nmfwZ20LvP1h978eiPPROCzUYVMLF7AvD71haIU8s1X9M02QXm90pjcQ8hXR5k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEif_kxA3to-UYX4WojTYemPG51GloWFEIgb5fB-At7zCtRVulw46rqTKDJDWFN0EgW_p73n_ATH-7hnabdE-gK4mV03-Y_uy0W3cfYwAZH0OPAFTLO4M2rSVERuYgXm2nmfwZ20LvP1h978eiPPROCzUYVMLF7AvD71haIU8s1X9M02QXm90pjcQ8hXR5k=w400-h400" width="400" /></a></div><p></p><p style="text-align: center;"><br />
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">N</span>os
últimos três dias, numa espécie de rosário (terço), trazendo à
discussão a festa de ano em Barrô, fui desfolhando as contas.
Ainda que possa parecer provocatório, a intenção é, trazendo o
assunto à liça, tentar perceber o que se passa, dando ideias, e,
pelos interessados, fazer reflectir para o futuro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Bem
sei que, alguns, estarão a pensar: “<i>olha
p’ra ele armado em esperto. Se sabe tanto, que faça ele!</i>”</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Como
ressalva, pelo que vou escrever a seguir, mais uma vez peço desculpa
se alguém se sentir ofendido.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Levando
à letra o pensamento que me levou a redigir esta série de textos, a
solução para elevar esta terra no espectro concelhio não reside
num homem só, mas sim num grupo de moradores dispostos a largar a
sua área de conforto e que esteja disposto a romper com a inércia,
a preguiça da inactividade. Sobretudo, despender algum do seu tempo
em nome de um projecto social sem fins lucrativos que, destinado a um
colectivo amorfo e silencioso, pode falhar e implicar o endividamento
dos envolvidos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Apesar
de habitar, de facto, há cerca de quatro anos, já deu para ver que,
na generalidade, os moradores na aldeia são pouco solidários uns
com os outros.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Numa
catarse mal tratada, muitos permanecem em conflito consigo mesmos
desde que nasceram e procuram na religião a abstracção que lhes
traga a redenção.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Numa
espécie de capa comunitária de mentira, todos se dão bem. Mas isso
é apenas o que parece. No fundo, bem no fundo, dissimulado nas
entranhas, há um ódiozinho de estimação a minar as relações de
fraternidade.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Voltando
a ideias que possam dar resistência e manter a festa de ano de pé,
vou elencar algumas “deixas”:</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: large;">1</span><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: medium;">-Anualmente,
deveriam ser nomeadas duas comissões de mordomos:</span><span style="font-size: small;">
</span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: medium;"><i>A
sacro</i></span><span style="font-size: small;">,
que seria responsável unicamente pela realização das homilia e
procissão solene. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Este
grupo, constituído por três residentes, embora independente,
ficaria ligado à Comissão de Capela. Com uma conta bancária
associada mas autónoma, este movimento de entradas e saídas de
dinheiro, embora sobre consulta por parte da comissão de capela,
apenas seria movimentado por dois elementos nomeados para gerir a
festa do ano em curso.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Em
caso de contas positivas, sempre tornadas públicas sejam negativas
ou positivas, o remanescente deveria ser depositado num fundo de
reserva transitando de um ano para o seguinte e servir de almofada a
quem vier de novo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>A
este grupo de três pessoas, mais que certo senhoras, durante o ano
de vigência mordoma, cabe-lhe tomar várias iniciativas, na aldeia e
fora dela, de modo a conseguir verbas que lhe permita fazer melhor do
que o ano anterior – mais abaixo enumero uma série de actividades
que podem ser aplicadas, isto para além do peditório directo ao
povo;</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: large;">2
</span><span style="font-size: small;">–
</span><span style="font-size: medium;"><i>A profana,
</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">constituída
por três pessoas</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
essencialmente homens, seria a comissão nomeada anualmente para
realizar as festividades alegóricas, tais como, arruada com
gaiteiros, contratação de grupos de baile e outras iniciativas
artísticas.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>Embora
independente, este grupo ficaria ligado à Associação Recreativa -
tenho esperança que, mais dia menos dia, acorde do seu longo sono
letárgico -, com uma conta bancária independente do clube. Esta
conta seria movimentada por dois dos três mordomos nomeados. Em caso
de resultados positivos, o remanescente transitaria para um fundo de
reserva, para servir de almofada para os anos seguintes.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>A
Associação Recreativa, sem força executiva nos planos de mordemia,
serviria como incubadora, parte consultora e comparte na ajuda à
realização dos eventos;</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: large;"><span style="font-style: normal;">3</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
</span></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">–
Iniciativas para angariar fundos ao longo do ano (que podem servir
para as duas comissões </span></span><span style="font-size: medium;"><i>Sacra
</i></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">e</span></span><span style="font-size: medium;"><i>
Profana</i></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-style: normal;">):</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Janeiro</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– percorrer as casas com o cantar das Janeiras (5, 6 e 7 de
Janeiro), pedindo dinheiro ou géneros. Esta alegoria seria para usar
na festa a seguir, passados uns dias.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>-
Pedir nos estabelecimentos comerciais, no concelho, géneros
variados.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>-
Os géneros, garrafas de vinhos, licores, chouriças, salpicão,
presunto, broa, roupas, artigos de bricolage, outros, seriam
leiloados no Sábado ou Domingo do Dia da Festa, a ocorrer em 20 de
Janeiro, no Largo da Capela.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">-
Alguns destes géneros, assim como outros angariados, seriam
canalizados para uma </span></span><span style="font-size: small;"><i>quermesse</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
com rifas enroladas junto à capela e outra dentro do salão
recreativo.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">-
Sendo este o dia das festividades, recuperar a </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">moda
do Ramo</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">,
a</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
dança da flor</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
nos arraiais.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>-
Venda de garrafas, ou outros, em leilão nos intervalos musicais.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>-
Concurso para os melhores pares dançantes.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>-Realizar,
neste dia, uma Feira de Velharias no Largo Assis Leão.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Fevereiro</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Feitura de vários livros, com senhas numeradas, com três
prémios a sortear no dia da festa.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Março</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Primeiro peditório porta-a-porta na povoação. Possibilidade de
angariar fundos em outros lugares da freguesia.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>(usar
o Dia de Páscoa como instrumento para captar fundos)</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Abril</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Primeiro grande almoço a realizar na Associação Recreativa de
Barrô para angariação de fundos.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Junho</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– (re)criar os populares “</span></span><span style="font-size: small;"><i>cravanços</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">”,
constituídos por duas pequenas fitas cruzadas e um alfinete.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>Começar
a cravar os populares com uma moeda, fora e dentro do lugar.</b></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Julho</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Realizar o segundo almoço na Associação Recreativa de Barrô,
para angariar fundos.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Setembro</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Realizar um almoço no Pavilhão de Várzeas para angariar fundos
– em troca, Várzeas usaria o salão de Barrô em Novembro, aquando
das festas locais.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Novembro</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Num Domingo, realizar uma matiné na Associação Recreativa de
Barrô com um grupo musical, por exemplo, um organista e outro.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Convidar,
por exemplo, o</span></span><span style="font-size: small;"><i>
Ruizinho de Penacova</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
para actuar em Barrô.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Dezembro</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">
– Usar o presépio de Natal, no Largo da Capela, como incentivo a
pedir donativos aos visitantes.</span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><b><span style="font-style: normal;">FIM
</span></b></span>
</p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-56354290281282153162024-01-23T22:42:00.003+00:002024-01-23T22:51:12.582+00:00 BARRÔ: ENSAIO PARA QUE A FESTA DE ANO NÃO ACABE (2)<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXOhbjbyRvsqFluEmC8wd5IYD64aiSF125K9QxzWWtQKFwDXmUgXinqm-NfpxmgXZMdoRQm5p2Yu-Hgsrc2Mf6SFMLPA_6zkK-vBA7tby6hmnXkJwTDUgjvUPrC4up45LF7Hw1hhehs0DcaoPTU3JryCYhItDir5gSvIvUxuuK5deDLBh69MYCpuJ-K_s" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXOhbjbyRvsqFluEmC8wd5IYD64aiSF125K9QxzWWtQKFwDXmUgXinqm-NfpxmgXZMdoRQm5p2Yu-Hgsrc2Mf6SFMLPA_6zkK-vBA7tby6hmnXkJwTDUgjvUPrC4up45LF7Hw1hhehs0DcaoPTU3JryCYhItDir5gSvIvUxuuK5deDLBh69MYCpuJ-K_s=w400-h400" width="400" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">E</span>m
anterior apontamento referi
a dificuldade em angariar fundos para um evento, a Festa de Ano da
aldeia – e que penso ser transversal -, que é cada vez mais
encarado como algo desnecessário, que não faz falta nenhuma, que
nem aquece nem arrefece. Mas não é assim, a festa de ano de um
lugar habitado não é apenas a alegoria em si mesmo, é a identidade
cultural das suas gentes, é o abraço de quem saiu menino e nesse
dia regressa coxo e cheio de cabelos brancos.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Numa
longa lista, podemos elencar em primeiro lugar as dificuldades
económicas das famílias na actualidade. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>E
como entender que o Estado, através de várias licenças camarárias
e outras para espectáculos, cerca de oito licenciamentos, seja
cerceador de iniciativas?</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Será
mesmo por estes dois obstáculos principais que as romarias e outras
festas populares estarão em crise?</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Como
se explica que na década de 1960 e seguintes, quando o número de
habitantes/moradores era menor do que hoje, onde o lugar de Barrô
era um dos mais pobres na freguesia de Luso, se realizavam três
festas anuais: São Sebastião (esta incluía procissão), São José
e Alminhas? E não se pense que as festas eram abrilhantadas com um
acordeonista e pouco mais. Nada de mais errado. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Enquanto
criança e adolescente, relembro muito bem de ver aqui actuar os
“<i>Yankes</i>”,
o “<i>Amadeu Mota</i>”,
os “<i>Pavões</i>”,
os “<i>Perus</i>”
e até o “<i>Pop Men</i>”.
Bandas que eram o top na altura.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>É
bom recordar que os arraiais eram feitos na via pública – hoje
existe na aldeia uma das melhores associações recreativas no
concelho, que, desconhecendo-se quem manda nela, não funciona há
vários anos.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Na
altura, o Domingo da festa era o melhor dia do ano. Era ver os
abastados com o seu desempoeirado fato domingueiro e chapéu na
cabeça e os mais necessitados com as calças e camisas remendadas
nos sovacos no Largo da Capela, colocando de lado os
desentendimentos, de rostos abertos e felizes.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">A
seguir ao Dia de Páscoa, o Dia de São Sebastião, em Janeiro, em
Barrô, era o prenúncio da paz na família para todo o ano que se
iniciava. Os familiares, que moravam nas redondezas, vindos montados
nas suas bicicletas, eram os convidados de honra. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Independentemente
da classe, para além de galinhas e coelhos, quase todos matavam uma
ovelha ou cabra para fazer chanfana, que era assada nos fornos a
lenha situados na parte traseira da habitação. Nestes dias, como
perfume a anunciar a vinda de um tempo novo, com os fios ondulantes
de fumo a saírem das chaminés, o cheiro a carne assada invadindo
tudo em redor, transformava a paisagem em quadro edílico.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 20pt;">C</span>omo
escrevi ontem, pode até pensar-se que, no pior dos cenários,
desaparece a parte profana (vinda de artistas e grupos de baile) mas
mantém-se a religiosa. Como defendi, nada de mais falacioso. Se
morrer uma, inevitavelmente, a outra entra em coma… A menos que que
sejam alterados os métodos de licenciamento e planeamento na
logística.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Por
outras palavras, se não houver uma reviravolta no pensamento comum,
sensibilizando todos para um bairrismo saudável e apelando uma maior
generosidade, se não se transformar a sua organização em algo mais
sustentável, o mais provável é morrer de vez.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Naturalmente,
por parte dos mordomos nomeados não se pode arriscar investir cinco
ou dez mil euros e, se o tempo for chuvoso, ficarem com uma dívida
às costas, sem rede e sem suporte financeiro.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Por
isso mesmo, embora pareça despiciente, é preciso parar e pensar o
que queremos. Se queremos mesmo continuar, é preciso não continuar
a assobiar para o lado. E que todos se entreguem à causa com
honestidade e responsabilidade, de alma e coração.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Não
se pode continuar a fingir que a feitura de um evento cultural é
apenas para os outros. Os que realizam, assumindo a responsabilidade,
devem entregar-se com empenho. Os que assistem tem o dever de
comparticipar nos custos e, acima de tudo, comparecerem, para mostrar
que estão ao lado de quem faz.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">(CONTINUA
AMA</span><span style="font-size: 13pt; text-align: left;">NHÃ)</span></b><span style="text-align: center;"> </span></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-87624715930682829602024-01-22T21:56:00.004+00:002024-01-23T22:59:00.645+00:00BARRÔ: ENSAIO PARA QUE A FESTA DE ANO NÃO ACABE (1)<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj7o41ujpQEYFQoRJGtat4CbFLNtAp9tUk_KxHyMhfabaT_C3MDmHGQZUhyb9cHznX4lUeeUF_ScMNaT7qw0GzWg0wYuukNTCZbXheDfA6t53EXCXTvo9hgbuJlJ_udKvX3r5Ncxeok2334g-XaFEcw2p1raXmGuDcB27yASXqnKUM8tcrFSkut31CIL4o" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj7o41ujpQEYFQoRJGtat4CbFLNtAp9tUk_KxHyMhfabaT_C3MDmHGQZUhyb9cHznX4lUeeUF_ScMNaT7qw0GzWg0wYuukNTCZbXheDfA6t53EXCXTvo9hgbuJlJ_udKvX3r5Ncxeok2334g-XaFEcw2p1raXmGuDcB27yASXqnKUM8tcrFSkut31CIL4o=w400-h400" width="400" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">P</span>ara
os que seguem o que escrevo, na semana passada, publiquei várias
crónicas sobre as festividades em honra de São Sebastião, o
padroeiro da aldeia de Barrô, que se comemorou ontem, 21 de Janeiro.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Através
de um ou outro texto mais sério e outros, a maioria, em maneira
mordaz (que morde, sarcástico), fui dando conta do evoluir da
situação, como quem diz, se iria haver ou não festa religiosa - e
já agora que chamo à colação o estilo em jeito de brincadeira,
aproveito para pedir desculpa a alguém que se sentisse ofendido.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Praticamente,
só nos últimos dias se chegou à conclusão que, em virtude de
alguns donativos de maior vulto, seria possível realizar a missa e
em seguida a procissão solene.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Relembro
que, pelos usos e costumes, esta alegoria divide-se em duas faces: a
<i>sagrada</i> e a
<i>profana</i>. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>A
<i>sagrada</i>,
constituída pela missa e procissão, tal como o nome indica,
destina-se essencialmente aos crentes - para expressarem a sua fé
enquanto alimento espiritual - e também àqueles que pretendem pagar
promessas ao santo que fizeram durante o ano antecedente, depois de
ver os seus desejos realizados.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>A
parte <i>profana</i>
é constituída por pequenos vícios que visam servir o corpo físico
com coisas que a igreja poderá não aprovar, isto é, tudo o que é
alheio à religião.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Exemplos
de profanação: um ou vários eventos com música, com artistas de
nomeada ou banda de baile, ou outro teor artístico variado.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>De
salientar, ainda que opostos, os conceitos<i> sagrado</i>
e <i>profano</i> estão ligados entre si como irmãos siameses. Só haverá
crescimento de uma se a outra se desenvolver em harmonia. Se uma
morrer, inevitavelmente, a outra desaparece em seguida.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Por
outras palavras, se não se realizar a festa sagrada, ou se for
perdendo importância, proporcionalmente vão decaindo os fiéis e a
heresia vai crescendo nas comunidades. Por outro lado, a importância
da imagem santífica na hagiografia (estudo da biografia dos santos)
vai caindo na acreditação católica e, levando à descrença
popular e falta de apelo, este protector, a médio prazo, pode
desaparecer.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Não
se fazendo as festividades anualmente as portas das casas da aldeia
não se abrirão e cada vez mais as pessoas se tornarão vizinhos
mais individualistas e solitários. Não virão os nascidos na terra
e a residir e a trabalhar noutras cidades portuguesas. E muito menos
os distribuídos na diáspora, os dispersados pelo mundo fora. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Estas
celebrações pagãs são, sobretudo, um motivo para convívio anual
e encontro de gerações.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Mas
sabendo que a colectividade se mostra progressivamente mais
desinteressada da memória e tradições populares, e, por outro
lado, a sua contribuição pecuniária é cada vez mais
insignificante – testemunhei um residente contribuir com uma moeda
-, como se poderão fazer omeletas sem ovos?</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>(CONTINUA
AMANHÃ)</b></span></p><p style="text-align: center;">
</p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-58651013126999273522024-01-21T20:05:00.003+00:002024-01-21T22:46:11.368+00:00BARRÔ: NOTÍCIAS BREVES<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjc0C05DHS6re1GjxabAn_UCXAvYcaVFvf89nPicyLfc5c2CILjqWl6XKvPF2mhZ-Nbuy84dAJ4yRgWyNJr0-v3gyQRkr8IGh34flKUDheLtMj5QD0U9pYXra01DsQD4AReL_fGzSowXbyKmSA2n0bI5mDeiCWJ3-K3fl7bO1G3LnU-P1BxOtVsUimqlvk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjc0C05DHS6re1GjxabAn_UCXAvYcaVFvf89nPicyLfc5c2CILjqWl6XKvPF2mhZ-Nbuy84dAJ4yRgWyNJr0-v3gyQRkr8IGh34flKUDheLtMj5QD0U9pYXra01DsQD4AReL_fGzSowXbyKmSA2n0bI5mDeiCWJ3-K3fl7bO1G3LnU-P1BxOtVsUimqlvk" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">*</span>
<span style="font-size: large;">C</span>om
a Capela cheiinha até à rua – o que também não é muito difícil
já que é pequena -, com início às 15h00 e durante mais de uma
hora, o pároco celebrante da missa em honra de São Sebastião
entusiasmou-se nos conceitos bíblicos e, com simplicidade e
simpatia, com um sermão estruturado em paradigmas do quotidiano,
através de um convite à prática da bondade e implementação do
perdão, tentou apelar à conversão dos fiéis mais tresmalhados.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Já
passava das quatro horas quando os quatro andores, entre eles o do
padroeiro, transpuseram o átrio e em direcção ao Largo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Foi
bonito de ver a imagem de São Sebastião, no púlpito do andor todo
engalanado com flores naturais de várias cores, ao ombro de quatro
voluntários. Deu para perceber que o protector contra a fome e a
guerra estava contente. Sem preconceitos, de cabeça erguida, olhos
fixos no firmamento, tresandava a orgulho e solenidade.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Abrilhantada
por uma mini-banda filarmónica, reunida à pressa, de Vila Nova de
Monsarros e, alegadamente, por professores de uma escola de música
de Coimbra – que, a propósito, desempenharam muito bem o seu papel
artístico -, a Procissão, em passo cadenciado, muito bem dirigida
por Edite Pedro, zeladora da Capela, percorreu toda a aldeia.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>A
fazer relembrar outros tempos de antanho tão presentes na nossa
memória, o estralejar constante de foguetes ecoou no Céu que cobre
Barrô.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Foi
bonita a festa, pá!</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjM1zC9ab72UYez1cSimlxH-nBs7RC92Lyad5-M1xwqC7spXYzJnbeLjqGhoi0741YnB2o0bIec4T_5Q0KUeO7R-IfaYPFldx2nNVo-C6omdBZGvbKKGZQ2SiBe2mRciWXkF5rttHAdD8a3b-Qj18i0g1nq5I9hwkVGmWCa_FgdlwJtOZa9EZDIaW8jbbI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjM1zC9ab72UYez1cSimlxH-nBs7RC92Lyad5-M1xwqC7spXYzJnbeLjqGhoi0741YnB2o0bIec4T_5Q0KUeO7R-IfaYPFldx2nNVo-C6omdBZGvbKKGZQ2SiBe2mRciWXkF5rttHAdD8a3b-Qj18i0g1nq5I9hwkVGmWCa_FgdlwJtOZa9EZDIaW8jbbI" width="240" /></a></b></span></div><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">*</span><span style="font-size: 20pt;">
N</span>a última Sexta-feira,
António Pita, chefe de Divisão (DAS), engenheiro na Câmara
Municipal da Mealhada, acompanhado de um técnico andaram a fazer o
levantamento topográfico dos terrenos confinantes à represa pública
situada na Ribeira do Salgueiral, junto ao moinho de água, em Barrô.</b></span></p></div><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
</p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>O
objectivo deste estudo orográfico visa complementar a intenção de
ali construir uma praia fluvial. Relembro que esta promessa consta do
caderno de encargos das propostas eleitorais do Movimento Independente Mais e
Melhor, liderado por António Jorge Franco, e que ganhou as eleições
autárquicas em 2021.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiykKXJQThWWwkmpBiYoQ9caeaeG2xZ--jeke2ZyrHCY4gIHi8mN6LAk-qcHAfXwbSZfZZYaXH3GjW9u-O5-566Cl6-wWMFl9WfZvEPJGgXXsBTvmLPdRNyzNzTUB4X180GnV1qlsZyf6QmDyEy3XX85JHC3b2xz6xjfhdPmSdgX6aOwQn6fC88Qbchf2k" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiykKXJQThWWwkmpBiYoQ9caeaeG2xZ--jeke2ZyrHCY4gIHi8mN6LAk-qcHAfXwbSZfZZYaXH3GjW9u-O5-566Cl6-wWMFl9WfZvEPJGgXXsBTvmLPdRNyzNzTUB4X180GnV1qlsZyf6QmDyEy3XX85JHC3b2xz6xjfhdPmSdgX6aOwQn6fC88Qbchf2k" width="320" /></a></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /></b></span><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">*</span>
<span style="font-size: 20pt;">N</span>a
última Sexta-feira, por iniciativa da Junta de Freguesia de Luso,
praticamente todas as ruas e ruelas da aldeia foram varridas, algumas
lavadas e noutras foram arrancadas as ervas das bermas. Durante a
tarde, um camião cisterna dos Bombeiros Voluntários da Mealhada,
com agulheta de alta-pressão, onde chegaram, deixaram um ar limpo.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Embora
parecesse que um ministro viria de visita à povoação neste
fim-de-semana, como já adivinhámos, foi por causa da festa
religiosa em honra de São Sebastião.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b>
</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Foi
bonito de ver, pá!</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgxIBLXZfztjDhmxyCL-pJoqkUajIxoHAAW6p89zs3z6GD_UZ-QjPIjYJcLlgi9g3ONXrfuwK9aqUGPx5KrPhqh26owKvYrBzeV8-RGsJC-aSlRH9RX4q60ZIUFq7IwKwAS1U3hyvZDlyEwrzuaBNd8My6ZLP37mPD-G2aKZIRPkU-eH447OfpCS34xwyE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgxIBLXZfztjDhmxyCL-pJoqkUajIxoHAAW6p89zs3z6GD_UZ-QjPIjYJcLlgi9g3ONXrfuwK9aqUGPx5KrPhqh26owKvYrBzeV8-RGsJC-aSlRH9RX4q60ZIUFq7IwKwAS1U3hyvZDlyEwrzuaBNd8My6ZLP37mPD-G2aKZIRPkU-eH447OfpCS34xwyE" width="240" /></a></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /><br /></b></span><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-16154706326995553412024-01-21T13:57:00.004+00:002024-01-21T14:42:03.874+00:00 BARRÔ: ENSAIO PARA UMA SAÍDA AIROSA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh80zaiP1ZOTuJK18sTZBBIFI59vyzITQMI2H6CK1FdvYqcKTm_U-2ByR9YQv59nERo148-cmfcmG2C5JDOkO2sPQ6UbCrs16Q94I2QVr8OdAxiX0iQX_ly4tMyp9oo-8gS-VB_bvCdjNcyuvexud7-Uu23_gU2HWfkZB4EkbmnkF1SRv1uQIHmOhpPWUI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="400" data-original-width="400" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh80zaiP1ZOTuJK18sTZBBIFI59vyzITQMI2H6CK1FdvYqcKTm_U-2ByR9YQv59nERo148-cmfcmG2C5JDOkO2sPQ6UbCrs16Q94I2QVr8OdAxiX0iQX_ly4tMyp9oo-8gS-VB_bvCdjNcyuvexud7-Uu23_gU2HWfkZB4EkbmnkF1SRv1uQIHmOhpPWUI=w400-h400" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span>
relógio na torre sineira da Capela de Barrô está prestes a
martelar as doze badaladas e anunciar o meio-dia de um dia soalheiro
que promete aquecer qualquer osso, até de imagem de santo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>A
porta da capela está encerrada. Paro e sento-me no patim da entrada.
Ponho-me a pensar que hoje, Dia de São Sebastião – o meu amigo
Sebastião, como o trato em longas conversas mudas -, a pequena
catedral deveria estar de portas escancaradas. Não é por nada mas é
muito natural que o Sebastião se sinta como preso no presídio. Sim
porque, durante um ano, só vê a luz do dia quando há missa – e
na procissão da Festa de Ano, se houver. Hoje vai haver.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Como
já escrevi anteriormente, o meu amigo, por estes dias, tem andado
com a psico às voltas. Por outras palavras, muito deprimido,
coitadinho. Sobretudo quando anunciaram só missa e sem procissão
para o dia do seu aniversário – que foi ontem, mas isso não
interessa nada. É preciso é que se lembrem, sem esquecer, a pobre
alma.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Mas
ontem, quando se soube que iria haver mesmo procissão, o meu fiel já
parecia outro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Dizia
eu então que, parando e sentando-me no patim do pequeno adro,
comecei a ouvir uns ruídos esquisitos, uns murmúrios do lado de
dentro da pequena ermida. Não eram barulhos inquietantes, nada
disso. Era mais para o adocicado. Eram mais ou menos assim: “<i>estes
ficam-me bem. Gosto mais da cor daquele”…</i></b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Ó
pá, vão-me desculpar, bem sei que é feio, muito feio espreitar
pelo buraco da fechadura, mas não resisti ao chamamento da
curiosidade.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Rodeados
por vários andores todos engalanados por flores naturais – um
mimo, sim senhor!- junto ao altar-mor, estavam várias imagens a
ensaiar roupa. Mas atenção, não era uma roupita qualquer da marca
“<i>el cigano</i>”.
Nada disso, tudo marcas de grande qualidade, “<i>Lacoste</i>”,
por exemplo, mas original, que de modas percebo eu. Fiquei levemente
indignado. Estas imagens santíficas levam à letra o comportamento
papal. Não é admirar se os sapatos forem da marca “<i>pravda</i>”.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Mas
isso vá que não vá. O que me fez saltar a tampa – ou seja, não
saltou por respeito ao meu amigo do peito – foi ver a imagem de
Nossa Senhora de Fátima em trajes menores, também a vestir e
despir roupa. Francamente! É preciso ter lata, digo eu, uma Senhora daquela idade, e naqueles preparos! Pouca
vergonhice, é o que é!</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Acabei
por perceber a razão da porta da capela estar encerrada – para não
mostrar poucas-vergonhas.</b></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-32353046287671430432024-01-20T17:38:00.008+00:002024-01-21T13:13:24.150+00:00 BARRÔ: AFINAL, AMANHÃ, SEMPRE HÁ FESTA RELIGIOSA<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUTO3FX_84VvJtwKqBEyp9IDIMUSKLC0tdmjoP8JtN_ELfjgEFVLp88H42jGLsVuG1j4ZWeqtLUlXL31AP6nPE8Ur2Xtf1YcSA5zYd7PUPYutKvRfPXl0M9WnuNcjdfdHChXHVss9PeJKvP65iypXxmLL_VjBZeZqyEVrbj809HoMgHoKKd8eCZ0UUFWA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="400" data-original-width="400" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUTO3FX_84VvJtwKqBEyp9IDIMUSKLC0tdmjoP8JtN_ELfjgEFVLp88H42jGLsVuG1j4ZWeqtLUlXL31AP6nPE8Ur2Xtf1YcSA5zYd7PUPYutKvRfPXl0M9WnuNcjdfdHChXHVss9PeJKvP65iypXxmLL_VjBZeZqyEVrbj809HoMgHoKKd8eCZ0UUFWA=w400-h400" width="400" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">A</span>ntes
de escrever o que me levou a pegar na folha branca, gostaria de
tranquilizar as centenas de amigos que desde ontem, logo que coloquei
a crónica no ar, inquietadíssimos com a saúde de São Sebastião,
não pararam de me telefonar para saber o estado físico e anímico
da santidade. Só para exemplificar, não consegui pregar olho. Estou
como umas olheiras mais sombrias que um silvado no ribeiro.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">Logo
de manhã, pouco mais do que o romper da aurora, fui ao Largo da
Capela. Pé-ante-pé, para não acordar o Sebastião – pela nossa
longa amizade, é assim mesmo que o trato -, cheguei perto da porta
encerrada do pequeno templo e encostei o meu ouvido direito à
madeira. Para meu alarme, comecei a ouvir a voz do padroeiro: “</span><span style="font-size: 13pt;"><i>ai…
ai… ai. Deixem-me, não me atormentem mais. Ai...ai!</i></span><span style="font-size: 13pt;">”</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">Comecei
a ser invadido por suores frios. Querem ver que o Sebastião luta com
espíritos malignos, ou, quem sabe, está a pôr termo à sua vida de
“</span><span style="font-size: 13pt;"><i>não
fazer nada</i></span><span style="font-size: 13pt;">”,
e ser reconhecido por isso? Relembro que ontem escrevi aqui que o meu
amigo estava mais em baixo que as pedras da calçada. Completamente
desmoralizado, repetia que as pessoas à sua volta eram egoístas, só
lhe pediam, pediam, favores, sem se preocuparem minimamente com o seu
estado de alma. Sim, porque imagem de santo, para além de sofrer
como nós, também terá alma. Pode é ser de outra cor, como quem
diz, talvez branca.</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Está
de ver como fiquei. A agonia começou a tomar conta de mim.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">Voltei
a ouvir a sua voz ofegante e trémula: “</span><span style="font-size: 13pt;"><i>ai…
ai… ai. Por amor de Deus, não me toquem mais. Não aguento mais…
ai...ai...</i></span><span style="font-size: 13pt;">”</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Mau,
mau. Não estava nada a gostar do que ouvia. Mas uma coisa parecia
certa, aquilo não eram gemidos aflição.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Foi
então que espreitei pelo buraco da fechadura e fiquei a perceber
quase tudo. Duas senhoras zeladoras da capela ocupavam-se em limpar o
corpo do Sebastião. No chão de mosaico, dois baldes com esfregona
dentro indicavam que iria haver mesmo festa grossa na capelinha e
redondezas.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Olhando
à volta, um bocado envergonhado pela minha cusquice, não fosse
apanhado em falso, fiquei mais tranquilo. O meu amigo já não
chorava, dava gritos de contentamento: “ai… ai… Tenho cócegas!”</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Tinha
de, imediatamente, tentar saber o que se passava. Sim, porque alguma
coisa aconteceu para o meu amigo Sebastião, de ontem para hoje, ter
mudado da chuva copiosa para um Sol radiante.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">AFINAL,
AMANHÃ, VAI HAVER PROCISSÃO</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b>C<span style="font-size: 13pt;">onsumido
pela curiosidade, fui a casa, enfiei o meu colete de “</span><span style="font-size: 13pt;"><i>freelancer</i></span><span style="font-size: 13pt;">”
(trabalhador independente), peguei no meu gravador e na minha velha
máquina fotográfica, e voltei à rua.</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Tive
sorte, muita sorte. Primeiro, por dar de caras com uma fonte idónea
e credível. Segundo, por, embora na condição de anónimo, estar na
disposição de falar. Ainda não contei, mas aqui, na aldeia, é
muito difícil encontrar alguém que fale seja sobre o que for.
Talvez seja medo de se exporem, sei lá! A verdade é que o meu
futuro como "jornalista" tem os dias contados – e não é pela crise
da imprensa em papel. O meu papel na informação é que está em
crise.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">Bom, contava eu que encontrei a tão desejada informação. Afinal,
amanhã, Domingo, Dia da Festa do meu amigo Sebastião, para além da
sagrada </span><span style="font-size: 13pt;"><i>missinha</i></span><span style="font-size: 13pt;">,
às 15h00, logo de seguida vai realizar-se a popular procissão. E
mais: a abrilhantar os dois eventos, com música de anjos, teremos
uma orquestra vinda de Vila Nova de Monsarros.</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Segundo
a minha fonte, foi tudo resolvido ontem, em cima da hora, em cima do
joelho, como sói dizer-se.</b></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><b><span style="font-size: 13pt;">Até
antes de ontem não havia pilim para fazer cantar um cego. “</span><span style="font-size: 13pt;"><i>Os
residentes são pouco generosos para se poder fazer festas</i></span><span style="font-size: 13pt;">”,
enfatizou o meu informador anónimo.</span></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><i><b>Tivemos
sorte, por que ontem encontrámos um emigrante, o… não sei se
conheces… que nos deu uma maquiazinha jeitosa. Depois mais uma nota
de aqui e outra acolá. Contámos a massa e vimos que já dava para
fazer arruada durante a manhã e procissão, no Domingo. E até fomos
comprar uma dúzia de foguetes!</b></i></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 28pt;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Fiquei
então a compreender a completa mudança do meu amigo Sebastião.</b></span></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Ainda
bem. Sem ressentimentos. Estamos todos de parabéns.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><br /></b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17.3333px;"><b><span style="color: #2b00fe;">CRÓNICAS RELACCIONADAS</span></b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17.3333px;"><b><a href=" "Barrô: Barulhos ao virar da esquina numa Sexta-feira"" target="_blank"><span style="color: red;"><i><br /></i></span></a></b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17.3333px;"><b><a href=" "Barrô: Barulhos ao virar da esquina numa Sexta-feira"" target="_blank"><span style="color: red;"><i>"Barrô: Barulhos ao virar da esquina numa Sexta-feira"</i></span></a></b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 17.3333px;"><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2024/01/barro-um-comentario-recebido-sobre.html" target="_blank"><span style="color: red;"><i><b>"Barrô: Um comentário recebido sobre a alegoria de São Sebastião"</b></i></span></a></span></p><p style="text-align: center;">
<b> </b></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-58008903405647949962024-01-19T20:39:00.006+00:002024-01-19T23:08:56.258+00:00 BARRÔ: BARULHOS AO VIRAR DA ESQUINA NUMA SEXTA-FEIRA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhLX3IBiZm4IW80MVZW8dWzaUbCoKd754P9AYeaSPS_TC3nNZloWoms2VIuNOE28D22ik1XjudDbplJNy3KdoZrj55-pzUeEzVarwk4BJD1IAfSTjnWPPKSpRlwSJ-_GRyLKkBP5_Ld6ha-V30LYfotvBWw5z8nUjWXta9811AjeB0EHdYrDszdNktp0kY" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="400" data-original-width="300" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhLX3IBiZm4IW80MVZW8dWzaUbCoKd754P9AYeaSPS_TC3nNZloWoms2VIuNOE28D22ik1XjudDbplJNy3KdoZrj55-pzUeEzVarwk4BJD1IAfSTjnWPPKSpRlwSJ-_GRyLKkBP5_Ld6ha-V30LYfotvBWw5z8nUjWXta9811AjeB0EHdYrDszdNktp0kY=w300-h400" width="300" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEikG4P0yTBmUiN8gbDJ-GnRfpcgoSpTLxqdYgJUt2B5rgs08WsZmli3QryLqDfSY0fKvJonoM2WGDkUPB2nmK9mSMkoQeEGbmyWSSBt31ccHRNy5KG3LN2xPjwJy3GcvPWaJp3aWOBxUVRlFTU6-U8yf3947kylsBueyeoeoEDYuPgcgDyZ3Z5l0oA_xmg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEikG4P0yTBmUiN8gbDJ-GnRfpcgoSpTLxqdYgJUt2B5rgs08WsZmli3QryLqDfSY0fKvJonoM2WGDkUPB2nmK9mSMkoQeEGbmyWSSBt31ccHRNy5KG3LN2xPjwJy3GcvPWaJp3aWOBxUVRlFTU6-U8yf3947kylsBueyeoeoEDYuPgcgDyZ3Z5l0oA_xmg=w400-h400" width="400" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;"><span style="font-size: 28pt;">C</span>omo
há muito não se via, nesta Sexta-feira, desde o raiar da aurora,
Barrô esteve todo em estranho alvoroço, como há muito já se não
via. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Logo
de manhã, vieram vários funcionários da Junta de Freguesia com uma
camioneta de caixa-aberta e em cima uma máquina de rasto. Com os
seus coletes reflectores, como um pequeno pelotão em busca de um
renegado invasor, o grupo dividiu-se pelas artérias da aldeia. Uns
levavam máquinas de cortar erva a tiracolo, outros vassouras,
enxadas e pás. Com voz de comando anteriormente comunicada, ali o
inimigo a abater eram as ervas rastejantes e algumas elevadas e
presas nos muros de pedra das bermas dos caminhos.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 16pt;">D</span>urante
a tarde, veio um camião-cisterna dos Bombeiros da Mealhada com
homens, e, estes, mandando deslocar os pachorrentos automóveis do
seu letárgico e pacífico estacionamento de fim-de-semana, com uma
longa agulheta de alta-pressão para pôr o alcatrão a brilhar,
impondo as ordens com voz grossa e rasgada de comando, puseram o
pessoal barrosense em sentido.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Perante
tanto ensurdecedor barulho, as cabras, em berros lancinantes,
protestaram com veemência, as ovelhas, olhando com desdém o que se
passava à volta mugiam a bom mugir, as galinhas, alvoraçadas,
fazendo desta sexta-feira um dia negro, não puseram ovos como
habitualmente.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Quem
viesse de fora e visse a inusitada faxina, mais que certo, pensaria
que viria um ministro em visita à povoação, mesmo de governo em
gestão, e promessas de partidos candidatos em banho-maria.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Mas
o motivo de tanto empenho não era nada disso.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Um
insólito e profundo matraquear vindo da capela, mesmo lá de dentro,
como se viesse das profundezas da terra, fazia parar os poucos
transeuntes que trocavam as voltas a mais um dia de calendário
gregoriano. Um ou outro, surpreendido pelo ribombar de trovoada, mais
fiel e seguidor dos destinos da vontade divina, pensando ser um
milagre de santo, durante largos minutos, ajoelhava no frio negro da
calçada e cruzava o braço em sinal da cruz. Outros, mais desligados
do santificado, assim, como hei-de dizer, católicos a tempo parcial,
que só recorrem ao auxílio de São Sebastião quando estão em
extrema aflição, passavam ao largo, pouco se importando se o
Padroeiro contra a fome, peste e contra a guerra, e protector da
povoação, por acaso estaria em padecimento. Sim, porque Santo, como
humano que já foi, também sente e sofre na pele o desprezo a que é
votado. </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Santo,
como é mais que óbvio, alimenta-se essencial e especificamente do
espiritual. Mas se aqui, neste lugar habitado, poucas pessoas rezam
com verdadeiro fervor no silêncio epicural, como pode aguentar-se o
apóstolo do Criador? Imagine-se que a imagem para sobreviver e
manter-se na capela firme e hirto, comia como todos nós. Quem se
dignava dar-lhe uma côdea?</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Ninguém
se admire se, a curto prazo e já que estamos a entrar em campanha
eleitoral, houver manifestações públicas da Esquerda à Direita,
acusando-se uns e outros de discriminação, abuso e exploração
para com as imagens veneradas em todas as igrejas e capelinhas.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Em
boa verdade, esta defesa dos direitos sociais e económicos de todos
os trabalhadores para a fé até deveria ser feita pela classe
episcopal, desde padres a bispos, passando pelos cardeais, deveriam
deixar cair a sotaina que esconde os abusos.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Até
podem rir-se e chamarem-me bacoco, pouco me importa. Mas uma coisa é
certa, São Sebastião nasceu em França. Ainda jovem mudou-se para
Milão, Itália. Tornou-se soldado e preferido pelo imperador
Diocleciano, que o nomeou comandante da Guarda Pretoriana. Não vou
adiantar muito mais, até por que o resto da sua história de vida é
por demais conhecida, mas sabe-se que veio para Portugal por ter sido
maltratado no país transalpino. Em suma, é mais um refugiado, um
imigrante (com “<i>i</i>”, como agora se diz) entre nós em busca
de uma dignidade perdida.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">FUI
FALAR COM O SANTO </span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">A</span>inda
não disse isto aqui: sou unha com carne com o meu amigo São
Sebastião – Sebastião, simplesmente como eu o trato, e ele a mim
chama-me “Toino”.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>A
nossa amizade – que não tem nada a ver com esta do Facebook –
começou há cerca de quatro anos, quando vim viver definitivamente
para cá.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>O
que mais o prendeu a mim foi a minha sinceridade. Logo nas primeiras
conversas coloquei logo os pontos nos “<i>is</i>”. Ele não me
tentava convencer que fazia milagres – até porque eu não ia
acreditar – e eu também não o induzia para ele crer nas minhas
verborreias. Até por que nem era preciso dizer.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Como
moro a a escassos metros da capela – e também por que a zoada me
incomodava -, dei por mim a sobrepor o patim e a bater com estrépito
na porta de madeira da velha e popular ermida. Mal entrei, fui logo
envolvido pelo o intenso perfume a depressão. Nem sei bem explicar,
era assim uma mistura entre folhas de eucalipto, mirra e urtigas
refogadas.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Encontrei
o Sebastião de rastos, coitadinho. Palavra de honra, jamais o vira
assim, com tamanho ar de enjoo. Tinha descido do plinto (a base onde
assenta os pés) e, sentado na posição de Rodin (o Pensador), com a
cabeça sobre as pernas, parecia uma galinha choca. Mas o que mais me
impressionou foi ter entre as mãos a corda que anteriormente o
amarrava ao troco de árvore. Temi mesmo o pior.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Dando-lhe
um apertado abraço, e misturado com lamurias de <i>grande amigo,
grande amigo, conta-me o que te provoca esse negrume solitário nesse
bondoso coração.</i></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>E
a imagem de santo blasfemou, blasfemou, chorou, chorou, falou,
falou, e nunca mais se calou:</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>“<span style="font-size: 13pt;"><i>Em
Setembro passado, alegadamente, foram retirados pela Junta de
Freguesia de Luso para serem restaurados os dois bancos que havia
aqui junto à entrada, onde os velhinhos, como tu, se sentavam ao
cair da tarde, quando o Sol se escondia no horizonte. E até hoje não
foram devolvidos. Saberás lá tu, “Toino”, a tristeza que me
atormenta? Bem sei que sou um lamechas, “Toino”, mas que queres?</i></span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><i><b>E
agora fazem-me mais esta… Isto é mesmo para me derrubar. Não
aguento tanta falta de consideração. Já não há mesmo respeito
pelos velhinhos. Porra!</b></i></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><i><b>Então
a festa em minha honra, que seria comemorada no próximo Domingo, 21 de Janeiro, só merece uma missa? Uma missa? É só mesmo isto que eu
mereço?</b></i></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><i><b>Nem
ao menos uma procissãozinha? Estou farto...”</b></i></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 13pt;"><i><b><br /></b></i></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 13pt;"><i><b>TEXTO RELACCIONADO</b></i></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 13pt;"><i><b><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2024/01/barro-um-comentario-recebido-sobre.html" target="_blank">"Barrô: Um comentário recebido sobre..."</a></b></i></span></p><p style="text-align: center;">
<br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-42073628575145320962024-01-16T19:07:00.002+00:002024-01-16T19:07:25.479+00:00VEM AÍ UMA REVOLUÇÃO NO LICENCIAMENTO DE OBRAS<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAxV4ew7vpvOLCWe2TCdtdJxu4cE32bmF-kABbnYLG4_PCphA-mDbMSptj-HO46HDJ0-7GLVeTOL1YoK7Rtdf0KyqK8uHStHAdTFdx3u1jj_eL2anjdLwcy4NbTFxngcqGjIJLtjdRsnPjVvGTPdn-KTFJCQApggjiWs9RZnuBvkcYulzMxOxVRofS74g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="522" data-original-width="1000" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAxV4ew7vpvOLCWe2TCdtdJxu4cE32bmF-kABbnYLG4_PCphA-mDbMSptj-HO46HDJ0-7GLVeTOL1YoK7Rtdf0KyqK8uHStHAdTFdx3u1jj_eL2anjdLwcy4NbTFxngcqGjIJLtjdRsnPjVvGTPdn-KTFJCQApggjiWs9RZnuBvkcYulzMxOxVRofS74g=w400-h209" width="400" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">E</span>ntra
em vigor no próximo 4 de Março o novo “Simplex” que promete
revolucionar as obras feitas em casa.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Desde
o desnecessário licenciamento para aumentar o número de pisos sem
alterações de fachada, pelo desaparecimento da malfadada Licença
de Utilização, até ao fim de em projectos de habitação de raiz
deixar de ser obrigatório a implantação de bidés em casas de
banho. A partir dessa data, a decisão de ter ou não o popular
“<i>lava-cus</i>”,
naturalmente, passa a ser opcional.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 13pt;"><b><a href="https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/10-2024-836222484" target="_blank">(Veja aqui a publicação em Diário da República)</a></b></span></p><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-75722744067417355312024-01-15T20:06:00.003+00:002024-01-16T18:32:23.700+00:00 REUNIÃO DA CMMEALHADA: “MELHORIAS CONTÍNUAS”<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6lEHKPMm5CU3gwE0raaNakX5rmtGk6HiFUwLYcJEccnQldhG5eh0r6wRG03C9rSqVBLXDpRqH9sODvR8IQ0o-t56S0zL88ZteMGroUQBeSFTuCTEEnuXTren5Y-bG0Jzm98gj9JkhR9vlZjVceKEV-zEMKazNyjDyN1tznm0JyeEBG9rvJkVMZyw1wtg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="209" data-original-width="400" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6lEHKPMm5CU3gwE0raaNakX5rmtGk6HiFUwLYcJEccnQldhG5eh0r6wRG03C9rSqVBLXDpRqH9sODvR8IQ0o-t56S0zL88ZteMGroUQBeSFTuCTEEnuXTren5Y-bG0Jzm98gj9JkhR9vlZjVceKEV-zEMKazNyjDyN1tznm0JyeEBG9rvJkVMZyw1wtg=w400-h209" width="400" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b>(imagem de arquivo)</b></div></b><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Hoje
realizou-se a Reunião da Câmara Municipal de Mealhada. A
determinada altura aquando da discussão de “Melhorias Contínuas”
nos serviços municipais, invocada por António Franco, Presidente da
autarquia, o vereador José Carlos Calhoa, em representação do
Partido Socialista, afirmou que tinha lido, na diagonal, uma lei que
iria tornar a Licença de Utilização desnecessária para qualquer
edificação urbana.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>O
que o vereador da oposição referia é a Lei n.º50/2023 de 28 de
Agosto.</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><b><span style="font-size: small;">No
caso, trata-se uma Lei de Autorização do Parlamento </span><span style="font-size: small;"><i>que
autoriza o Governo a proceder à reforma e simplificação dos
licenciamentos no âmbito do urbanismo e ordenamento do território.</i></span></b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><b><span style="font-size: small;"><i>A
presente autorização legislativa tem a duração de 180 dias e visa
rever, entre outros, o Regulamento Geral das Edificações Urbanas
(RGEU), a Lei de bases gerais da política pública de solos, de
ordenamento do território e de urbanismo, por forma, nomeadamente,
a:</i></span><span style="font-size: small;"><i>
</i></span>
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><b><a href="https://www.oern.pt/noticia/2798/reforma-e-simplificacao-dos-licenciamentos-de-urbanismo-lei-n-50-2023-28-de-agosto" target="_blank"><span style="color: red;"><br />
</span></a></b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="color: red; font-size: small;"><i><b><a href="https://www.oern.pt/noticia/2798/reforma-e-simplificacao-dos-licenciamentos-de-urbanismo-lei-n-50-2023-28-de-agosto" target="_blank">(Continuar
a ler clicando em cima desta frase)</a></b></i></span></p>
<p style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><b><br />
</b></p>
<p style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><b><span style="font-size: small;">O
QUE É ISSO DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA?</span></b></p>
<p style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: large;">U</span><span style="font-size: small;">ma
autorização legislativa é uma espécie de cheque passado ao
Governo, com data de emissão e caducidade, para poder mexer numa
determinada matéria que é da estrita responsabilidade da Assembleia
da República.</span></b></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>O
Governo, em Conselho de Ministros, por sua iniciativa, pode legislar
(Decretos-Lei) em assuntos do quotidiano, que não fira Direitos,
Liberdades e Garantias, visando a simplificação da vida do cidadão.</b></span></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>No
caso desta Lei de Autorização, como é de 180 dias – que caduca
em 28 de Fevereiro – é de supor que, pelo facto do Governo se
encontrar em Gestão até Março, não vá avançar</b><span style="font-weight: normal;">.</span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 14pt;">POST
SCRIPTUM:</span> Por desconhecimento e alertado pou membros desta
página, não referi que a subsequente via legislativa referente a
esta autorização parlamentar, e que deu origem ao Decreto-lei
10/2024, de 8 de Janeiro, entra em vigor em 4 de Março do corrente ano. No caso, trata-se de um
"Simplex" que vem revolucionar, no sentido de facilitar os procedimentos administrativos. Aos leitores as minhas desculpas pelo lapso.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 13pt;"><b><a href="(Para ler a publicação em Diário da República, clique em cima)" target="_blank"><i>(Para ler a publicação em Diário da República, clique em cima)</i></a></b></span></p><b></b><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-40530530660438297592024-01-15T19:19:00.002+00:002024-01-16T19:36:25.875+00:00 REUNIÃO DA CMMEALHADA: O CASO DO DIA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgYPkmTLQYDWvmEvgZCQdjvb5rOnnMujy6DfuDNhMINwYexAGQs4WcR3wQQ62AKFGt0SFTlC_k0G4yo_bYECTX8PoRFYaPNbNsPXwCiyJHsMqLAwdS1YS2Cj_BJytB3W3qylDpC3y47Vl1eBS83pC2wEB1UJYD1KiT8LS3RVxSQeQz_8qGqy_6iojhXQ60" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="209" data-original-width="400" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgYPkmTLQYDWvmEvgZCQdjvb5rOnnMujy6DfuDNhMINwYexAGQs4WcR3wQQ62AKFGt0SFTlC_k0G4yo_bYECTX8PoRFYaPNbNsPXwCiyJHsMqLAwdS1YS2Cj_BJytB3W3qylDpC3y47Vl1eBS83pC2wEB1UJYD1KiT8LS3RVxSQeQz_8qGqy_6iojhXQ60=w400-h209" width="400" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b>(Imagem de arquivo)</b></div></b><p></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>EXECUTIVO
ANULA DELIBERAÇÃO</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">1</span><span style="font-size: large;">
- N</span>um acto algo
insólito, hoje, em Reunião de Câmara Municipal, o Executivo
Mealhadense, liderado por António Jorge Franco, em proposta aprovada
sem a sua presença na sala, anulou uma deliberação autenticada em
10 de Julho de 2023.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Inscrita
nos trabalhos municipais de hoje, o ponto da Ordem foi o número “14
-</span><span style="font-size: small;"><i> Proposta ao
Executivo n.º 07/2024 - Atualização do valor da quota da
Associação Rota da Bairrada”</i></span><span style="font-size: small;"><i>
- “</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Criada
em Novembro de 2006, a Associação Rota da Bairrada, é uma
associação de carácter regional, constituída sem fins lucrativos,
que tem como objetivo a dinamização, promoção e valorização da
atividade vitivinícola da Bairrada, e atividades afins, enquanto
produtos turísticos e culturais da região</span></span><span style="font-size: small;">”.
</span><span style="font-size: small;">Para além da Mealhada,
f</span><span style="font-size: small;">azem parte desta
associação</span><span style="font-size: small;"><i>
</i></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">os
municípios de Anadia, Águeda, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Oliveira
do Bairro Vagos. E ainda a Comissão Vitivinícola da Bairrada e o
Turismo Centro de Portugal.</span></span></b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: large;">2</span><span style="font-size: large;">
</span><span style="font-size: large;">– O</span><span style="font-size: small;">
caso conta-se em duas penadas: em Reunião de Câmara realizada em
10-7-2023, tutelada na acta com data deste dia, “</span><span style="font-size: small;"><i>6.
PROPOSTA AO EXECUTIVO N.º 64/2023 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DAS
QUOTAS DA ASSOCIAÇÃO ROTA DA BAIRRADA</i></span><span style="font-size: small;">”,
</span><span style="font-size: small;">foi
aprovada por unanimidade</span><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: small;">o
aumento de 2,500.00 € para 7,500.00 euros. </span></b><span style="font-size: 13pt; text-align: left;"><b>De salientar que, embora
proporcional à grandeza dos compartes, o aumento proposto pela Rota
da Bairrada coube a todos os associados.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: red; font-size: 14pt;"><b><a href="De salientar que, embora proporcional à grandeza dos compartes, o aumento proposto pela Rota da Bairrada coube a todos os associados. Consulte aqui a acta camarária" target="_blank">(Consulte aqui a acta camarária, clicando em cima)</a></b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">A
este propósito de aumento, interveio Filomena Pinheiro,
Vice-presidente da autarquia: “(…) </span><span style="font-size: small;"><i>Disse
que o aumento da quota é significativo, mas é uma necessidade,
mencionando que se o Concelho não beneficia mais das ações de
promoção e divulgação institucional é porque têm um projeto que
têm que defender. A Senhora Vice-Presidente disse que a Rota da
Bairrada serve de exemplo à maior parte das CBR tanto dentro da
região como fora e deve ser defendida e apoiada por quem a criou.
</i></span><span style="font-size: small;"><i>(…)</i></span><span style="font-size: small;">”</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Interveio
também Rui Marqueiro, agora vereador e ex-presidente da edilidade:
“</span><span style="font-size: small;"><i>disse</i></span><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: small;"><i>estranhar
que se peça um aumento de quotas, no caso da Mealhada de 200%,
quando nos anos de 2021 e 2022 a Rota apresentou resultados
positivos, referindo que eventualmente uma gestão mais cuidadosa
evitasse um aumento tão grande. Disse ainda já ter sido membro da
direção e reconhece que houve um período em que as coisas não
andaram tão bem, tendo por duas vezes recusado comparecer nas
reuniões de aprovação das contas, pelo que daria o benefício da
dúvida e votaria favoravelmente, uma vez que a situação está a
ser acompanhada pela Senhora Vice-Presidente.</i></span><span style="font-size: small;">”</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: large;">3
- E</span><span style="font-size: small;">mbora
não sendo muito claro, António Franco, foi dizendo que pelo facto
de ser cunhado do presidente da Associação Rota da Bairrada, Pedro
Soares – que é também presidente da Comissão Vitivinícola da
Bairrada -, alguém, sem especificar, fez uma participação no
Ministério Público, alegadamente, denunciando conflito de
interesses.</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Pelo
que foi entendido nas palavras do Presidente da Câmara Municipal, o
Ministério Público propôs que, para não levar o caso a
julgamento, desde que a deliberação fosse anulada em sede de
vereação, deixaria cair a queixa e esta extinguir-se-ia.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">O
FANTASMA DO CONFLITO DE INTERESSES</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">F</span><span style="font-size: small;">ranco,
lamentando o actual clima de suspeição que ensombra todos os
municípios portugueses (e não só), na desconfiança instalada de
que há sempre alguém que tenta descortinar relações familiares
que vão redundar em benefício inexplicável, ou enriquecimento sem
causa.</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Para
além disso, declarou que o seu cunhado nem sequer era remunerado
pelas funções que desempenha.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Ainda
que não, ou talvez que sim, ou antes pelo contrário, o vereador em
substituição Luís Tovim, no ponto seguinte onde parecia haver
interesses não declarados, saiu da sala. Não fosse o Diabo
tecê-las! </b></span>
</p><b></b><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-58034241857737270332024-01-14T18:18:00.005+00:002024-01-14T18:26:11.373+00:00BARRÔ: UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE A ALEGORIA DE SÃO SEBASTIÃO<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtWC22jgDV1S_P9qssaYXAjhQc_yV8zURIaPJfgu5Vib-Wjk_JIVQDzYioSYKgdlca48e0IWemp-xUDhs2hzsgKC4qVihX_zkd7F5MvDAmjLBshcIYbIcYkefITFT3x0kIKs8E8sST9K0Oio2pVItujmaZq1QyEps2TLfqxSHf2AY2KC6ShKnDp7ImhhM" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtWC22jgDV1S_P9qssaYXAjhQc_yV8zURIaPJfgu5Vib-Wjk_JIVQDzYioSYKgdlca48e0IWemp-xUDhs2hzsgKC4qVihX_zkd7F5MvDAmjLBshcIYbIcYkefITFT3x0kIKs8E8sST9K0Oio2pVItujmaZq1QyEps2TLfqxSHf2AY2KC6ShKnDp7ImhhM=w300-h400" width="300" /></a></div><br /><br /><p></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background: rgb(255, 255, 0);">“<span style="font-size: 14pt;"><i>Realmente
é verdade. São mordomos e ficam de fora.” </i></span></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><b>(Comentário
recebido)</b></span></i></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;"><span style="font-size: 28pt;">M</span>eu
caro, para mim, a nomeação para mordomo das festas de São
Sebastião, que decorrem anualmente em 20 de Janeiro em Barrô,
implica assumir uma responsabilidade. Ou seja, o grupo nomeado deve
chamar a si o encargo de realizar as festividades sacro-santas (Missa
e Procissão) e profanas (bailarico com um grupo musical, e outras
iniciativas que elevem a povoação ao mesmo nível das vizinhas).
Contudo, isto não quer dizer que se façam os festejos sem um
obrigatório plano financeiro atempado. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Acontece
que o grupo nomeado (5 residentes, incluindo a minha pessoa) começou a ser instigado a reunir
por mim logo em Fevereiro de 2023, para se encontrar e planificar as
iniciativas como, por exemplo, almoços no Pavilhão local, venda de
bens em leilão, rifas para um sorteio, torneio de sueca, entre
outros. A resposta dada foi "<i>sim, temos de reunir</i>". </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Por
volta de Maio, voltei a sensibilizar alguns elementos do grupo para a
necessidade de nos encontrarmos. Numa espécie de encolher de
ombros, foi dada a mesma resposta. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Gostaria
de relembrar que para as Festas de Nossa Senhora da Natividade, no
Luso, e cujo um dos mordomos das festas burriqueiras era,
simultaneamente, também um dos nomeados em Barrô, foram feitos
vários eventos de angariação de fundos, tais como, uma primeira
porta-a-porta, por volta de Março e, nos meses seguintes, seguidos
de um almoço na Associação Recreativa de Várzeas e mais dois no
Clube Recreativo de Barrô. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Por
esta altura dos peditórios em Barrô, alertei que estava a haver uma
preocupação excessiva com as festas de Luso e pouca atenção aos
festejos de Barrô. Como quem diz, estava a faltar um pouco de
orgulho bairrista com a nossa terra. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Volta
e meia, continuei a alertar para a necessidade de reunir com urgência
para se saber com o que se podia contar. Aos meus apelos insistentes
foram feitos ouvidos de marcador.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;"><span style="font-size: 20pt;">E</span>m
finais de Setembro foi feita a primeira reunião. Nesse encontro, fui
confrontado taxativamente que, por não haver tempo para captar
fundos e não se saber com o que se poderia contar, só iria haver
Procissão e nada de outras alegorias. Foi afirmado por quatro
elementos, em coro, “<i>de que, pessoalmente, não estavam em
condições de poderem financiar a Festa de São Sebastião</i>”.
Foi acrescentado que só para efectuar a Procissão, com banda
filarmónica, andaria próximo dos mil euros – e na altura ainda
não havia um cêntimo disponível. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Adiantei
que o facto de se fazer tão pouco pela festa do padroeiro do lugar
constituiria uma vergonha para os envolvidos -incluindo a minha
pessoa.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Alvitrei
realizar um torneio de Sueca para tentar financiar o evento. E disse
ainda que, em troca e para compensar, para não deixar cair a
festividade, com tempo, poderíamos fazer uma Festa do Emigrante, em
Agosto de 2024, na via pública, com uma banda musical – como já
se fez em Barrô, outrora.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Ficou
acertado que um dos responsáveis iria falar com o senhor padre na
semana seguinte.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Foi
dito também que, como estávamos nos últimos dias de Setembro, um
dos elementos iria duas semanas para o Luxemburgo e que quando
regressasse nos primeiros dias de Outubro, impreterivelmente, se
faria uma reunião conjunta para debater o assunto.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Veio
Outubro e consequente Novembro e, sobre a reunião prometida, nada.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Nos
últimos de Novembro encontrei o membro que prometera o encontro e,
depois de confrontado pela falta de palavra, disse-lhe
peremptoriamente que, pelo desligamento manifestado, eu estava fora.
Reiterei também que assumi fazer parte da mordomia porque acreditei
na vontade de fazer acontecer dos envolvidos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Mas
adiantei que quando se fizesse o prometido encontro iria estar
presente para, olhos-nos-olhos, dizer o que pensava. </b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt; text-align: left;"><b>Não
fui convidado para mais qualquer encontro</b>.</span><span style="text-align: right;"> </span></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-55562139271894655722024-01-07T19:28:00.001+00:002024-01-07T19:28:08.526+00:00 BARRÔ RECEBEU O CANTAR DAS JANEIRAS<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEitjY0uGEBzX4kp1cmNWzuAFLd75M446LlAApGRUZEYKMMnJUCOpfZkCegqjhjfOMKGi4oDHJArvJXItEiSAMbuUd43DTCq8Gg8E4S_gC-CD5V0eu5QrH6u3csjZLRaSTuv0m6GiUcnJgTrW66NHAwwhHOAUmtPtGx2e7wG4Ijvu4Sq3ba9hwUHlv2E5TQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="610" data-original-width="610" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEitjY0uGEBzX4kp1cmNWzuAFLd75M446LlAApGRUZEYKMMnJUCOpfZkCegqjhjfOMKGi4oDHJArvJXItEiSAMbuUd43DTCq8Gg8E4S_gC-CD5V0eu5QrH6u3csjZLRaSTuv0m6GiUcnJgTrW66NHAwwhHOAUmtPtGx2e7wG4Ijvu4Sq3ba9hwUHlv2E5TQ=w320-h320" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">P</span>recisamente
ao bater das 10h30, vozes afinadas do Grupo Regional da Pampilhosa do
Botão saíam harmoniosamente de supetão pela porta de entrada da
capela de Barrô, como quisessem libertar-se do espaço exíguo das
quatro paredes e invadir todo o espaço envolvente. Promovido pela
Junta de Freguesia de Luso, Câmara Municipal de Mealhada e outros
patrocinadores foi um evento a repetir.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>O
público, essencialmente constituído pela classe alta, mais
exactamente treze pessoas, menos do que os cantantes romeiros
pampilhosenses. Marcaram presença o senhor Regedor, o senhor Juiz
da Festa, o senhor Procurador, a senhora Ministra para os Assuntos
Eclesiásticos e respectivos assistentes da função, o senhor
Ministro Regional da Cultura, o senhor Ministro Local dos Assuntos
Geriátricos e Gerontologia, e os restantes eram Fidalgos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Fosse
por alguma geada estendida nos telhados sobranceiros, ou não, a
verdade é que o espectáculo não cativou de todo o povo do
território barrosense.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Por
entre as várias canções apresentadas no concerto, ouviram-se
muitas palmas.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Todos
os presentes mostravam estar felizes.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">Todos,
como quem diz, salvo seja. O padroeiro São Sebastião, atrás do
grupo popular, olhava o Céu com manifesto sofrimento de mártir. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Mesmo
tentando, não consegui retirar-lhe uma declaração e chegar a falas
com a santidade. Olhava para cima, com os olhos presos no tecto de
madeiramento do templo. Deu-me pena aquele ar de sofrido, coitado.
Parecia estar mesmo deprimido.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>O
que seria que apoquentava o martirizado?</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>E
COMO FOI NO LUSO?</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">C</span>om
João Silva, secretário da Junta de Freguesia de Luso, a fazer de
contra-mestre na apresentação dos grupos de Cavaquinhos da
Associação Salatina, de Coimbra, e do Grupo Regional da Pampilhosa
do Botão, respectivamente com actuações, por volta das onze horas
e o meio-dia, perto da Igreja Matriz, dentro do Mercado e junto ao
Restaurante “<i>O Cesteiro</i>”, os certames também não
cativaram os lusenses para ovacionar quem se esforçou por dar
animação à Vila.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Quem
não parava de reclamar, mas com vincada veemência, foi um enorme
bando de passarinhos: <i>então vieram acordar-nos com as violas e o
rufar dos tambores para não haver público nenhum? Está certo isto?</i></b></span></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>É de aconselhar a Junta de
Freguesia, para o ano, que estes espectáculos sejam acompanhados de
pequeno-almoço para quem se dignar aparecer e bater palmas aos
músicos etnográficos.</b></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-89624859730300058292024-01-07T15:02:00.003+00:002024-01-07T22:15:43.993+00:00FALECEU O TOZÉ, O PASTOR AGREGADOR DO BLOCO DE ESQUERDA/COIMBRA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiNyPLAWL7qsHRh1QgeKeTMprLVHLF1ndMI9-QYdqFWHckyh0Ill7GqUTrYfLNh5D4go-9pPhtWh4lqmRMORdLR8cv38Ort4nxwwZ-9TxHCnSgvZ5mKbWFZy1fCygOzilOzr-7y2R9d8kMyq-hxivZRpF9DYpU5d-821S1pNI8rOBbxVKYlr5jpGQP_YIg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1052" data-original-width="1600" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiNyPLAWL7qsHRh1QgeKeTMprLVHLF1ndMI9-QYdqFWHckyh0Ill7GqUTrYfLNh5D4go-9pPhtWh4lqmRMORdLR8cv38Ort4nxwwZ-9TxHCnSgvZ5mKbWFZy1fCygOzilOzr-7y2R9d8kMyq-hxivZRpF9DYpU5d-821S1pNI8rOBbxVKYlr5jpGQP_YIg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhubnisoja5z0pI0OPbb95U66twRzBRHYSBi1tamd7G6TGCwe8BZyQI77eY-IQ3sw9vvzqDpGNXEp2foNhqHbd1riLHMaGUprdqZ7BWxfOOefoOPYZVnQC2N5disYh8b4e8CSMESnaVGkpAxJrCS1IrqBvabA0hCNH-eDkeOKX1dlbjeurRwSP2Aj3t_mo" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="335" data-original-width="264" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhubnisoja5z0pI0OPbb95U66twRzBRHYSBi1tamd7G6TGCwe8BZyQI77eY-IQ3sw9vvzqDpGNXEp2foNhqHbd1riLHMaGUprdqZ7BWxfOOefoOPYZVnQC2N5disYh8b4e8CSMESnaVGkpAxJrCS1IrqBvabA0hCNH-eDkeOKX1dlbjeurRwSP2Aj3t_mo=w252-h320" width="252" /></a></div><br /><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">F</span>iquei
a saber, hoje pelo Diário de Coimbra, que faleceu o António José
André, mais conhecido em toda a Baixa de Coimbra por “<i>Tozé</i>”.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Durante
muito tempo acompanhei de perto a militância activa do <a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2011/05/apresentacao-de-lista-por-coimbra-do.html" target="_blank"><span style="color: red;"><i>Bloco de Esquerda</i></span></a> em Coimbra. Fui uma espécie de prosélito (aquele que
abraça uma religião diferente da sua), ou seja, ideologicamente
considerando-me liberal, comprava à peça as actividades do partido
na cidade, isto é, se concordava com o tema da reunião, fosse sobre
economia, política e sociedade, estava lá para escrever e aprender
em longas conversas, sobretudo, no Café Santa Cruz.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Como
tinha uma loja na Baixa da cidade, antes da realização dos eventos,
era certo e sabido que iria ter a visita do “<i>Tozé</i>” André
a convidar-me. Da porta de entrada da loja lançava o desafio: <i>“Vais
lá?”</i></b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Mais
tarde comecei a receber o</span><span style="font-size: 13pt;">s</span><span style="font-size: 13pt;">
convite</span><span style="font-size: 13pt;">s</span><span style="font-size: 13pt;">
por SMS. O último foi no </span><span style="font-size: 13pt;">final
</span><span style="font-size: 13pt;">de Dezembro. </span><span style="font-size: 13pt;">Embora
há muito <a href="deixasse de participar" target="_blank"><span style="color: red;"><i>deixasse de participar</i></span></a>, certamente por continuar na rede de
contactos, era certo em receber uma comunicação.</span>
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>O
“<i>Tozé</i>” foi em vida, como se diz na gíria, um tipo
<i>bacano</i>. Professor de profissão, era uma pessoa sem peneiras.
Falava a toda a gente, independentemente do estatuto social. Não
tenho dúvida nenhuma em afirmar que o Bloco de Esquerda/Coimbra e o
movimento <a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2017/03/ser-ou-nao-ser-cidadao-por-coimbra.html" target="_blank"><span style="color: red;"><i>Cidadãos por Coimbra</i></span></a>, tendo a importância que têm,
muito devem a este militante de causas sociais. Era uma pessoa
discreta e eficaz. Era o pastor que, na sombra e meticulosamente,
reunia as “<i>ovelhas</i>” em torno de uma ideia e acontecimento
promovidos por qualquer uma das agremiações políticas na cidade
dos estudantes.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Era
muito normal vê-lo a distribuir “<i>flayers</i>” na Praça 8 de
Maio em horas de ponta.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Companheiro
e amigo do falecido <a href="https://www.youtube.com/watch?v=cMBxNbQKIO8" target="_blank"><span style="color: red;"><i>João José Cardoso</i></span></a> – outro grande <a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2015/10/faleceu-o-joao-cardoso.html" target="_blank"><span style="color: red;"><i>defensor </i></span></a>de
causas sociais na cidade – com mais esta perda , soma a duas o
desaparecimento importantíssimo de dois relevantes activistas na
meia idade.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>À
sua família enlutada, em meu nome e da Baixa de Coimbra, se posso
escrever assim, os nossos sentimentos profundos.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Até
sempre, “<i>Tozé</i>”. Que descanses em paz.</b></span></p><p style="text-align: center;"><br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-29573903661447467262024-01-06T22:02:00.005+00:002024-01-07T12:23:40.222+00:00A OBSTRUÇÃO<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiihAxxyvVJpzN1zWJ5rFCmMx0UJ6gGn0qJ4vDS5NGypAzM8wX8fWFff7a-gIrCd4ztJXCNgSmCX0wpezQ9mutQan6HgwdCqDKds8AuECohXzm8jqNuimWphKheAUBpl-Or9xa3BUug6EjY1jb7QsSGroZnzNtL7ENO3WrVlNOZJhW8wAFInUigl4YleAc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="610" data-original-width="610" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiihAxxyvVJpzN1zWJ5rFCmMx0UJ6gGn0qJ4vDS5NGypAzM8wX8fWFff7a-gIrCd4ztJXCNgSmCX0wpezQ9mutQan6HgwdCqDKds8AuECohXzm8jqNuimWphKheAUBpl-Or9xa3BUug6EjY1jb7QsSGroZnzNtL7ENO3WrVlNOZJhW8wAFInUigl4YleAc" width="240" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);">
“<span style="font-size: small;"><i>Mas eu não me deixei
amolecer. Avisei logo: ou ajudas </i></span></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);">no
mal que me atormenta ou não vais ver um cêntimo para ajudar </span></i></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);">a
pagar a sagrada procissão que vai acontecer proximamente, </span></i></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);">já
que no que toca a festa profana, bailarico e outros que tais, </span></i></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);">não
vais ter sorte nenhuma”</span></b></i></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">E</span>sta
semana, tudo começou devagar, devagarinho com um pequeno arroto,
assim como se a canalização expelisse ares de cólica abdominal em
vómito anunciado. Não sei se estou a ser claro mas, em boa verdade
os líquidos não corriam livremente como deveria ser.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>No primeiro dia, não dei
muito importância, afinal nunca tivera problemas com o encanamento.
Se é certo que nunca tivera muito cuidado com as gorduras, que
provocam a obstrução e o colesterol e, no limite, podem provocar o
colapso, também é certo que tinha um certo uso mas não era muito
velha. Isto é, visto do exterior, tudo indicava estar ali para as
curvas, durante mais umas largas décadas.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>O problema é que o
engasgamento continuava e tudo indicava ter vindo para me complicar a
vida. Se no início era um simples expelir de gazes encaracolados em
bolas de sabão, com a continuação o bloqueio foi total e o cheiro
pestilento a podre invadiu tudo em redor. A minha mulher, sem saber o
que fazer, preocupadíssima como sói de ver, só maldizia o azar que
nos calhou em sorte. Às tantas, sabe-se lá, foi bruxedo. Andam para
aí tantas bruxas desencaminhadas, prontas a despejar o veneno em
pessoas boas, como nós.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Comecei por vários produtos
especializados. O primeiro a entornar em dose dupla, para além de
provocar uma sensação de borbulhar, não deu em nada. O segundo,
aparentemente melhor do que o antecedente, dando-se imediatamente por
vencido, nem se dignou promover uma rebelião interior. O terceiro,
sugerido como o melhor à venda no mercado, e acompanhado de banhos
de água quente, rendeu-se logo e deu-se como incapaz no primeiro
assalto.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Os dias iam decorrendo e eu
sem ter melhoras. O cheiro a pútrido era cada vez mais notado.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Várias vezes dei por mim a
pensar que os meus vizinhos chamariam a ASAE por pensar que
transformei a minha casa numa destilaria clandestina.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Deitava-me a pensar em
possíveis soluções milagrosas, acordava a meio da noite a
transpirar de ansiedade, e, para além de umas profundas olheiras
negras, levantava-me sem alento. Comecei a dar por certo que isto era
mesmo mau-olhado, ou, se calhar, o pagamento antecipado pelos muitos
pecados que pratiquei e descrença no sagrado.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Ao terceiro dia a situação
estava simplesmente caótica e sem controlo. À minha falta de
paciência para tal calamidade e empestamento, soçobrava uma apatia
cada vez mais instalada que me impedia de dormir. A minha mulher,
perante o meu “<i>deixa-andar</i>”, encostando-me o dedo
indicador em riste no nariz, lançou um ultimato: ou chamava um
clínico para debelar a doença ou apelava ao transcendente, como
quem diz, recorrer à hagiografia católica e lançar mão à
bem-aventurança de um Santo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Mas as coisas não eram tão
lineares assim. Se, por um lado, corria o risco de chamar um “<i>médico</i>”
para debelar o imbróglio e, para além de não resolver a anomalia,
me levava o coiro e o cabelo, por outro, como é que ia rogar a um
Santo que me ajudasse nesta aflição se, para além de não
acreditar no seu poder metafísico, há muito tempo, mas muito tempo
mesmo, não falava com nenhum, nem mesmo naqueles momentos mais
introspectivos, de catarse? E mais: a que santo vou pedir auxílio?
Aos da casa, como diz o povo, não valia pena, porque não fazem
milagres.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Até que na última noite,
passada em branco, inteirinha a contar carneiros, tomei uma decisão
drástica e de último recurso: apesar do descrédito sentido, iria
pôr em acção o poder obscuro e enigmático dos santos da casa.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Ontem, em abstração, tive
uma longa <i>conversa</i> com São Sebastião – para quem não
sabe, é o padroeiro da nossa aldeia, e cuja festa anual é no
próximo dia 20. Abri o diálogo – aliás monólogo – logo a
atacar. Não fosse ele pensar que, por ter sido mártir e reconhecido
milagreiro e eu ser um simples humano, me metia medo. Isso é que era
bom! E ainda lhe disse que não acreditava nele. Com aqueles olhos
profundos e fixados em mim, a santidade parecia olhar-me com ternura,
compreensão e contemporaneidade. Mas eu não me deixei amolecer.
Avisei logo: ou me ajudas no mal que atormenta ou, não vais ver um
cêntimo para ajudar a pagar a sagrada procissão que vai acontecer
proximamente, já que no que toca a festa profana, bailarico e outros
que tais, não vais ter sorte nenhuma. Levas uma homilia e um cortejo
em torno da povoação, e dá-te por grande sortudo. E dei por
encerrado o bate-papo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">Entretanto, lembrei-me que,
num canto da minha casa, tinha uma imagem de Santo Onofre, o
protector dos comerciantes, em <i>terra cota</i> com cerca de um
metro de altura. Durante mais de uma década, aparentemente, esteve
a olhar pelo meu negócio numa loja de velharias que tive em Coimbra.
Ou seja, sendo franco, esta imagem fazia companhia a outras que se
destinavam a venda e compunham o acervo do velho estabelecimento
comercial. Como fechei o negócio no final de 2022, dei guarida a algumas
peças não vendidas, uma delas foi a imagem de Santo Onofre. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Num olhos-nos-olhos,
coloquei-lhe a questão friamente: aqui, a tua função de zelador
comercial terminou. Para além disso, como te apercebeste, ninguém
se interessou em levar-te para casa. Ora então, temos que decidir o
teu futuro. Ou vais para uma ermida obscura e perdida no monte, ou
vais para o desemprego, ou, no limite, não tendo lar de acolhimento,
vais aumentar o índice de sem-abrigo por esse Portugal fora – e
que o Marcelo, o Presidente da República, prometeu erradicar da
pobreza.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Coitadinho, fixou os olhos em
mim com tal tristeza que até se me deu um lancinar no lado esquerdo.
Palavra de honra, arrependi-me imediatamente do que tinha proferido.
Podem não acreditar mas, apesar dos meus lapsos e relapsos ao longo
da minha existência, eu até tenho bom coração. Então, moderando
o tom agressivo, sugeri: está bem, não te vou abandonar como se
fosses um preso de longa data que, depois de libertado, não tem onde
cair morto. Vais comigo para a minha residência. Mas, atenção,
vais ter de trabalhar como qualquer comum mortal, que lá em casa não
há pão para malandros. Vais ter de te esforçar e mostrares o que
vales.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Mais uma vez, com voz grave,
como naqueles momentos de grande tensão, interpelei o Onofre e
ordenei: <i>meu amigo, durante o último ano em que permaneceste como
hóspede neste locado, não me apercebi de qualquer graça tua
transcendental. Então, meu caro, chegou a hora de mostrares o que
vales. Considera ser uma oportunidade.</i></b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>E, pela enésima vez, fui
tentar desentupir o cano do lavatório da cozinha. Sentia-me
esperançado e com muita fé. Algo no meu interior me dizia que ia
mesmo conseguir. Não é para isso que a fé complementa a nossa
limitação, <i>incompletude</i>, e nos empurra para a frente, mesmo
sem ânimo?</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">Repetindo o processo já
anteriormente tentado, novamente enfiei a longa bicha curvilínea,
mas agora ligada a um berbequim. Como cobra saracoteando na terra
árida, penetrou no longo buraco escuro. E pumba! Já está!
Finalmente! E a água toldada pelo cansaço, como se deslizasse na
planície por entre socalcos, correu alegremente. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Num canto da minha casa uma
certa imagem que simboliza a crença no divino pareceu sorrir.</b></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-7689825605775155862024-01-01T19:43:00.003+00:002024-01-05T18:29:36.563+00:00FELIZ ANO 2024<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiZ_jdnIIXBVZSVYsUjTYMp_sWKAZ7GtUicgsBaFEUk20xXseGSTdhUB8kpPZhNrjt3s-patDw0HZoWaWFeQAxP91tnsdfAfQn--8IE2mbjYqzXOrwNOUvtw-NvUQ7WP8d9PRUjOOPiZ-bXvVF4pKs2uiF_8vmUYbWJ7fKdsEjbl_vOuVIxCyj6ARP1DT4" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="148" data-original-width="266" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiZ_jdnIIXBVZSVYsUjTYMp_sWKAZ7GtUicgsBaFEUk20xXseGSTdhUB8kpPZhNrjt3s-patDw0HZoWaWFeQAxP91tnsdfAfQn--8IE2mbjYqzXOrwNOUvtw-NvUQ7WP8d9PRUjOOPiZ-bXvVF4pKs2uiF_8vmUYbWJ7fKdsEjbl_vOuVIxCyj6ARP1DT4" width="320" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">A</span>os
meus mais chegados, aos outros ligeiramente mais afastados e àqueles
que estão mais longe de mim do que a Lua cintilante, que a luz
ofuscante que o Sol irradia os ilumine a todos por igual, são o
desejo sincero deste vosso camarada. Bem sei -como diz a frase,
“<i>bem-aventurado aquele que nunca espera nada, pois nunca irá se
decepcionar</i>”- que a esperança (e a ambição) é o motor da
humanidade, que a empurra em direcção ao desconhecido e a faz andar
para a frente, mas o mais certo é mesmo pedir igual ao que nos
calhou em sorte no ano velho que agora acaba.</b></span></p><div>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Entre
tantas coisas que gostávamos mesmo de ter e não temos, no mínimo,
que não se esgote a saúde e a doença não nos apoquente.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Um
bom Ano Novo.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p></div><p style="text-align: center;"> </p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-63343037707569485712023-12-25T22:44:00.004+00:002023-12-25T22:44:58.259+00:00O NATAL COMEÇA AGORA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiYdg7Hu1SRfk3l1MhbWMaYIoJg_tD_CJOLiqx_3SSOA0OrJwFZuZSLkctCs03osi2NiVgQxJ_RnNwB0PrvNIMde_phbPH8HvpDt4ttALlttiOOwAxU4rKCSm4p45fAXA_Gfj90mlDvVDGvaRu2M34VPHAeQSc1P5kxfg26GhOcuhOCwej19JcKSIriWrI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1052" data-original-width="1600" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiYdg7Hu1SRfk3l1MhbWMaYIoJg_tD_CJOLiqx_3SSOA0OrJwFZuZSLkctCs03osi2NiVgQxJ_RnNwB0PrvNIMde_phbPH8HvpDt4ttALlttiOOwAxU4rKCSm4p45fAXA_Gfj90mlDvVDGvaRu2M34VPHAeQSc1P5kxfg26GhOcuhOCwej19JcKSIriWrI" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">A</span>cordei
de manhãzinha com o Sol no meu beiral,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>por
entre a agitação de um sono profundo,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>sonhei
que era o incarnado espírito de Natal</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>que
vinha trazer a paz e a concórdia ao mundo,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>silenciando
as guerras entre o Bem e o Mal,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>digladiando
religiões com o mesmo fundo,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>e
um Deus, amor do interesse individual,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>em
que irmãos se gladiam num submundo,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>e
filhos tratam os pais com ferocidade brutal;</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">A</span>
madeira dos móveis clicava, estremecia,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>a
minha gata espreguiçava a pata e o dente,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>a
minha amada calma e serenamente dormia,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>por
entre ruídos surdos e silêncio envolvente,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>eu
pesava tudo, imaginava o que me acontecia,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>acredito
que a tolerância deve ser transcendente,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>e
o perdão, sem ter em conta a crença que nos guia,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>deixar
cair o fanatismo insano e mentiras vigentes,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>sermos
como somos em verdade e não o que se plagia;</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">D</span>e
que vale acender a vela no altar ao padroeiro,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>rezar
Pais Nossos e Avé Marias a Nosso Senhor,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>fazer
promessas de beatice em alma de romeiro,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>tomar
a hóstia, Corpo de Cristo, ministrada pelo prior,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>confessar
os pecados repetidos à exaustão de boateiro,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>bater
no peito com a mão, parecendo livre de rancor,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>ajoelhando,
prometer tudo perante o divino, e justiceiro,</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>se
os buracos da desumanidade são não ter para dar amor</b></span></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>e
em vez de partilhar, em soberba, furta como vezeiro.</b></span></p></div><p style="text-align: center;"><br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-61262357083768082132023-12-24T16:29:00.002+00:002023-12-24T16:29:52.100+00:00<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhyp3y2ANO8K6nYDIXxwO2JgFhAKIYmJbnVxXvmasW5NkdU-YcdIRnEGcn_7brUskIsFsfGXH02OFylmh2rlo0swNnGzXH-4iz5hJT9p7839CFo-aCPyZwlEXhfi62GVlCog74wCnjGizSLdNAKkVUN33XNj6Tp5R2_WdtxAKSNx4S0vuhfM-MAY53JZF0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="688" data-original-width="717" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhyp3y2ANO8K6nYDIXxwO2JgFhAKIYmJbnVxXvmasW5NkdU-YcdIRnEGcn_7brUskIsFsfGXH02OFylmh2rlo0swNnGzXH-4iz5hJT9p7839CFo-aCPyZwlEXhfi62GVlCog74wCnjGizSLdNAKkVUN33XNj6Tp5R2_WdtxAKSNx4S0vuhfM-MAY53JZF0" width="250" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: left;"></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: small;">A todos os nossos amigos,
conhecidos e inimigos desejamos uma mesa cheia de tudo, incluindo
amor, saúde e algum conforto financeiro. Aquele enorme abraço que
embora virtual até parece apertadinho. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Boas
festas.</b></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-51708885019871192822023-11-01T19:07:00.004+00:002023-11-02T11:24:47.521+00:00 HOJE É DIA DE TODOS OS SANTOS<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEio9Fjl9pORq-VHXy9v36qy8cHkAw2UdKP0KgnIpih_KewF6btxq3Zd5bgJgEtMdTVbwFttD7tDCQSIQDWnNkFqzTQSs1QJSBO_n7PpY3shdFclJ8LEdV31MVWi24cGmiK7WU_LUDDGng4GASswjdBqtr-PSWEY13516HpoxDeGWPHo-aVwhoe4fLflyGU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="322" data-original-width="250" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEio9Fjl9pORq-VHXy9v36qy8cHkAw2UdKP0KgnIpih_KewF6btxq3Zd5bgJgEtMdTVbwFttD7tDCQSIQDWnNkFqzTQSs1QJSBO_n7PpY3shdFclJ8LEdV31MVWi24cGmiK7WU_LUDDGng4GASswjdBqtr-PSWEY13516HpoxDeGWPHo-aVwhoe4fLflyGU" width="186" /></a></div><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">H</span>oje,
1 de Novembro, “<i>Dia de
Finados</i>” é
feriado religioso
convencionado
para homenagear,
“<i>visit</i><i>ando</i>”
os nossos mortos, mais
familiares ou menos chegados, nas
campas e mausoléus dos
cemitérios.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><b>Reza
a história que a prática de enterrar os mortos em cemitérios
públicos como a que conhecemos hoje é relativamente recente, com
pouco mais de dois séculos. Teria começado com o iluminismo,
<i>movimento cultural
europeu iniciado no século XVII e seguinte que tinha por finalidade
gerar e alterar usos e costumes em vários sectores da sociedade
desse tempo, respectivamente políticas, económicas, sociais e
judiciais</i>. Os
iluministas defendiam a vulgarização do conhecimento, tornando-o
geral, para alcançar a razão, cimentando a objectividade no lastro
do raciocínio lógico de pensamento crítico individual, em
detrimento de uma subjectividade imposta de fora, de cima, pelo
absolutismo feudal e pela teologia. Os homens das luzes, tinham em
mente, sobretudo acabar com o obscurantismo, criando uma arma
filosófica, social e política para combater a concentração de
poder exercido pelo Rei ou no domínio do pensamento religioso
vigente.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><b>Embora
D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, fosse o construtor
dos primeiros cemitérios junto de igrejas em algumas cidades do
Condado, espaços térreos que eram reservados a cristãos de renome
e de riqueza considerável que pudessem pagar a permanência num
local sagrado e as cerimónias religiosas iniciais.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><b>Supostamente,
aos indigentes estava reservada a vala comum. Ou seja, por ilacção,
os ricos, com as suas almas bem encaminhadas por exéquias e normas
de encomenda onde predominava a ostentação e a oração, iam
direitinhos para o paraíso. Já quanto aos pobres, doentes e vítimas
de pandemias eram queimados colectivamente fora da cidade – as
denominadas “<i>queimas de
alecrim</i>”. Os vadios
sem identidade, os presos, os escravos e outras estirpes menores eram
enterrados em poços- os chamados “<i>Monturos</i>”,
ou montureiras.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">A
instauração de cemitérios civis como um serviço público foi
decretada em 1835 </span><span style="font-size: 13pt;">por
Ribeiro Sanches, proibindo o enterro em igrejas ou lugares habitados,
com a total oposição do clero a difundir </span><span style="font-size: 13pt;"><i>a
ideia "de que os poderes públicos estavam a invadir um terreno
que pertencia exclusivamente ao âmbito religioso" - </i></span><span style="font-size: 13pt;"><a href="https://www.publico.pt/2004/02/09/jornal/dos-monturos-aos-cemiterios-publicos-184012" target="_blank"><span style="color: red;"><i>Fonte: Jornal Público</i></span></a>.</span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 14pt;"><b>A
CREMAÇÃO É O FUTURO?</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 28pt;">N</span><span style="font-size: 13pt;">as
últimas duas décadas a cremação – técnica funerária que visa
reduzir um corpo a cinzas num forno crematório com fogo em altas
temperaturas – tem vindo a conquistar um espaço cada vez mais
notório. Descrito como uma alternativa que oferece poucos riscos
para o ambiente, sem colidir com o ritual de exéquias tradicional,
para os pragmáticos (como eu) a diferença reside no desaparecimento
imediato do corpo físico, contra uma deterioração progressiva de
vários anos em cova ou jazigo.</span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Para
os defensores da prática tradicional, para uns, a cremação,
fazendo desaparecer os restos mortais físicos do falecido e
reduzidos a uma pequena urna de cinzas que serão espalhadas ao
vento, corta, ou menoriza, uma hipotética ligação memorial e
assente numa saudade ao defunto.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Para
outros, esta prática que envolve a queima é um voltar ao tempo das
trevas, à Idade Média, onde o fogo simboliza um castigo, o Inferno,
e não um descansar eterno ao que o finado tem direito.
Provavelmente, no seu imaginário, esta “destruição” do corpo,
constituindo pecado capital, também evitará a reencarnação.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Para
outros ainda, a visita ao cemitério, semanalmente, mensalmente, ou
anualmente, é um acto racional, objectivo, de “conviver”, ou
pelo menos “sentir” próximo, o ente que partiu há pouco ou há
muito tempo.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Não
há dúvida é que quanto mais forem as idas ao cemitério maiores
serão as probabilidades de perpetuar o luto e, com esta vinculação
extremada, não conseguir seguir em frente com a sua vida.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Uma
coisa é certa, e isto é um postulado histórico provindo da
Antiguidade, o tratamento “pós-mortem”, depois da morte, sendo
de escolha múltipla e pessoal, assenta essencialmente na
generosidade – cedendo o corpo à ciência com Testamento Vital -, e na fé, enquanto axioma sem contestação, ou falência dela. E, por
princípio de bom-senso, a fé não se discute, ou se “sente”, e
vive-se muito bem com ela, ou não se sentindo o seu espectro
transcendental, não se dando por ela, por norma não afecta a
felicidade dos descrentes.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p><p style="text-align: center;">
</p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-55444597873166193742023-10-31T20:08:00.005+00:002023-10-31T20:35:54.849+00:00 VELHOS COSTUMES CAÍDOS EM DESUSO: BOLINHOS E BOLINHÓS<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipN9hEG6ZPQPiBgWXABtlTDNXmEUTGWLJfEEKaBCmgGODc8aF5BiQLz_uu3WUFNoFmDWWe9S3r_S7BlI_oSqs_LHZxLYZ-_UOYEXFh-aX5_UPYrVS2DvWUje2mHuRJhRRWxcJ-mhFJtnDHqnKwQTDkuvpjd4GDnM_g0WHjULyZYEsiMBxHeR-Y9AdQoaI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipN9hEG6ZPQPiBgWXABtlTDNXmEUTGWLJfEEKaBCmgGODc8aF5BiQLz_uu3WUFNoFmDWWe9S3r_S7BlI_oSqs_LHZxLYZ-_UOYEXFh-aX5_UPYrVS2DvWUje2mHuRJhRRWxcJ-mhFJtnDHqnKwQTDkuvpjd4GDnM_g0WHjULyZYEsiMBxHeR-Y9AdQoaI" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">T</span>al
como relembra o meu amigo <a href="https://www.facebook.com/jorgoliveira" target="_blank"><span style="color: red;"><i>Jorge Oliveira</i></span></a>, até mais ou menos duas
décadas, mais propriamente nas áreas com maiores manchas de
pobreza, como, por exemplo, a zona da Alta, a da Baixa e outros
bairros periféricos em torno da cidade, era hábito em Coimbra nesta
altura dos Santos os miúdos, isoladamente ou em grupo, acompanhados
de uma caixa de sapatos ou com uma abóbora, ambas, recortadas com
uma carantonha e com uma vela acesa dentro, tocarem insistentemente
às campainhas das portas a solicitarem uma moeda ou uma guloseima
aos moradores. Também <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o-por-Deus" target="_blank"><span style="color: red;"><i>conhecido</i></span></a> por “Pão-por-Deus”, é um
ritual antigo baseado no uso de oferecer vinho e bens alimentares aos
defuntos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Dividido
entre o hilariante e a encarar esta prática de antanho como uma
praxe séria e a respeitar, era um espectáculo cénico de luz e cor
pela espevitada lenga-lenga infantil que a troco de um “<i>tostãozinho</i>”,
de um pão, de um fruto nos enchia a alma de calor humano, sobretudo,
numa quadra sombria e tristonha como é a véspera do “<i>Dia de
Todos os Santos</i>”, ou “Dia de Finados”, ou “Dia dos Fiéis
Defuntos”.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Seja
por a pobreza subitamente ter passado a ser um estigma mais
humilhante e acentuando uma diferenciação indesejada, um cancro,
mais notado numa sociedade formatada nos usos e costumes e englobada
numa Europa aparentemente ricaça, fosse pela “importação” da
moda “Halloween”, provinda dos “Staites”, destinada aos
adultos e fortemente impulsionada por uma indústria interesseira que
não se compadece com manifestações de ternura, que marcaram vidas
num tempo que era lento no passar, a verdade é que a tradição dos
“Bolinhos e Bolinhós” foi-se perdendo nos anéis da recordação.
Hoje, também devido à falta de cobertura pelas televisões e
jornais e desinteresse pelas tradições populares, esta prática em
Portugal é quase inexistente.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Versos
mais usuais:</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>BOLINHOS
E BOLINHÓS</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Para
mim e para vós,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Para
dar aos finados</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Que
estão mortos e enterrados</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>À
bela, bela cruz</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Truz,
Truz!</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>A
senhora que está lá dentro</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Sentada
num banquinho</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Faz
favor de s'alevantar</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Para
vir dar um tostãozinho</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>(Se
comparticipam)</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Esta
casa cheira a broa,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Aqui
mora gente boa.</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Esta
casa cheira a vinho,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Aqui
mora um santinho.</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>(Se
não abrem a porta)</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Esta
casa cheira a alho</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Aqui
mora um espantalho.</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Esta
casa cheira a unto</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Aqui
mora algum defunto</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p>
<p align="left" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><b>COINCIDÊNCIAS:</b></span></p>
<p align="left" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">E</span>stava
eu na minha lucubração (meditação intensa) para escrever esta
crónica, eis senão que toca a campainha: “Terrin, terrin, terrin,
terrin”…</b></span></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Fui
à porta e deparei-me com duas senhoras, moradoras na aldeia, em
Barrô, uma delas ostentando ao peito a caraterística lata da Liga
contra o Cancro e um autocolante pronto a ser colado na lapela dos
generosos.</b></span></p>
<p align="justify" style="font-style: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Depois
de ter contribuído pensei com os meus botões que há coisas do
“arco da velha”. Rei morto, Rei posto… Só faltou mesmo a
lenga-lenga de substituição:</b></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Bolinhos
e Bolinhós,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>para
a Liga e para Vós,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><i>que
hoje estais com saúde, </i></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>mas
não está a sua avó,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>que
partiu para a eternidade,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>contrariada,
doente e tão só,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>hoje
repousa na tumba,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>no
descanso do faraó,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>à
espera de uma flor,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>até
se transformar em pó,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Dai-nos
uma moedinha,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>para
os doentes, tenhai dó,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>não
vá a doença marcar-vos</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>e
chegar no Natal, de trenó,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;"><i>e
vossemecê arrependido, </i></span>
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>de
não ter dado uma moeda,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>agora
tão combalido,</b></i></span></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>dava
tudo para evitar a queda.</b></i></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="color: red; font-size: small;"><i><b><br /></b></i></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><span style="color: red; font-size: small;"><i><b>CRÓNICA RELACCIONADA</b></i></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2007/11/morte-na-nossa-vida.html" target="_blank"><b><span style="color: #2b00fe;">"A MORTE... NA NOSSA VIDA"</span></b></a></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2014/11/o-dia-de-finados-que-morreu.html" target="_blank"><b><span style="color: #2b00fe;">"O DIA DE FINADOS QUE MORREU" (2014)</span></b></a></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><br /></b></i></span></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><br /></b></i></span></p><br /><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-4139779985823709962023-10-25T20:18:00.006+00:002023-10-25T20:43:59.855+00:00UM SOLSIL NA LONGA ESTRADA<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi9Shp3Kgw7rU8azJUaeoW4lPP1imTwxpZ7SuBA18T-YWokiGg1cZK4B7eI1SoJjaWQbSRWsG82bUum9pfnA9XAbe-Me7z8jzlYBCAWNeEZQuuflkbomWERk50Jw6pfSiBt0YRr7fLpPEZF3sAlYePepFiR56_D54TC5_JVmm87425ju38eZHpdrimklmk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="255" data-original-width="320" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi9Shp3Kgw7rU8azJUaeoW4lPP1imTwxpZ7SuBA18T-YWokiGg1cZK4B7eI1SoJjaWQbSRWsG82bUum9pfnA9XAbe-Me7z8jzlYBCAWNeEZQuuflkbomWERk50Jw6pfSiBt0YRr7fLpPEZF3sAlYePepFiR56_D54TC5_JVmm87425ju38eZHpdrimklmk" width="301" /></a></div><b><div style="text-align: center;"><b>(imagem de Leonardo Braga Pinheiro)</b></div></b><p></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;">
</p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b>“<span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-large;"><i>M</i></span><i>eu
querido…</i>”, e, como um caminhante sequioso à vista de um
charco de água estagnada, lançou os braços envolvendo o meu
pescoço com a força possível de uma mulher de cerca de nove
décadas. O seu rosto, lavrado em sulcos, gelhas, pelo arado do
tempo, sereno como um campo de seara em flor, abriu-se completamente
e, estremecendo, pareceu ter sido tocado por um choque eléctrico. Os
seus olhos, como uma salva de prata que há muito não é tocada,
iluminaram-se e ganharam um novo brilho. Os cabelos prateados em
descanso de hábito aparente, esparramados na sua pequena cabeça
como a água do mar estendida sobre a areia branca, de repente,
pareceram ganhar nova vida. Os membros superiores, trabalhando em
dobrado contra singelo, certamente para compensar a forçada
inactividade dos inferiores, perros pela artrose da longevidade,
acompanhavam as palavras calmas saídas da sua boca em estranha
simbiose entre a tranquilidade e o bem-estar.</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Às
minhas interrogações de como se sentia na sua “<i>nova casa</i>”
respondia com suavidade e manifesta felicidade. “<i>Os funcionários
são todos inexcedíveis, simpáticos e prestáveis, sempre prontos a
ajudar os mais velhos, até nas tarefas mais simples como o banho,
por exemplo. A comida é muito boa. O companheirismo entre utentes é
do melhor. Temos várias actividades ao longo da semana para não
sofremos de rotina. Estou aqui muito bem. No meu verdadeiro lar, em
Várzeas, apesar de lá sentir o calor do meu ninho e onde fui muito
feliz, foi lá que nasceram os teus primos e convivi com o meu
adorado “<a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2008/06/histrias-da-minha-aldeia-23-as-fbulas.html" target="_blank"><span style="color: red;">Manel</span></a>”, o teu falecido tio, já não tinha condições
para lá continuar, sobretudo, devido às escadas que não me
facilitavam o acesso. Apesar de volta e meia ser tomada pela solidão,
os teus primos, os meus filhos, visitavam-me muitas vezes. Olha, o
Fernando, como já está reformado e tem mais tempo livre que os
demais, ia ver-me diariamente. Tenho uns filhos muito bons. Até as
minhas noras e os meus netos são uns queridos. Tive muita fortuna na
prole que me calhou em sorte.</i></b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Que
bom teres vindo ver-me, meu sobrinho adorado. Sabes que sempre gostei
muito de ti, não sabes?!?</b></i></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><i>Todos
os dias, por duas vezes, de manhã e à noite, em conversa com Deus,
peço por ti e pela Ana, a tua companheira, e por todos os que me
fazem bem à alma.</i>”</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span>s
paredes do Lar eram brancas, ou melhor, as paredes da <i>Casa de
Acolhimento</i> – porque Lar, verdadeiramente Lar, só há um, o
nosso onde cada olhar nas paredes e nos objectos inertes,
aparentemente sem expressão, em silêncio mudo, contam toda a narrativa da nossa existência. O branco passou a ser o imaculado, o complemento moral universalmente aceite para quem no fim da história procura a paz
para si, aceitando os seus erros na longa estrada, que é a vida.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>O
epílogo da nossa passagem terrena é, por mais que se evite ser, um
acerto de contas com o passado, um expiar de contas entre nós e os
outros, um contraste diário, uma análise intempestiva e repetitiva,
entre o que fizemos na altura e deveríamos ter feito. O
circunstancialismo da época não serve de atenuante para quem, com
humildade, questiona a sua imperfeição humana. Para estes, se o
tempo voltasse atrás facilmente trocariam o sofrimento mental por
mais dores físicas. Felizes daqueles idosos que se aceitam sem pôr
em causa os erros do seu passado.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: x-large;">J</span>á
lá vão seis meses, a perder de vista, que a minha tia Dorinda
trocou a sua casa e a pacatez da aldeia pela estada no Lar Solsil, em
Silveiro, Oliveira do Bairro. Todas as semanas, repetidamente, em
conversa com a minha mulher, eu relembrava que ainda não tinha ido visitar a minha tia. Não estava em causa somente a
obrigação por ser chegado, mas, sim, a devoção, o respeito por
alguém que muito gosto.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>É
certo que não tinha o número de telemóvel dela, mas poderia ter
ligado para a instituição e pedido para falar com ela. E não me
será difícil adivinhar o quanto, em minutos, teria contribuído
para a sua alegria.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: small;">E
os dias, inexoravelmente, passam a correr. É uma desculpa
esfarrapada dizer que não temos tempo – contra mim escrevo. É
como se, com a explicação balofa, não quiséssemos admitir
pacificamente que pouco ligamos aos mais idosos. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Transpus
a entrada do Solsil com ar pesado, de culpa, por não ter desculpa
para a falta de comparência mais cedo junto do meu familiar.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b>Quando
saí, cerca de noventa minutos depois, prometendo a mim mesmo que
iria ter mais cuidado no futuro, senti-me leve como um passarinho.
Tinha dado um passo para a minha redenção.</b></span></p><b></b><p></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-55769264942861273662023-10-15T17:40:00.005+00:002023-10-15T19:08:25.619+00:00BARRÔ: NOTÍCIAS BREVES<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj44ID4riWQyyS6TNqewDxj8jyyqwp2zc21CqhUK9LEGTrfQfu4u9dVb0FQCRcInD7LD3iE9X6oiD70ytVUiGnzytuEYhCgr4ozVj0v60bgfWyPBS30HlBsGUnBKnisgf-Ft2AsIXhceXAmp6Bp_SI6KNQvrm3vThIPRIUNMTWu5qsIaULgs0f5dfTyCME" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj44ID4riWQyyS6TNqewDxj8jyyqwp2zc21CqhUK9LEGTrfQfu4u9dVb0FQCRcInD7LD3iE9X6oiD70ytVUiGnzytuEYhCgr4ozVj0v60bgfWyPBS30HlBsGUnBKnisgf-Ft2AsIXhceXAmp6Bp_SI6KNQvrm3vThIPRIUNMTWu5qsIaULgs0f5dfTyCME" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: left;"></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: large;">1</span>
– Na manhã desta última
Quinta-feira, 12 do corrente, um grupo de três funcionários da
Câmara Municipal de Mealhada liderado por António Pita, engenheiro
e chefe de Divisão de Serviços Urbanos, visitaram a zona envolvente
da represa, que no verão concentra as águas e serve para regar as
hortas e leiras do Barreiro, o
nosso celeiro colectivo, e
do moinho de levada que há muito jaz inerte e em acentuada
degradação.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Segundo algumas perguntas
sobre os donos dos terrenos confinantes à ribeira, nas palavras
vagas do engenheiro camarário, deu para perceber que a futura praia
fluvial naquele local paradisíaco não está esquecida e,
porventura, irá mesmo avançar para o ano que se aproxima a passos
largos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Relembramos que este projecto
de lazer, de recuperação da zona e construção de infra-estrutura
de veraneio consta do programa eleitoral prometido pelo Movimento
Independente Mais e Melhor para Barrô, que, comandado por António
Jorge Franco, venceu as eleições para a autarquia em Setembro de
2021, em que se comprometia a construir um Parque Infantil e espaço
balnear, Pavimentar as vias, Estudo de tráfego e Enquadramento da
Fonte e Chafariz. Passados cerca de dois anos de vida a rolar a nossa
aldeia ainda não viu nenhum deles começado. Se é certo que Roma e
Pavia não se fizeram num ano nem num dia, o povo espera mas não
esquece.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEghb1eM01e2WPBYc4kstTCZUvm6j6VdsGbB4cGD5Np4SObWpNQHQ1tD2TxEwikThds7gVFakV5YVlTGiAVopHZZkepbDyspfDjCZxprtq9BE3F2o0eyz77r1OtMlPck1yIxK7SQN1s9RnsAcqHxycugT95tuCo1ZQSAO0l-QlbKxWM87xNxuyGOZjeoJ9E" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEghb1eM01e2WPBYc4kstTCZUvm6j6VdsGbB4cGD5Np4SObWpNQHQ1tD2TxEwikThds7gVFakV5YVlTGiAVopHZZkepbDyspfDjCZxprtq9BE3F2o0eyz77r1OtMlPck1yIxK7SQN1s9RnsAcqHxycugT95tuCo1ZQSAO0l-QlbKxWM87xNxuyGOZjeoJ9E" width="180" /></a></b></span></div><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 18pt;">2</span>
– Ficou concluído este mês o restauro da capela de São
Sebastião, padroeiro de Barrô, sobretudo de pinturas interior,
fachada e limpeza da cobertura, a cargo da Junta de Freguesia de
Luso. Relembramos que esta promessa constava do programa eleitoral do
Partido Socialista encabeçado por Claudemiro Semedo, que ganhou as
últimas eleições para a Mesa da Junta de Freguesia de Luso.</b></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Sem
se saber por que carga de água ou mensagem messiânica, foram
retirados os dois assentos em ferro e madeira que, desde há cerca de
vinte anos aquando do último restauro pago por muitos particulares
locais, serviam de poiso para descanso popular. Quem vai responder
por esta retirada unilateral e furtiva?</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
</p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Com um lanche no átrio da
capela a comemorar o feito onde foram previamente convidados apenas
alguns dos crentes, não consta que os habitantes da aldeia, no seu
todo, se tornassem mais cristãos, mas, uma coisa é certa, alguns
ficaram muito agradecidos e procurarão retribuir o feito – depois
de devolvidos os bancos, obviamente.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-size: 13pt; font-weight: bold; text-align: center;"><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi5jvi3YAQnvRlSCJm-7EOuhvP8gZB9x4e-g3pYEqc2zojMN1UiMCTgbNl7s_3XpjFWlmoThLbex-V1SqWnsER10kq5nCIc2GY3kduv7Jrnlg1JsZIrtFVAEh62WPyvLlDkUzmE27G4s8y-XsP2ccm4iWR9gUsNOq87OhXZpRnI_T-Sj84vY-ApWLBduc8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="485" data-original-width="750" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi5jvi3YAQnvRlSCJm-7EOuhvP8gZB9x4e-g3pYEqc2zojMN1UiMCTgbNl7s_3XpjFWlmoThLbex-V1SqWnsER10kq5nCIc2GY3kduv7Jrnlg1JsZIrtFVAEh62WPyvLlDkUzmE27G4s8y-XsP2ccm4iWR9gUsNOq87OhXZpRnI_T-Sj84vY-ApWLBduc8" width="320" /></a></span></div><span><b><br /></b></span><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><br />
</b></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></p><div>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 18pt;">3</span>
– Realizou-se ontem, Sábado, 14 de Outubro, no Centro Recreativo
de Barrô um “<i>Jantar de
Talento</i>s” promovido
pela Comissão de Festas 2024 da Lameira de São Pedro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Segundo um folheto distribuído
na povoação, a ideia de apresentar um jantar volante, constituído
por <i>caldo verde, bifanas, pica-pau, cabidela de leitão, iscas de
fígado de leitão, moelas de frango e coração de leitão fatiado</i>
e acompanhado por uma “<i>Chuva de Talentos</i>” constituída por
<i>Karaoke</i> e actuações de várias bandas e artistas do
Concelho, entre eles o jovem Pedro Pimenta e o grupo musical<i>
Sinapse The Band</i>, da Lameira de São Pedro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Como não marcamos presença
não podemos adiantar como decorreu o evento, mas presumimos que
teria corrido bem para a Comissão de Festas 2024 do lugar da
Lameira.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Quem
parecia muito contente foi
a imagem de São José, outrora comemorado em festa anual
em Barrô e com assento de
oratório no Largo da Capela. Houve quem jurasse ter ouvido a
representação santífica a murmurar: “<i>se
o salão se encontra encerrado há vários anos, sem futuro à vista,
sem contas apresentadas, sem plano de actividades, sem cobrança de
quotas aos associados, e sem saber para que serve, ao menos vai
prestando um serviço aos vizinhos</i>.”</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-size: 13pt; font-weight: bold; text-align: center;"><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiuGwvuJIkfhiR7A82tbgt5typIaYtoDNvgc-fJIYfAj21RjLMtS3AlWqsEwU5Pvsl7V413GzLKlOa_d56R6ErY-tDbkOzP2X6vRZq7JjoinXHFbqUJwNQgta0qC489b36h3AUob31IOszUpEvon_u1zJaM8VD49atBwcdBq7RKDd-SQKLaQyTaYY8dw70" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="255" data-original-width="320" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiuGwvuJIkfhiR7A82tbgt5typIaYtoDNvgc-fJIYfAj21RjLMtS3AlWqsEwU5Pvsl7V413GzLKlOa_d56R6ErY-tDbkOzP2X6vRZq7JjoinXHFbqUJwNQgta0qC489b36h3AUob31IOszUpEvon_u1zJaM8VD49atBwcdBq7RKDd-SQKLaQyTaYY8dw70" width="301" /></a></span></div><span><b><br /></b></span><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 18pt;">4</span>
– Há cerca de duas semanas faleceu Joaquim Soares Ferreira Ruas,
um nosso reconhecido cidadão nascido e criado em Barrô.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></p><div>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>A notícia, dada na altura
certa, por si só não constitui grande celeuma, afinal nascer e
morrer é um percurso inevitável de princípio e fim de todos os
seres vivos, e mais propriamente dos Humanos.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Mas se escrevermos que o
“<i>Jaquim</i>”, como era carinhosamente tratado, foi o 11º
finado a partir de 2020 de filhos da nossa terra e contra apenas um
bebé nascido na aldeia neste mesmo prazo o caso muda de figura. Ou
seja, contra onze falecidos, apenas um nascido.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 13pt;"><b>Se é certo e sabido que o
défice demográfico é um problema nacional, quando nos toca mais de
perto, pela desertificação forçada, devemos parar para pensar qual
vai ser o futuro da nossa descendência.</b></span></p><p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: 13pt;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiJHoFqfKPVTw--maI3fyejvpz4-p_DmE65quf_CAhgPvidHzI5DdQoW6elS9ScMqvjxLjNQQpbIxl7a4UvHLtDBlMmiXPfqwHdT0XmarALP_VI0uGvtpWjB69EFA0rZjZLdnYAhaZ8k8fMuvD6F2VvTkvusG5IvWJTkflG7aAxq7inuEDxDO1so5MRI7U" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="257" data-original-width="320" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiJHoFqfKPVTw--maI3fyejvpz4-p_DmE65quf_CAhgPvidHzI5DdQoW6elS9ScMqvjxLjNQQpbIxl7a4UvHLtDBlMmiXPfqwHdT0XmarALP_VI0uGvtpWjB69EFA0rZjZLdnYAhaZ8k8fMuvD6F2VvTkvusG5IvWJTkflG7aAxq7inuEDxDO1so5MRI7U" width="299" /></a></b></span></div><span style="font-size: 13pt;"><b><br /><br /></b></span><p></p></div></div><p style="text-align: left;"><br /></p>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6463693334477738968.post-83609149667335445402023-10-04T14:06:00.020+00:002023-10-08T21:25:36.621+00:00 MEALHADA: SANTOS DA CASA NÃO FAZEM MILAGRES<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEja8OR-W8hGSBFF29Gi3vtj9oNNS172h4a-rY1tin57GD5SD1A_Q9FYESUEZAVvIsj4jJ89fayUjH1zjNUkJCuciodmmWJJvOyIobbdeAa7pA9w_u4FAUtl0Yg47CZQcG5FDFcxGWIjUpNNo-P4qe-nP2y66FVbWaY30vOgeCBwVSSwmH8LUGSBBKUP4G0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="564" data-original-width="1080" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEja8OR-W8hGSBFF29Gi3vtj9oNNS172h4a-rY1tin57GD5SD1A_Q9FYESUEZAVvIsj4jJ89fayUjH1zjNUkJCuciodmmWJJvOyIobbdeAa7pA9w_u4FAUtl0Yg47CZQcG5FDFcxGWIjUpNNo-P4qe-nP2y66FVbWaY30vOgeCBwVSSwmH8LUGSBBKUP4G0" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #c9211e;">“<i><span style="font-size: 13pt;">Quanto
ao desempenho profissional na actualidade de </span></i></span>
</b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">Igor
Alves, talentoso compositor musical, executante e </span></i></span>
</b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">professor
da área de secundário e reconhecido pela DGE, </span></i></span>
</b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">Direção
Geral da Educação, podemos encontrá-lo a exercer </span></i></span>
</b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span><span style="color: #c9211e; font-size: 13pt; font-style: italic;">o
múnus de electricista n</span><span style="color: #c9211e; font-size: 13pt; font-style: italic;">uma</span><span style="color: #c9211e; font-size: 13pt; font-style: italic;">
empresa na Pampilhosa. </span></span></b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span><span style="color: #c9211e; font-size: 13pt; font-style: italic;">É des</span><span style="color: #c9211e; font-size: 13pt; font-style: italic;">prestigiante</span><span> </span></span></b><i style="color: #c9211e;"><b><span style="font-size: 13pt;">esta
troca de profissão? Claro que não,</span></b></i></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><i style="color: #c9211e;"><b><span style="font-size: 13pt;"> pelo contrário, é dignificante </span></b></i><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">e corajoso </span><span style="font-size: 13pt;">para
quem o faz. </span></i></span></b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">E quem o afirma é o próprio c</span></i></span></b><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">itando
Jorge Palma, </span></i></span></b></p><p align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #c9211e;"><i><span style="font-size: 13pt;">“enquanto houver estrada para andar </span></i></span></b><i style="color: #c9211e;"><b><span style="font-size: 13pt;">a
gente vai continuar...”</span></b></i></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b><span style="font-size: 28pt;">F</span>oi
noticiado esta semana em vários jornais da região a criação de
uma nova escola de música e um coro infanto-juvenil na Mealhada.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Segundo
o <a href="https://www.bairradainformacao.pt/2023/10/02/mealhada-vai-ter-nova-escola-de-musica-e-novo-coro-infantojuvenil/?fbclid=IwAR39P5xe1ma3qJ--9POWwHZiY4HuXFLX29JUBrZ75NLShztsh-4Ho3m1YzQ" target="_blank"><span style="color: red;">Jornal da Bairrada</span></a>, “</span><span style="font-size: 13pt;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);">A
notícia foi avançada, ontem, aquando da inauguração da exposição
“A música e suas histórias”, promovida pela Marés d’Entusiasmo
– Associação Artística e Cultural, em parceria com o Município
da Mealhada</span></i></span><span style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal;"><span style="color: #222222;"><span face="Verdana, Geneva, sans-serif"><span style="font-size: 9pt;"><span style="background: rgb(255, 255, 0);">.</span></span></span></span></span><span style="background: rgb(255, 255, 0);">
</span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 0);"><b>O
Dia Mundial da Música foi assinalado, no Cineteatro Messias, com a
inauguração da exposição “A música e suas histórias”,
promovida pela Marés d’Entusiasmo – Associação Artística e
Cultural (…).</b></span></i></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="background: rgb(255, 255, 0);">“<span style="font-size: 13pt;"><i>Sediada,
desde fevereiro, na Mealhada, a Marés d’Entusiasmo – Associação
Artística e Cultural pretende criar uma escola de música que venha
colmatar a falta de uma escola de ensino artístico especializado da
música, no concelho. Com esta oferta educativa, a funcionar já a
partir deste mês, todos os que procurem frequentar este tipo de
ensino especializado não necessitarão de se deslocar a concelhos
limítrofes. O segundo projeto, o coro infantojuvenil, procurará
proporcionar vivências musicais e culturais, no âmbito da música
coral, a todas as crianças e jovens que desta linguagem queiram
usufruir, segundo explicaram os responsáveis da Marés
d’Entusiamos”, lê-se num comunicado da Autarquia da Mealhada.</i></span></span><span style="font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal;"><span style="color: #222222;"><span face="Verdana, Geneva, sans-serif"><span style="font-size: 9pt;">”</span></span></span></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Apresentados
como projectos novos, com muita pompa e superlativa absoluta
circunstância, em propósito a roçar a indignidade, ninguém
referiu que entre 2012 e 2020 laborou a Escola de Música da
Mealhada (EMM). </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Sob
a direcção de Igor Alves, professor de piano e regente, constituída
em 2015 como associação sem fins lucrativos e espalhando o ensino
da música no Concelho à custa de patrocinadores particulares e
públicos, entre estes o executivo então liderado, na altura, por
Rui Marqueiro com um apoio anual de cerca de apenas 600.00 € em
2018 e 800 euros em 2020, o projecto viria a ser apanhado pelo
tsunami da pandemia. </span>
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>A
partir de Abril de 2020 deixou de haver receita porque, devido ao
confinamento, deixou de haver parcerias, instituições protocoladas
com a EMM. Em consequência dos cortes impostos, perderia todos os
apoios e patrocínios públicos e privados e deixaria Igor Alves num
manto de compromissos quase impossível de cumprir.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Sediada
na Mealhada, com cerca de noventa alunos de todas as idades, que eram
os associados da entidade, incluía também um <a href="https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2273831956004725&id=100001338289758" target="_blank"><span style="color: red;">coro infanto-juvenil</span></a>, </b></span><span style="font-size: 13pt; text-align: center;"><b>como um coro juvenil, grupo de
cordas, grupo de guitarra clássica, grupo de rock, entre outros, que
participaram em quase todos os eventos promovidos pelo município e
com várias actuações no Cine Teatro Messias.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Em
média, o custo da mensalidade andava na casa dos 47.00 €, por
aluno.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Com
um leque de nove professores a recibo verde, que auferiam consoante
as aulas prestadas, os custos fixos, renda, água, luz, Segurança
Social e comunicações e um ordenado mínimo de Igor Alves, giravam
à volta de 1,500.00 €.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Em
Outubro de 2020 o Mealhadenses que Amam a sua Terra <span style="color: red;"><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2020/10/mealhada-o-ensurdecedor-silencio-da.html" target="_blank"><i>entrevistou</i></a></span> o
nobel professor e semeador de cultura. Já nessa altura Igor
lamentava o desinteresse da autarquia: “</span><span style="font-size: 13pt;"><i>Desde
que criei o projecto fui sempre pedindo instalações. Nunca foram
cedidas. Verdadeiramente nunca senti apoio. O apoio que tinha era a
cedência gratuita do Cine-teatro Messias, mas, comparando com as
outras que fazem, isso não era nada. Não senti que a EMM fosse
discriminada, mas sinto que era pouco valorizada, tendo em conta o
espectro cultural no trabalho desenvolvido.”</i></span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">POR
QUÊ ESTE SILÊNCIO ANIQUILADOR DE UM HOMEM DE VALOR?</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><br />
</b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 28pt;">C</span><span style="font-size: 13pt;">omo
ressalva de interesses, declaro nada me mover contra a </span><span style="font-size: 13pt;"><i>Marés
d’Entusiasmo</i></span><span style="font-size: 13pt;">. Em
busca na <a href="https://www.racius.com/mares-dentusiasmo-associacao-artisitca-e-cultural/" target="_blank"><span style="color: red;">Internet</span></a>, as informações sobre esta empresa são parcas ou
nenhumas. Sem Capital Social declarado, sabe-se que foi fundada em
Aveiro (e agora radicada na Mealhada).</span></b></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 13pt;"><b>Quanto
ao serviço público desempenhado pela EMM durante oito anos pode ser
consultado na sua <a href="https://www.facebook.com/escolamusica.mealhada/?locale=pt_PT" target="_blank"><span style="color: red;">página do Facebook</span></a> onde, como campa desprezada de
indigente, jaz uma iniciativa que deveria ter sido muito acarinhada
pela anterior e actual maioria e não foi. Salvo melhor opinião,
quando se desconsidera o valor individual de alguém com provas dadas
e se substitui por outro aparentemente sem grande currículo alguma
coisa vai mal no reino da mais elementar justiça e melhor futuro.</b></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">Quanto
ao desempenho profissional na actualidade de Igor Alves, talentoso
compositor musical, executante e professor da á</span><span style="font-size: 13pt;">rea
de secundário e reconhecido pela DGE, Direção Geral da Educação,</span><span style="font-size: 13pt;">
podemos encontrá-lo a exercer o múnus de <a href="https://pt.linkedin.com/in/igor-alves-269214121" target="_blank"><span style="color: red;">electricista</span></a> numa empresa da Pampilhosa. É desprestigiante esta troca de profissão?
Claro que não, pelo contrário, é dignificante para quem o faz. E
quem o afirma é o próprio citando Jorge Palma, “</span><span style="font-size: 13pt;"><i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Dyqe_xSQvk8" target="_blank">enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar...</a></i></span><span style="font-size: 13pt;">”</span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;"><br /></span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-size: 13pt;">CRÓNICA RELACCIONADA</span></b></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><a href="https://questoesnacionais.blogspot.com/2020/10/mealhada-o-ensurdecedor-silencio-da.html" target="_blank"><b><span style="color: red;">Mealhada: O ensurdecedor silêncio da Escola de Música (2020)</span></b></a></p></div>LUIS FERNANDEShttp://www.blogger.com/profile/15258505458669237311noreply@blogger.com0