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No domingo, último, dia 9 de Novembro,
celebrou-se em Várzeas a festa anual de Nossa Senhora da Piedade. Com a
eucaristia a começar às 15h30, seguiu-se depois a procissão em honra da sua
veneranda padroeira. Durante mais de uma hora, ao som bem ritmado dos metais, a
marcar o compasso, de pé sobre pé, “de
marcha”, da banda musical de Penacova, a comitiva religiosa percorreu a
pequena aldeia, como em prece colectiva, que se ajoelha e presta vassalagem ao
seu amor de sempre: a sua Vila de Luso.
Seguir esta cerimónia religiosa, foi como nos sentíssemos actores no recente filme de Miguel Gomes, “Aquele querido mês de Agosto”, que de forma exemplar mostra as tradições religiosas e “paganísticas” no interior de Portugal, com todas as suas fraquezas e importância cultural para as pequenas aldeias.
Foi lindo ver as janelas enfeitadas com flores e as antigas colchas de seda a marcarem a tradição. Foi bonito de ver pessoas a cumprimentarem-se, algumas delas, que já não se viam há várias décadas. “Tu és mesmo o “tonito”, aquele puto que andava por aí? És mesmo tu? Dá cá um abraço pá!”, reclamava o Carlos “Sonaio”, um amigo que já mal lembrava as feições.
Junto a mim, a senhora Alexandrina, com o rosto traçado pelas rugas do tempo, mas cujo brilho de contentamento parecia não ter idade, abraçada à Lurdes, quase chorava de felicidade por, neste dia tão importante para o povoado, poder rever a velha amiga que viera de Lisboa.
À noite, no novo salão, ainda improvisado, em chapa, mas já com algumas boas condições, houve bailarico até às tantas na noitada. Como houvera já um grande baile no sábado à noite, onde não faltaram “cotas” e mais novos, este “excedente” nesta festa só foi possível graças à boa vontade e generosidade de uma “filha da terra”, emigrante na Suíça, cujo anonimato se mantém a seu pedido, e que se prontificou a assumir o seu custo.
Foi lindo de ver e sentir a alegria de todos os meus familiares, sobretudo o das minhas tias, Dorinda e Anunciação, em que me receberam de braços abertos naquela que foi, e é, a minha terra, a aldeia onde nasci e dei os primeiros passos.
O juiz da festa, o meu primo Fernando, sempre à altura de qualquer eventualidade, esteve como deve estar um “magistrado”, ou seja, pronto a julgar e ultrapassar qualquer questão de última hora.
Concluo, parafraseando Chico Buarque, e alterando a letra, aqui e ali, “sei que estiveste em festa, pá, fico contente! Por ter estado com a tua gente, a quem abracei alegremente…!”
Seguir esta cerimónia religiosa, foi como nos sentíssemos actores no recente filme de Miguel Gomes, “Aquele querido mês de Agosto”, que de forma exemplar mostra as tradições religiosas e “paganísticas” no interior de Portugal, com todas as suas fraquezas e importância cultural para as pequenas aldeias.
Foi lindo ver as janelas enfeitadas com flores e as antigas colchas de seda a marcarem a tradição. Foi bonito de ver pessoas a cumprimentarem-se, algumas delas, que já não se viam há várias décadas. “Tu és mesmo o “tonito”, aquele puto que andava por aí? És mesmo tu? Dá cá um abraço pá!”, reclamava o Carlos “Sonaio”, um amigo que já mal lembrava as feições.
Junto a mim, a senhora Alexandrina, com o rosto traçado pelas rugas do tempo, mas cujo brilho de contentamento parecia não ter idade, abraçada à Lurdes, quase chorava de felicidade por, neste dia tão importante para o povoado, poder rever a velha amiga que viera de Lisboa.
À noite, no novo salão, ainda improvisado, em chapa, mas já com algumas boas condições, houve bailarico até às tantas na noitada. Como houvera já um grande baile no sábado à noite, onde não faltaram “cotas” e mais novos, este “excedente” nesta festa só foi possível graças à boa vontade e generosidade de uma “filha da terra”, emigrante na Suíça, cujo anonimato se mantém a seu pedido, e que se prontificou a assumir o seu custo.
Foi lindo de ver e sentir a alegria de todos os meus familiares, sobretudo o das minhas tias, Dorinda e Anunciação, em que me receberam de braços abertos naquela que foi, e é, a minha terra, a aldeia onde nasci e dei os primeiros passos.
O juiz da festa, o meu primo Fernando, sempre à altura de qualquer eventualidade, esteve como deve estar um “magistrado”, ou seja, pronto a julgar e ultrapassar qualquer questão de última hora.
Concluo, parafraseando Chico Buarque, e alterando a letra, aqui e ali, “sei que estiveste em festa, pá, fico contente! Por ter estado com a tua gente, a quem abracei alegremente…!”
1 comentário:
bem hajas ,por nunca te esqueceres da nossa terra e de todos os nossos elos que nos ligam a essa pequenina,humilde mas muito nossa...VARZEAS!!! um abraço
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