segunda-feira, 12 de abril de 2010

UM COMENTÁRIO (RECEBIDO SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "EDITORIAL: SABER O QUE SE QUER SEM SABER COMO LÁ C...":



Após ler e reler este artigo “SABER O QUE SE QUER SEM SABER COMO LÁ CHEGAR”, e de reflectir sobre as sugestões que foram sendo ditas, umas mais radicais, outras com quais estou de acordo e outras de total desacordo, não deixam de ser opiniões válidas, que devem servir de ponto de partida para dar um futuro ao comércio da Baixa de Coimbra. Futuro esse que depende muita das iniciativas dos comerciantes, da sua criatividade, profundas mudanças de mentalidade, uma rápida mudança de estratégias, de adaptabilidade à nova forma de viver da sociedade e de uma boa articulação com a Câmara Municipal de Coimbra.
Vou deixar a minha humilde opinião, das sugestões que achei mais importantes:
“Defendem o estacionamento gratuito na Baixa”
Também defendo o estacionamento gratuito na Baixa, mas com regras, ou seja, gratuito no período das 12.30 às 14h30 e das 17h30 às 19h00 de Segunda a Sexta-feira e gratuito durante o Sábado e em épocas especiais, como Páscoa, Natal.
“a não intervenção da autarquia na implantação de lojas chinesas”
As lojas chinesas são um mal necessário da sociedade Ocidental, em tempo de crise bem tem ajudado quem mais fracos rendimentos possui. Penso que é preferível ter a Baixa cheia de lojas chinesas que ver as ruas com as lojas todas encerradas.
Defendo que está na altura dos comerciantes da Baixa seguirem o exemplo de alguns comerciantes chineses, associarem-se nas compras e na adaptação dos horários alargados.
“o licenciamento exagerado de grandes superfícies na periferia da cidade”
Neste ponto concordo que o licenciamento tem sido exagerado, mas é um fenómeno que se verifica a nível Mundial, é necessárias contrapartidas para o comércio tradicional (isenção de taxas, linhas de credito para obras, publicidade) por cada licenciamento para grandes superfícies.
“nas ruas estreitas, como, por exemplo, a Eduardo Coelho, devem passar automóveis.”
Esta sugestão só iria retirar mais pessoas à Baixa, para além de aumentar os níveis de poluição e de insegurança para quem circulava a pé. Mas defendo que poderia haver vários pontos na cidade com bicicletas para se poder circular nas ruas da Baixa e até mesmo bicicletas conduzidas por pessoas credenciadas pela Câmara Municipal de Coimbra, que transportem duas pessoas.
“o urbanismo comercial, na vertente de ser possível ao comércio impor um “numerus clausus” na implantação de novos investidores”
Quantos mais investidores neste momento, melhor. A selecção de investidores é um luxo a que a Baixa não se pode dar neste momento. Volto a afirmar que os comerciantes se deveriam agrupar, para apostarem na qualidade.
“Defender o apagamento de montras comerciais durante o período nocturno como meio de poupar energia.”
Esta medida traduz-se numa poupança insignificante, aumenta a insegurança, logo leva ao aumento de roubos e vandalismo. Muita gente, embora já não tanta como se gostaria, aproveita o fim do dia para dar um passeio pelas ruas e ver as montras, se estiverem apagadas, só vai incentivar à diminuição de pessoas á noite na Baixa e aos riscos que daí advêm.
Em suma, defendo que os comerciantes devem ser mais criativos e unidos nas ideias e na defesa da Baixa. Manter um diálogo saudável com a Câmara Municipal de Coimbra.


Jorge Neves

Sem comentários: