O Campeão das Províncias, Um reputado semanário de Coimbra, com quase uma década de existência, na edição de hoje, publica o seu Estatuto Editorial.
Pela experiência que tenho como leitor, não me lembro de ter visto algo de semelhante. Porque, aparentemente, nada mudou no seu grafismo, e, assim a ser, interrogo-me, precisará um jornal, experiente e de largo espectro informativo na cidade, falar da sua doutrina estatutária? Bom, se calhar precisa. Admito que posso estar enganado, mas, para mim, parece um recado para alguém.
De qualquer modo e para que se conheça aqui fica:
ESTATUTO EDITORIAL
1º-O “Campeão das Províncias” é um jornal regional de informação geral que se propõe colaborar na defesa dos valores sócio-culturais da região em que está inserido.
2º-Equidistante de quaisquer credos religiosos, os quais respeitará por igual, o “Campeão das Províncias” será uma tribuna livre mas responsável no quadro da imprensa regional portuguesa que assegurará o respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional dos Jornalistas, bem como pela boa-fé dos leitores.
3º-Politicamente descomprometido e desvinculado de quaisquer partidos, grupos ou facções, orientando-se pela defesa estrita do interesse público; filosoficamente fiel a valores e a princípios que são os do humanismo personalista que dá ênfase à pessoa humana; economicamente crente nas virtualidades da economia social do mercado, assim se poderá definir, editorialmente, este novo “Campeão das Províncias” que pretende tratar de assuntos da nossa terra e da nossa região; sem esquecer que, num mundo cada vez mais globalizado, frequentemente constatamos que também são da nossa terra temas e assuntos que ocorrem bem longe dela; e que, numa Europa de livre e de uniformização dos direitos de cidadania, também reconhecemos como da nossa terra pessoas que podem ser originárias de outras latitudes.
4º-Seja qual for o mapa das regiões administrativas que vier a ser aprovado no futuro, o “Campeão das Províncias” pautará a sua acção, em termos editoriais, pelo reconhecimento da função dinâmica que os concelhos e os distritos têm desempenhado no desenvolvimento da região e do país.
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