quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O SOM DE "JINGLE BELL, JINGLE BELL", PELAS RUAS DA BAIXA

(ESTES APLAUSOS SÃO PARA ACIC QUE, NOTORIAMENTE, ESTEVE MUITO BEM)



De 01 de Dezembro até 06 de Janeiro, as ruas do centro histórico vão ficar mais encantadas com o som de melodias natalícias e acompanhadas com publicidade.
A realização da sonorização deste ano coube a uma firma de Mangualde, a “VER E OUVIR”, Audiovisuais, Lª.
Diariamente, nos últimos dias, o seu gerente, o senhor José Manuel Almeida, percorre as várias centenas de estabelecimentos comerciais da Baixa para angariar publicidade.
Já depois de ter contratualizado o spot para o meu estabelecimento, pergunto-lhe como está a correr a aderência dos comerciantes da Baixa, “olhe, para minha surpresa, muito bem mesmo –mostrando-me a extensa lista de firmas. Normalmente, os comerciantes, antes de se vincularem, querem saber quem está a fazer publicidade, quando lhes mostro a longa lista, a sua aderência é imediata. Com esta crise, sinceramente, até estou surpreendido” –remata o gerente da “Ver e Ouvir”.
Bom, os seus preços também estão em conta, tento, em jeito de provocação, fazê-lo “desbobinar”. "É verdade sim! Pode bem dizê-lo. Mas, tenho que sublinhar aqui o grande envolvimento, neste projecto, da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Coimbra), sem o seu empenho, sem o “murro na mesa” do presidente do sector comercial, não teria sido possível”.
Tento então saber mais dados do negócio. “É assim: eu tenho um custo mínimo, que corresponde a uma parte, para assegurar o trabalho da montagem de fios e colunas de som. a restante, a outra parte, é ressarcida pela publicidade angariada”.
O Turismo de Coimbra, por quem aliás fui contactado, responsabiliza-se por 2/3 do total da montagem, que, segundo a sua interpretação, corresponde à sonorização da Ponte de Santa Clara, Largo da Portagem, Ruas Ferreira Borges, Visconde da Luz e da Sofia.
Então, e as outras ruas, as da chamada baixinha?, interrogo. Responde o gerente José Manuel, “aí é que está a pronta intervenção da ACIC, na responsabilidade do outro terço. É esta associação que vai pagar a sonorização destas ruas estreitas, sem a sua interferência só haveria sonorização nas ruas principais.
Continuando a questionar o gerente da “Ver e Ouvir”, interrogo se esta mais-valia para a Baixa está a ser bem-vista pela maioria dos comerciantes, “pela maioria está -felizmente para mim!-, mas há uma minoria que são intratáveis. Veja bem, houve um que, quando o abordei, me respondeu que o que lhe interessava eram as suas lojas nas grandes superfícies, “a Baixa que se f***, está condenada! O Encarnação, se quiser, que a salve!”

1 comentário:

luctupuz disse...

Palmas realmente à notícia. Que vale só por si.
Agora falando um pouco desse exemplo final, que também vale por si só, pelos piores motivos. É triste, mas real. Existe gente assim e é precisamente desta gente que Coimbra não precisa de todo. O senhor está à espera de quê afinal? Que desapareça da Baixa então, de uma vez por todas e se deixe estar enfiado com as suas lojas nas grande superfície. E que tenha bom proveito. Precisamos é de gente com atitude, que tenha VONTADE E VITALIDADE para fazer renascer a baixa. Este senhor é perfeitamente dispensável. É por culpa desse indivíduo e outros que tais que os comerciantes da Baixa têm por vezes má fama.