sábado, 8 de novembro de 2008

UMA MULHER QUE RI

(FOTO DO JORNAL PÚBLICO)


Esta mulher sorri abertamente,
como virgem, para o mundo que a quer ver,
parece feliz, com razões, muitas, certamente,
inconscientemente, como se não quisesse saber,
talvez tenha noção o quanto frustrou tanta gente;
Olhemos, atentamente, a aura e o seu sorriso,
talvez, pelo nome, Fátima, se julgue santa,
numa mistura de autismo e carência de siso,
onde a arrogância e a falta de vergonha é tanta,
que, para ridículo, talvez só lhe falte um guizo;
Será que ela troça do povo de Felgueiras?
que, num caciquismo pacóvio, a veneraram,
se ajoelharam, e a encheram de boas maneiras,
mesmo sabendo que “usados” quase acabaram,
por serem marionetas e a encheram de peneiras;
Esta mulher é um “caso de estudo” para a Sociologia,
onde impera a esperteza, a crendice e a vitimização,
num povo atrasado, ignorante, onde grassa a mitologia,
onde confundem as cunhas com a institucional obrigação,
crédulos, continuam a exigir justiça, sabendo que justos nunca serão;
“Considero-me limpa, Deus é grande, não fui condenada!”,
refere, em êxtase a mulher que ri, em dúvida de senilidade,
num caldo místico de guerrilheira, julga que foi inocentada,
coloca um grande problema filosófico à mentira e à verdade,
mais uma vez a justiça, através do subterfúgio, sai aldrabada;
Cícero, Platão, no seu sonho da República, devem estar desalentados,
nunca imaginaram que o seu, tanto defendido, sentido de justiça
se perdesse, nos labirintos do “in dubio pro reu”, estarão desanimados,
na verdade, este Direito deixou de ser cimento, passou a ser caliça,
qualquer um acredita que este sistema judicial não serve, está falhado.

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