Passam 30 minutos do meio-dia. Esta é a imagem do átrio do antigo Traje, na Praça do Comércio.
Dizer que está a 20 metros da igreja de Santiago, um templo do século XII, é coisa de somenos.
Dizer também que este é o aspecto recorrente na Baixa de todos os dias também não será nada de novo. Porém, há uma diferença, é que estas "prendas" quando são deixadas em frente a portas de estabelecimentos abertos ao público -este está encerrado há cerca de três anos- os donos, obrigatoriamente, limpam ou mandam limpar e a rua fica normalizada.
Dizer também que este problema, que recai implicitamente num sem eira nem beira de nome Anildo Monteiro -segundo testemunhas, viram-no pernoitar ali esta noite-, foi levado ao executivo municipal há menos de um mês. Até hoje, e apesar de na reunião pública terem sido prometidas medidas urgentes, nada foi feito. É uma vergonha? É um escândalo? Não sei! O que sei é que fica aqui a prova para quem quiser ver. Se não ligam à parte social e humanitária, façam o favor de ligar à parte estética. Ou seja, invertam os valores, e livrem a cidade deste conspurcador... que -é bom não esquecer- é alegadamente inimputável.
É triste, é indigno o que se está a passar com este homem -porque é de um ser humano que se trata. Se fosse um cão, tenho a certeza, já teria sido levado para o canil municipal.
1 comentário:
As entidades competentes de Coimbra arranjaram uma nova casa ao Anildo com casa de banho com vistas para a Praça do Comercio.
Hoje pelas 7h40 da manhã ao passar junto ao antigo estabelecimento comercial “Traje” na Praça Do Comercio reparei que existia um sem abrigo a dormir no interior de umas escadas, pensei que seria um novo caso Anildo Monteiro.
Depois de beber um café e de ter lido os jornais locais, voltei a passar pelo mesmo sítio e verifiquei que afinal era o Anildo que estava por lá a dormir, aliás já estava acordado porque o cumprimentei com um bom dia.
Pelas 12h45 ao passar no mesmo reparei que o Anildo já não tinha por lá os seus pertences, pensei para comigo, será que foi desta vez que as entidades competentes da região conduziram o Anildo?
Resposta negativa, o Anildo tinha o saco de fruta, a garrafa de vinho, os cobertores e o colchão junto da antiga porta principal do “Traje” e tinha defecado mesmo ali à vista de toda a gente, espalhando um cheiro a excremento por toda aquela área comercial.
Está mais que evidente que o problema do Anildo Monteiro é uma questão de saúde mental e agora de saúde pública e não um costume social como um iluminado disse há tempos.
Basta de tanta hipocrisia e desprezo pelo ser humano. Leva-me a crer que o problema do Anildo tem haver com a sua cor preta, leva-me a crer que as instituições só querem subsídios, que os técnicos não saem dos gabinetes.
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