segunda-feira, 12 de abril de 2010

POR AMOR DE DEUS, AJUDEM OS COMERCIANTES!






Ó Luís queria pedir-lhe um favor. Como sabe, estou sem licença do Banco de Portugal para passar cheques –passei um pré-datado a um fornecedor e, como também ele estava apertado de finanças, colocou-o à cobrança no banco antes da data e o cheque foi devolvido.
Agora, estou para receber uma encomenda, com pagamento a 90 dias, mas só ma entregam contra a entrega de um cheque. Pode emprestar-me um? Depois, antes da data do vencimento –daqui a 90 dias-, vou lá pôr o dinheiro no banco para cobrir o montante.”
Este pedido foi-me solicitado há minutos por um meu amigo e colega comerciante daqui da Baixa. O que faria você se estivesse no meu lugar? É difícil não é? Pois! Naturalmente que tive de negar. Mas estou para aqui com um sentimento de impotência que só me apetece chorar.
Como é que foi possível chegarmos a esta situação tão confrangedora? Não tenho palavras para descrever o que sinto. É um homem que trabalhou toda a vida no comércio.
A quantas portas foi ele bater, antes de vir à minha, e que também lhe disseram não? O que está ele a sentir neste momento? O que vai fazer a seguir? Se puder, por um momento, coloque-se no seu lugar. Sinta as suas dificuldades. Imagine o seu sentimento de impotência para resolver os seus problemas. Não é difícil de adivinhar que, no seu escritório, estará a chorar desalmadamente. E se faz uma asneira?
Contem a todo o momento que vai haver actos tresloucados no comércio em todo o país. Esperem para ver o que vai acontecer…

4 comentários:

Vítor Ramalho disse...

Copiado para a Alma Pátria e para o Coimbra Terra Portuguesa e enviado para o Facebook.
Não podemos ficar calados.

carlosfreitas disse...

Reconheço que apenas todos juntos puderemos dar a volta a esta grave situação. Gostaria de chamar a sua atenção e a do governo para que os meus 73 euros enviados para a Grécia, local onde, apesar de saber que me poderia empenhar junto de uma qualquer financeira para o fazer, por muito que gostasse de a visitar nunca lá coloquei um pé que fosse, fariam muito mais jeito em Portugal. Seria por minha casa, país, que começaria por tentar debelar os problemas. E se um cheque é pré-datado não devia ser possível levantá-lo antes data. Esta situação foi uma das muitas que nunca entendi no nosso sistema bancário.
Utilizarei a plantaforma do
Facebook para divulgar uma situação que se vai generalizar nos tempos mais próximos.

Anónimo disse...

Boa tarde Srº Luis Fernandes;
Sobre o tema do comércio da baixa, já há algum tempo me sinto tentado a transmitir a minha opinião, neste seu já " mundialmente " conhecido veiculo de transmissão de informação.
Hoje não resisti á tentação, se bem que as minhas ideias possam, porventura, ser consideradas absurdas.Não obstante são mais uma opinião e da discussão poderá sair a luz.
Adianto já que a minha opinião é no sentido de que a chave do problema estará sempre, ou pelo menos, esteve sempre, na disponibilidade da Câmara Municipal de Coimbra.
Siga então o meu raciocinio;
A baixa, o centro histórico, está abandonado e inseguro porque não tem gente.Como se pode trazer gente para a baixa?
Habitação e comércio.Proporcionar - lhes condições para residir e para comprar.
Para residir, para além da necessidade de recuperar muitas habitações há um problema essencial, falta de estacionamento.
Solução;disponibilizar gratuitamente estacionamento no Bragaparques, durante a noite, a moradores da baixa, porque estes só necessitam de estacionamento nessa altura do dia.
Quando foi licenciado esse empreendimento deveria ser negociada essa contrapartida.Não o tendo sido o que temos é o estacionamento deserto durante a noite e as pessoas a fugir da baixa porque não têm sitio para deixar o carro.Uma incongruência.
Quanto ao comércio; o que faz com que as pessoas não venham á baixa?
Nem mais nem menos que a localização dos empreendimentos comerciais na periferia da cidade ( aqui cai por terra a ideia daqueles que defendiam que se devia licenciar os centros comeriais longe das cidades porque perto ou no centro prejudicavam o comércio tradicional ).
Solução; parece absurda mas, na minha humilde opinião, que de resto já vi em muitas cidades europeias, é essa mesma que está a pensar;trazer o grande comércio para o centro da cidade.
É absurdo dirá o senhor mas olhe que não é;para funcionar é obrigado a criar infraestrturas, especialmente estacionamento, logo traz pessoas, as quais ao virem ao centro comercial circulam nas ruas do centro histórico e compram nas lojas aí localizadas, muitas delas, tradicionais e por isso em ramos do comércio diferentes das existentes nos centros comerciais.
Por exemplo aquele edificio do Bota Abaixo, onde pululam escritórios e consultórios ás moscas, porque não foi antes pensado para um garnde centro comercial no núcleo histórico da cidade.
E o outro que eu agora não sei o nome, mas que até mete dó, junto ao Terreiro da Erva, em frente á TV Cabo, que comércio tradicional existe aí?
Qual é o prestador de serviços seja médico ou advogado que tem coragem de adquirir e explorar aí um escritório?
Não poderia o mesmo ser incorporado arquitectónicamente no edificio do Bota Abaixo e fazerem um grande centro comercial chamariz de pessoas.
Ao invès, não sei se me pode confirmar, foi licenciada e prestes a abrir mais uma grande superficie na estrada das beiras, penso o El Corte Ingles.
Imagine o que seria por exemplo a Praça do Comércio, com dois ou três pisos de estacionamento subterraneo, com os edificios que a circundam adaptados a comércio, com o rés do chão afecto á restauração e o centro coberto com esplanadas?Seria ou não um óptimo centro comercial?
Bem sei para isso são necessários acessos e estacionamento, mas essa é a parte que cabe á Câmara e ao seu poder/ dever de negociação.
É mais fácil licenciar apenas e nada exigir, ou exigir contrapartidas com destinos suspeitos e que neste lugar não conspirativo, não cabe especular.
A alternativa é a que temos;uma praça lindissima, com uma Igreja de São Tiago, repleta de história, porém tudo pejado de vandalos e indigentes e com os prédios a cair de podres.
Sei que já estou a abusar da sua paciência por isso fico - me por aqui.
Não obstante sou de opinião que são ideiais merecedoras, pelo menos de uma discussão alargada.Se outra for porém a sua douta opinião, por favor apague e não se dê ao trabalho de publicar.

Sónia da Veiga disse...

Luís:

Já 'tá Pensado e Facebookado.

E a ACIC não pode fazer nada?!? Género aconselhamento ou mesmo gestão de contas. Ou uma conta especial na CGD para os associados com gestor de cheques e letras exclusivo, por exemplo.
Ou só aconselhamento legal p'ra não haver insolvência ou lugar a credores a bater à porta.
Sei lá...

Que corra tudo bem com o seu colega...

:S