terça-feira, 13 de abril de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "COMÉRCIO: OS ÚLTIMOS RESISTENTES":



No dia de ontem fiz uma hiperligação do artigo"Saber o que se quer sem saber como se lá chegar?” do Blogue Questões Nacionais no Facebook.

O primeiro comentário veio do Ricardo Castanheira:
“Jorge, li muito atentamente as tuas notas. Quem é o autor do texto "Saber o que se quer sem saber como se lá chegar"? Essa é uma das questões nucleares para Coimbra e diria mesmo para muitas cidades portuguesas. Já agora por que não começar por ouvir o que pensam os consumidores? Tentar perceber porque preferem o Fórum ou o Dolce Vita talvez explique muitos do que há a fazer”.


Aceitei o desafio, até nem sou comerciante, mas concordo com a sugestão do Ricardo Castanheira, coloquei a seguinte questão no Facebook:
Estou a tentar perceber porque os consumidores preferem o Fórum ou o Dolce Vita ao Comércio Tradicional. Talvez me expliquem muito do que há a fazer. O que pensam os consumidores?
Não tardou a chegar diversos comentários sobre a minha questão;

Ana Neto:
“Noutro tempo, ir às compras era na Baixa, mas infelizmente o comércio tradicional tem vindo progressivamente a desaparecer no meu ponto de vista devido ao facto de não aguentar a concorrência dos centros comerciais, estes têm a grande vantagem de reunir no mesmo espaço um vasto leque de ofertas de serviços e aliado a isto o estacionamento gratuito e protegido dos factores atmosféricos. É claro que ainda há produtos que penso que a baixa tem mais variedade, as sapatarias é um exemplo disso. Outro factor que posso indicar é a aspecto das trocas e devoluções de alguns artigos, nas grandes superfícies há mais facilidade de trocar ou até mesmo devolver um artigo. Agora soluções acho que o estacionamento deve ser a principal prioridade assim como a dinamização, devolver á baixa a vida que lhe retiram, incentivar a habitação, são as pessoas que fazem a vida. A baixa a partir de uma certa hora fica deserta.
Criar espaços para eventos culturais de qualidade; música, teatros, moda etc.”.

Sérgio Almeida:
“Afinal de contas o que é o comercio tradicional? Os bazares de chineses que proliferam pela Baixa. Eu, por exemplo, opto pelas sapatarias da Baixa. A Baixa e os seus comerciantes terão de inovar se não querem perder o comboio. Talvez o Metro de superfície ajude. O problema é os estacionamentos que deveriam ficar a cargo dos comerciantes da Baixa”.

Manuel António Mendes Martins:
“Jorge, eu gosto muito do comércio tradicional, mas sabes também como eu que os produtos no comércio tradicional, são mais caros. Nós indo ao fórum, por exemplo, compramos mais barato e ao mesmo tempo passeamos com a família. Todos nós sabemos, que as chamadas marcas brancas, não tem a qualidade que os produtos tradicionais, mas o povo com a grave crise que ai está já não olha à qualidade, olha sim ao preço”.

Mino Terreiros:
“Não tem jeito, uma pessoa ter que ir a vários sítios, comprar os seus itens, se pode adquirir num único sítio.
-Por exemplo na Baixa de Coimbra - Estacionamento a pagar? Vou pagar não sei quanto se tiver que ir as compras?
-Isso são apenas duas, mas existira sempre mais...”.

Narcisa Tejo:
“Consumidores - consomem. Comércio tradicional não tem coisas inúteis.

Helena Neves Almeida:
“Alguns factores têm algum peso nas escolhas dos consumidores: O horário de funcionamento, o parqueamento grátis, a concentração de serviços diversificados, num espaço reduzido e acrescento ao Fórum a esplendorosa vista da cidade. Não é a qualidade, nem o preço. Se houvesse estacionamento livre durante, por exemplo 2 horas, e animação (música, durante o dia) a Baixa era um ponto de encontro, distracção e de comércio. Lembro-me bem do movimento antes da abertura das grandes superfícies. Não tinham inventado os parqueamentos pagos, não havia tanta concorrência...agora terão que ser reinventados meios, a autarquia deveria investir na reabilitação e promoção do comércio da Baixa, porque é uma pérola. Os comerciantes também não têm uma política colectiva e integrada de promoção dos seus produtos. Tem de haver uma lógica de empreendedorismo”.

Ana Neto:

“Outra ideia seria existir uma união entre os comerciantes, em vez de um fazer um grande investimento em peças de todos tamanhos e cores (um exemplo) uns especializarem-se mais nuns tamanhos, outros noutros.
Outra ideia seria ,ao fim de cada época, em vez de cada um fazer saldos individualmente, porque não um Outlet, tipo feira do livro, onde se podia circular e escolher.


Nati Leppert:
“Bem eu não sou um exemplo, prefiro o comércio tradicional, mas acho que a Baixa está assim, um pouco porque não é muito atractiva, muitas zonas estão muito degradadas e é preciso pagar o estacionamento.
As pessoas vão também aos centros comerciais porque estão lá os “hipers” e aproveitam para fazer lá as compras todas. E depois é uma questão de moda. O português é muito de modinhas…”

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