sábado, 8 de outubro de 2011

É PRECISO PENSAR...

Sábado, 11h00, Rua Visconde da Luz. O movimento de transeuntes era imenso.

Sábado, 14h30, Rua Visconde da Luz. atente-se no movimento ínfimo de pessoas.

É preciso questionar a razão de ao Sábado, dia em que as famílias estão muito mais disponíveis para passear e comprar, só se frequentar a Baixa durante a manhã. De quem é a culpa? Não vale a pena projectá-la. O que pergunto é porque não se coloca esta questão em discussão pública? Vamos continuar a enterrar os olhos, o nariz, os ouvidos dentro da igreja de Santa Cruz, Panteão Nacional, e que a esta hora também estava encerrada? Vamos mas é rezar à virgem...


3 comentários:

Jorge Neves disse...

Realizem os eventos, as feiras da parte da tarde a partir das 14 horas até porvolta das 19horas, mesmo que não os comuniquem à Junta de Freguesia para variar.
Assim as ruas da baixa terão mais moviment de tarde e pode ser que os comerciantes tambem abram as lojas da parte da tarde. Olhem que os chineses tinham as lojas abertas!

Carlos disse...

Simples! A maior parte das lojas estão fechadas ao sábado à tarde, portanto, as pessoas não vão prá baixa fazer nada, para verem montras de lojas fechadas não vale a pena.
Os comerciante é que têm que tomar a iniciativa, a começar pela alteração dos horários das lojas e têm que fazê-lo em conjunto, não podem estar sempre à espera da CMC.

Bruno Ferreira disse...

O Sr. Luís tem toda a razão. De resto, quando olho para trás vejo em si um dos poucos comerciantes da Baixa que sempre a tentou defender. Mais a ela do que ao seu próprio negócio. Desde há muito tempo que acho que não faz qualquer sentido que a Baixa tenha as lojas fechadas ao sábado à tarde. Mesmo ao domingo, e durante a noite, acho que algumas deviam fazer esse esforço. Mas, e como o senhor diz (e eu concordo) é preciso pensar. É preciso pensar que grande parte dos comerciantes preferem encerrar as 13h e aproveitar a tarde para ir limpar a casa (casa que muitos nem sequer têm em Coimbra). Insiste-se em olhar para a Baixa como um problema que outros têm de resolver. E só quando cada um dos comerciantes perceber que a solução para o problema está em si mesmo é que o problema se soluciona.
Há ainda outro problema: é que a Baixa e a Alta estão desfalcadas de moradores. E - dados do Ministério da Economia - 30% do volume de vendas das lojas dos centros históricos são obtidos com os moradores. É aqui que o erário público deve investir. Gerar emprego, gerar riqueza, e potenciar Baixa e Alta enquanto território de excelência para morar.
Talvez assim a sra que tem uma lojinha e que aproveita para ir limpar a casa que tem em Pereira, ao sábado à tarde, comece a perceber que lhe compensa estar aberta. Eu preferia que fossemos lá pelas boas intenções. Mas as pessoas respondem a estímulos. E isso está estudado na economia há séculos. Mas é como o senhor diz, «é preciso pensar».