sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

UM COMENTÁRIO ENVIADO AO DIÁRIO DE COIMBRA




Gosto muito do DC. Já vem de longe esta atracção. É um amor platónico –eu sei- que não terá nunca correspondência. Apesar disso, dessa frieza aparente, todos os dias abraço este meu amor e o tomo nos meus braços. Quase me apetece beijá-lo. Ao longo das últimas décadas, acompanhei sempre as suas transformações, como performances, ou “plásticas” necessárias para disfarçar as suas quase oito décadas, em que não conta apenas a beleza mas também uma concorrência exigente num mercado onde os velhos, que não se actualizem, não têm lugar.
Mais uma vez acompanho esta. O que proponho? Se é que posso ou devo? Olhe se calhar, já que este “meu amor” não me liga, e jamais será unicamente só meu, nesse caso, deixem que o seu acesso seja de todos. E porque digo isto? Porque estou a pensar no concorrente e estimado Diário as Beiras, que para ter acesso online só se for assinante. Não faça isso. Não é isso que espero do “meu amor”. Quero saber que a minha afeição –já que não pode ser só para mim- pode ser partilhada democraticamente por todos quantos a ele queiram recorrer.
O meu amor, o DC, em Coimbra, é uma instituição “pública”. Ora, assim a ser, não pode esquecer a sua utilidade social e comunitária na cidade, no país e no mundo, e, naturalmente, deve desviar-se um pouco do seu objecto que é o lucro.
Termino enviando um ramo de rosas vermelhas ao meu amor de sempre, o meu querido “Calinas”.

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