Amanhã, na Baixa, pela 16ª
edição, haverá Maias, Doces e Cantares, organizadas pela Agência de Coimbra da
Fundação Inatel e Junta de Freguesia de São Bartolomeu, com o apoio da Câmara
Municipal de Coimbra, nas Ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz.
E AS OUTRAS RUAS ESTREITAS? COMO
É QUE É?
Durante a manhã de hoje, como
sabem que escrevo sobre estes assuntos, alguns comerciantes destas ruelas mais
estreitas manifestaram a estranheza por mais uma vez este evento, tal como
muitos outros, contemplarem apenas as duas artérias de cima. Uma das
comerciantes que também estava indignada foi Lurdes Henriques, estabelecida com
loja na Rua das Padeiras, que afirmou o seguinte:
-Não consigo perceber como é que quase
tudo o que se realiza na Baixa, inevitavelmente, é feito nas ruas da calçada.
Ainda hoje, durante a manhã, como a autarquia é parceira neste acontecimento, liguei
para a Casa da Cultura para saber da razão de mais uma vez isto acontecer. A
senhora que me atendeu o telefone disse que não sabia de nada. Mandou esperar e
passou a chamada para outra funcionária, que me disse, também, que não tinha
conhecimento de nenhuma alegoria amanhã na Baixa. Bolas, isto é de mais! Os
sábados são sempre fracos para o comércio, ora não está certo que tudo se
concentre lá em cima. Será que os comerciantes desta zona não serão filhos de
Deus?
O QUE DIZ CARLOS CLEMENTE?
Um dos principais organizadores das
Maias é a Junta de Freguesia de São Bartolomeu. Vamos ouvir o presidente,
Carlos Clemente:
-Ora bem, vamos por partes:
Primeiro, vão participar 8
grupos, que levam portas e cruzeiros coloridos com flores. Como vão apenas
cantar até às 13h00, só faz sentido ficarem todos juntos, na medida em que,
cada um, só tem 20 minutos para actuar;
Segundo, as Maias já se
realizaram na Praça do Comércio e não foram rentáveis para os participantes –porque
é preciso ver que, pelo seu desempenho, não recebem nada. Isto é, os grupos vêm
por “amor à camisola” e, logicamente, que têm de retirar alguma rentabilidade
ao venderem os seus doces, licores e outras guloseimas. Daí estarmos a fazer
esta festa nas ruas de cima. Se eu insistisse em fazer cá em baixo, corria o
risco de ficar sozinho.
Terceiro, há cerca de uma semana
realizou-se, também nas ruas largas, a festa das flores, promovida pelo Pelouro
da Cultura e da Junta de Freguesia de Santa Cruz. Acontece que realizaram este
certame na minha freguesia, no entanto, pasme-se, não convidaram a minha junta
para estar presente –recebi apenas uma lacónica informação a dizer que se iria
realizar e mais nada. Está certo isto?
Por outro lado, há uma semana
atrás, não vi ninguém a reclamar contra esta festa. Porquê agora? Será por ser a
Junta de Freguesia de São Bartolomeu a organizadora? Se não é, parece!
Quarto, e último, os comerciantes
que façam o favor de ter calma. Outros eventos aí virão. Sabem muito bem que
não me esqueço da Baixa… das ruas estreitas. Acho que não preciso de me estar a
justificar. Creio que, ao longo dos últimos anos, já dei mais que provas
irrefutáveis.
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1 comentário:
Se alguém faz alguma coisa pela baixa, seja nas ruas da calçada ou nas ruas da baixinha sem duvida que é a Junta de São Bartolomeu e o seu Presidente.
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