(FOTO DO JORNAL DE NOTÍCIAS)
Ontem à tarde, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, houve um aparatoso acidente automóvel. Um carro ultrapassou um sinal vermelho a alta velocidade. Até aqui nada de novo, pensará o leitor para si mesmo. Afinal, acidentes há-os todos os dias. De todas as formas e feitios e ninguém está livre. É verdade, não é? Pois é!
Mas se, de repente, lhe disser que o automóvel que circulava a alta velocidade era oficial, isto é pertencia ao Estado, e no caso, ainda para mais era o veículo que estava consignado ao secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, juiz-conselheiro Mário Mendes, o caso muda de figura. É verdade ou não?
Por muito que se tente desvalorizar a questão, dizendo que o responsável pela segurança interna ia com muita pressa, porque ia para a posse dos novos governadores civis, e até levava os pirilampos do potente Audi A4 intermitentes, isto só prova a leviandade com que os carros oficiais circulam nas estradas portuguesas.
Para além disso, surgem as interrogaçõeszitas: este senhor, responsável pela segurança, não tem obrigação de dar o exemplo? E já agora outra de algibeira: por ter causado o acidente, felizmente sem vítimas mortais, quem vai ser sancionado? É óbvio que vai ser o condutor…sobre ordens directas do senhor juiz-conselheiro. Isto é alguma coisa?
Não gostaria de terminar este texto sem desejar as melhoras rápidas ao Dr. Mário Mendes e aos restantes acidentados, que não conheço. Sei que, apesar de ainda permanecerem nos cuidados intensivos, após cirurgia, estão com prognóstico favorável.
Era bom que todos pensássemos nisto, não acha?
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