(IMAGEM DA WEB)
Ao ler esta notícia, em que um
aluno de 12 anos foi forçado por outros a fazer sexo oral numa escola do
concelho do Seixal, tenho de confessar, fico completamente perdido nestes
tempos hodiernos em que todos vivemos e dou por mim a interrogar: o que é isto?
Afinal para onde caminhamos?
Na educação, está de ver, é o que
é. Não vale a pena arranjar bodes expiatórios, como os pais, os professores, os
alunos, o sistema e sei lá que mais. O que se sabe é que o que aparece no
retrato é um povo que está a caminhar para o abismo, sem modo de o evitar.
Na cultura é o que se sabe também.
A nossa história está a caminhar para o desaparecimento total sem que ninguém
se importe com isso. Cada vez mais somos uma mancha esboçada de uns marinheiros
que há cinco séculos atravessaram o mundo de lés a lés.
Na parte económica é o que se adivinha, os grandes grupos a tomarem conta completamente do país e a escravizarem
os produtores –com a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, a admitir a sua
própria incapacidade. Nos últimos 38 anos rebentaram com a agricultura, com as
pescas, com a indústria, com o comércio, com os serviços e com tudo o que
gerava emprego. Na parte das Finanças Públicas é o que se sabe, com o constante
resvalar no deficit, e em que tudo indica –apesar de ser apregoado o contrário-
de sermos obrigados a novo resgate. Obviamente que se o desemprego continua a
aumentar e a procura interna continua a cair não poderemos esperar milagres –pelos
vistos só Cavaco Silva é que antevê que iremos crescer no segundo semestre.
Na segurança interna é o que se
vislumbra à vista desarmada, com assaltos e mais assaltos –vale a pena ler o
que dizem aqui dois jornalistas do Correio da Manhã.
No bem-estar das famílias é o que
se constata: todos os dias a empobrecermos mais. São os custos de manutenção de
uma casa a subirem constantemente –como exemplo, a electricidade, a água, as telecomunicações,
o IMI, a alimentação- e os rendimentos a descerem abrupta e diariamente.
Na justiça nem é bom falar. Não que se deva culpar os juizes, eles não fazem as leis que têm de aplicar, mas sim o caldo de mistura que assistimos feito entre o executivo e o legislativo, e em que o primeiro se intromete directamente no segundo e legisla consoante os seus interesses e os dos seus comparsas.
Na saúde, com o desmantelamento progressivo do SNS, Serviço Nacional de Saúde, vemos que a nossa vida, assente nos cuidados sanitários, cada vez vale menos. Basta olhar à volta e assistirmos a cidadãos que descontaram toda a sua existência a definharem por falta de acompanhamento médico por não terem dinheiro. Por outro lado, olhamos e vemos todos os dias a surgirem novas unidades de saúde privadas. O assalto está iminente, quase dá para ver que tudo isto obedece a uma estratégia e a um plano calculado já há muito tempo.
Na justiça nem é bom falar. Não que se deva culpar os juizes, eles não fazem as leis que têm de aplicar, mas sim o caldo de mistura que assistimos feito entre o executivo e o legislativo, e em que o primeiro se intromete directamente no segundo e legisla consoante os seus interesses e os dos seus comparsas.
Na saúde, com o desmantelamento progressivo do SNS, Serviço Nacional de Saúde, vemos que a nossa vida, assente nos cuidados sanitários, cada vez vale menos. Basta olhar à volta e assistirmos a cidadãos que descontaram toda a sua existência a definharem por falta de acompanhamento médico por não terem dinheiro. Por outro lado, olhamos e vemos todos os dias a surgirem novas unidades de saúde privadas. O assalto está iminente, quase dá para ver que tudo isto obedece a uma estratégia e a um plano calculado já há muito tempo.
Na felicidade interna dos
cidadãos é ver que todos os dias há suicídios. A maioria deles nem sequer é
noticiada. O medo do amanhã tomou conta de todos nós. Deitamo-nos com receio de
acordar na indigência e levantamo-nos com apreensão do dia que se aproxima. O
recurso de muitos profissionais, para aguentarem a jornada, são ansiolíticos e
antidepressivos.
No que toca à política em geral,
quer deste Governo, quer dos anteriores, é uma desilusão constante. A sua
eleição apenas serviu para nos tornar mais escravos e dependentes de coisa
nenhuma, e colocarem alguns amigos em lugares cujos ordenados são pagos a preço
de ouro. Muitos deles, correligionários, ocupam lugares e mais lugares
escandalosamente e auferindo em todos eles verbas milionárias. Perdeu-se
completamente a vergonha. Já não se sabe o que é a moral e muito menos onde tem
lugar a ética. Os verdadeiros “artistas” pululam nas nossas ruas, tentando
fazerem vítimas. Estamos perante um Estado de necessidade, um salve-se quem
puder, onde tudo vale, mesmo até tirar olhos –como aconteceu nas filas do Pingo
Doce.
Se esta é a democracia apregoada
e defendida por tantos, lamento dizer, meus caros, prefiro ser fascista.
Escolho antes um Estado autoritário, uma organização que tenha mão nesta
roubalheira de alguns, que continuam a enriquecer praticamente sem pagarem
impostos, e em que a maioria, constituída pela outrora apelidada classe média,
se vê de corda na garganta e apertada por este sistema sistémico de morte
certa. Este regime não serve quem trabalha nem os que sempre trabalharam. Serve
apenas para os oportunistas, para os que furam através das malhas da lei e que,
de esquema em esquema, levam sempre a água ao seu moinho.
Puta que pariu este presente e o
futuro que nos aguarda. Acabemos de vez com esta fantochada. Venha o populista
que tome nas suas mãos o nosso futuro. Leve-nos os anéis, mas que nos garanta a
vida. Este regimento em que estamos inseridos é uma merda. De democracia terá
apenas o nome ultrajado e jamais imaginado pelo grego Péricles, há mais de 2500
anos. Isto é uma plutocracia. A continuar assim não teremos esperança.
Morte a este regime!
1 comentário:
Também concordo consigo! "GOSTO"
Enviar um comentário