segunda-feira, 19 de abril de 2010

A COLUNA DO JORGE...


(Encontrei este menino por aí. Não sei a quem pertence. Não sei quem o pintou. O que sei é que mostra a dor, o sofrimento saído da alma de uma criança. E já sei alguma coisa. Certo?)



Encontrei este texto na Net, não sei quem o escreveu, nem a quem estava destinado, mas revejo-me em cada uma das palavras utilizadas e sentimentos utilizados.

“Sei que não vou por aí”.


“ Não, não estou a plagiar o Cântico Negro do José Régio, estou só a suportar-me neste magnífico poema, onde me encontro e revejo em tanta coisa, digo-vos mesmo, se tivesse que eleger as palavras da minha vida, garanto que seguramente escolheria a harmonia, o ritmo e união das palavras deste “Cântico Negro”, dar-lhe-ia a mesma arrumação, e reflectiria, sem a mínima dúvida, a minha vida, a minha forma de estar de ser e pensar.
Estou farto de alguma gente de merda que entende que nos devem guiar, que devemos seguir os seus passos e entregarmo-nos à vida da forma que o fazem, com os mesmos interesses, as mesmas motivações e os mesmos objectivos. Estou farto de gente que vive de engano, que acusa os outros, que lhes cria defeitos ou virtudes em função dos seus interesses, que nunca fizeram nada, para além de criticar, de julgar e dizer mal dos outros, estou farto dos beijos de fel que alguns insistem em dar-me. Estou farto dos falsos humildes, vestidos de simplicidade convencidos que não os entendemos. Estou farto, farto. Não me convencem e muito menos vencem os meus pensamentos e os meus sonhos. Deu-me Deus uma dose considerável de obstinação, e algum amor-próprio. Deu-me Deus igualmente a lucidez de amar e respeitar os outros, dando-lhes espaço aos seus próprios sonhos, sem a minha almofada.
“Sei que não vou por aí”. Pois não, não quero mesmo, não quero ser como alguns de vós. Não quero pensar como alguns de vós. Não quero o vosso fingimento, e não estou na vossa estrada. Não quero os vossos pensamentos e muito menos quero a vossa forma de vida. Não, não quero. Estou longe dessa forma mesquinha de ser.
E muito ao contrário de vós, aqui estou, sem medos ou receios, com o meu nome, a minha voz, as minhas ideias, o meu percurso, no meu caminho. É exactamente por isso que vos digo, “Não vou por aí”. Por aí vão vocês, e esse caminho não me interessa nada. Não gosto dos vossos passos, não gosto da forma como pisam e, sobretudo, não gosto das marcas que deixam e o que destroem ao passar. Eu vou por aqui. Não levo, nem quero levar ninguém, felizmente, sinto e vejo que há muitos caminhos paralelos ao meu. Não quero que o meu caminho e as minhas marcas sejam as de ninguém. Não porque me sinta num pedestal, ou que seja um ser superior, não. O problema é que posso estar enganado, e não estou interessado em enganar ninguém.
Nada tenho para vender, apenas me tenho a mim, assim, tal como sou, mas para o bem ou para o mal serei sempre eu, e jamais quero ou desejo que me confundam com alguém. Não quero a vossa cama, não quero os vossos sonhos. Quero a minha vida, com os meus fracassos e sucessos, alcançados com a mesma dor e amor com que minha Mãe me pariu. É só isso que quero, não quero os beijos envenenados, e não vivo para vos agradar, mas também não vivo para vos provocar. Quero ser EU, assim, e pronto, não quero que me comparem a ninguém, não quero que me achem parecido com alguém, e muito menos com aqueles que me dizem, “Vem por aqui”… Obrigado José Régio.
Quando um dia morrer, podem por na campa, aqui jaz uma Merda. Mas com cheiro próprio…”
Quero agradecer ao autor deste texto, a maneira de ser e estar na vida, já não estou só na minha maneira de pensar e agir.
Obrigado.

Jorge Neves

14 comentários:

Anónimo disse...

Quanto à imagem: Trata-se de o 'Menino da Lágrima' e faz parte de uma coleção de 27 obras pintadas entre as décadas de 70 e 80 por um italiano conhecido como Giovanni Bragolin. Visto, invariavelmente, como exemplo de kitch, que é outra maneira de dizer mau gosto.
Quanto ao texto: Patético.
Mª Helena Dias Loureiro

ps Quem escreve em blogues e para blogues sabe que pode receber comentários discordantes em estilos muito variados desde a ironia subtil até à acutilância de palavras "duras como punhais". Mas o que não tem é que se incomodar com o insulto soez do palavrão e da insinuação cobarde.
Dito isto dou por encerrada a minha contribuição neste blogue sobre esta questão. Pode o Jorge Neves à sua vontade continuar a plagiar ou não, escrever aspas ou não. As pessoas leitoras deste blogue continuarão a fazer os seus juízos.

Anónimo disse...

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

Anónimo disse...

Sei que não vou por aí!
HASTA!

Anónimo disse...

Relação ao texto, é a sua opinião, não era para gostar ou deixar de gostar.
Tambem não gosto de muita coisa.

Anónimo disse...

Concordo consigo numa coisa, assunto encerrado, cada um segue o seu caminho.

Anónimo disse...

Boa tarde, só uma ajudita que este assunto já chateia:»sei que não vou por aí»-José Gonçalez de «Em voz alta», este sr. penso que é alentejano de Estremoz.
Marco
P.S.-Que tal se escreverem aquilo que pensam sem necessitar de utilizar as palavras dos outros?, mesmo que sejam mais simples e sem ambicionar apresentar pequenas obras literárias.Por vezes, a simplicidade e objectividade é o segredo para passar a mensagem.

Anónimo disse...

Quanto ao texto, não digo que seja patético, mas cheira-me a ironia e, esta sim, arrogância patética, uma falta de humildade evidente(estou a referir-me ao texto, não a si pessoalmente, visto que não o conheço).O texto do Régio:qual a intenção?Completamente descontextualizado.Jorge, contribua com as suas ideias e pensamentos, não necessita de Régios e outros, está a perder-se em disputas pessoais perfeitamente dispensáveis.
Abraço,Marco

Anónimo disse...

Boa tarde Marco, questões pessoais! esta muito bem informado.
Abraço

Anónimo disse...

Já agora Marco,já deu para notar que e frequentador deste blogue,que ideias ou pensamentos já contribuiu ou quantas ideias ou pensamentos já viu aqui da D. Helena?Eu digo-lhe nada nem nenhum.
Pense por si ( sem ofensa) não faça juizos de valor,nem tudo que pareçe é....Mais não digo
Abraço

Anónimo disse...

Um desafio para a Baixa
Lanço aqui um desafio ao Sr. Luís Fernandes para publicitar o máximo que poder para a criação deste grupo de reflexão.
Grupo de reflexão sobre questões do Centro Histórico
É bastante necessário e urgente a criação de um grupo de reflexão sobre o Centro histórico, mas propriamente da zona que envolve o comércio. Grupo este que deve envolver um representante da Autarquia, da ACIC, APB, as Freguesias de São Bartolomeu, Santa Cruz e Almedina, um representante dos moradores e um representante dos comerciante de cada área de comercio e serviços. Grupo este que deveria reunir uma vez por mês para reflectir, discutir problemas e apresentar possíveis soluções para o Centro Histórico, que posteriormente transmitiram a todos comerciantes e moradores o resultado de cada reunião e serão encaminhadas para as entidades competentes.
Jorge Neves

Anónimo disse...

Jorge,deixe-me esclarecer.Não conheço a Maria Helena, não suponha nada,pois não estou informado de nada, apenas constatei o óbvio,o teor dos vossos comentários é esclarecedor.No que me diz respeito, não tornarei a comentar este assunto.Jorge, só mais uma «coisita» não fiz qualquer juízo de valor, a minha opinião acerca de si e o que penso dos seus comentários continua a ser o mesmo.Já sabe que quando discordo de si envio a minha opinião,.
Um abraço Marco

Raquel Misarela disse...

“Quando o srº Luis publicar o que enviei sobre este assunto, talvez retire o que disse em relação a não reconhecer o erro, citando palavras suas"Concordo consigo também quando diz que reconhecer um erro é dignificante para quem errou, mas o que é claro para si e para mim e, felizmente, muita gente, n-ao é para o Jorge Neves e é pena..."(Loureiro,Helena,2010)”


Jorge, andei a evitar durante muito tempo escrever ou comentar os textos escritos por ti e, ambos sabemos, os plagiados por ti. Há já bastante tempo que notei a tendência esquizofrénica dos textos que publicas ou que são publicados neste e noutros blogues ou jornais. E há já algum tempo que sei que são plágios. Depois do que li hoje neste blogue a questão tornou-se pessoal, como entenderás, pela relação de parentesco que tenho com a Helena. A negação alucinada e infantil, acrescida dos insultos que aqui foram proferidos por ti, esgotaram qualquer benevolência ou compreensão da minha parte. Mais do que grave, é triste. Profundamente triste. E mais triste ainda é a tentativa desesperada de reverter a situação, acusando e insinuando, mesquinhamente e maliciosamente, tudo e todos, com perseguições pessoais que, obviamente, só existem na tua cabeça.
Todos nós já plagiámos alguma coisa, mas certamente não tínhamos a responsabilidade moral, perante quem votou em nós, que tu tens por teres sido eleito numa eleição autárquica. Que o faças a nível pessoal, que, como disseste que utilizes textos para orientação naquilo que escreves, volto a dizer, a nível pessoal, é lá contigo. A consciência e a realização pessoal é tua e de mais ninguém. Agora, que o faças assinando, invariavelmente, como candidato do Bloco, e que o faças, não utilizando apenas algo que te oriente mas textos integrais, o caso, e desculpa Jorge, muda completamente de figura. Não é, e tu bem sabes, apenas um esquecimento ou lapso de aspas ou ausência de informação dos autores dos textos. É a total intencionalidade e apropriação de textos de outros fazendo passá-los por teus. Não há qualquer lapso ou esquecimento quando, depois das primeiras acusações de plágio que aqui forma feitas pelo Marco, respondas com um texto integralmente retirado do blogue A Educação do meu Umbigo; não há qualquer lapso ou esquecimento quando se pega num discurso de um Membro da Assembleia de Freguesia da Secção do PS Seixal/Arrentela alterando apenas o nome da cidade e freguesia– De Seixal para Coimbra e de freguesia do Seixal para freguesia de S. Bartolomeu; não há qualquer lapso ou esquecimento quando se pega num texto do blogue o insurgente e se altera apenas o nome da cidade – De Lisboa para Coimbra; e por aí adiante, porque tal como disse, há mais.


http://questoesnacionais.blogspot.com/2010/04/coluna-do-jorge_436.html
http://educar.wordpress.com/2008/11/02/coisas-que-me-irritam-1-almas-de-controleiro/


http://questoesnacionais.blogspot.com/2010/04/um-comentario-recebido-sobre_15.html http://rumoabombordo.blogspot.com/2009_05_01_archive.html


http://questoesnacionais.blogspot.com/2010/04/um-comentario-recebido-sobre_10.html
http://oinsurgente.org/2009/07/02/estar-perto-e-um-valor/

Raquel Misarela

Anónimo disse...

Bom dia Raquel, eu já afirmei diversdas vezes que adapto alguns textos ou artigos à realidade de Coimbra, não vejo mal algum nisso, assinava como independente no Bloco e nunca como Bloco de esquerda.Não insultei ninguem, quando, em relação ao post que o Marco se refere, eu respondi que é um excelente texto, que me ajudou a fazer um trabalho de grupo , da qual postei a definição de centro historico, em algum momento disse que era minha.Raquel, foi a Helena que me "provocou" no facebook por causa de uma fotografia que meti a criticar o PEC. Nunca mais sairá nada assinado a fazer referencia ao Bloco de Esquerda, Bloco na freguesia acabou, passou a ser Jorge Neves.
Entendo perfeitamente que leves isto como questão pessoal, mas nada tem de pessoal, como sabes tanto tu, como teu pai e a Helena são pessoas que respeito e ate gosto da vossa maneira de ser, tambem acho que seria de bom grado terem falado comigo pessoalmente em vez da atitude que teve, mas tambem a entendo, e não levo a mal, alias cerca de tres dias antes fui avisado que iria acontecer isto.Por mim assunto encerrado, nada de rancor. Continuarei a fazer o que todos fazem, mesmo que não seja muito etico, o que conta é o conteudo das coisa, a adptação de um artigo ou comentario que eu entanda que se deve adaptar a realidade de Coimbra, simplesmente o adapto.Fique bem entendido, não tiro algum proveito financeiro com os artigos.
Abraço

Anónimo disse...

Assim mesmo Marco, gosto de critica construtiva, em relação ao outro assunto, melhor mesmo não se realizar mais algum comentário, como já disse, todos temos telhados de vidro, uns mais fortes que outros mas todos temos. Abraço