“O HOMEM COLORIDO”
É o Celso Fonseca, mais conhecido
pela alcunha carinhosa de o “homem colorido” –com baptismo da minha autoria. É
um peregrino que, montado na sua bicicleta, calcorreia a estrada entre
Assafarge e a Baixa da cidade. É um personagem muito curioso. Sobretudo pelas
diversas poses como se apresenta quando estacionado numa destas ruas estreitas.
Em metamorfose entre homem e máquina, em constante performance, é como se
estivesse sempre a representar, apresentando autênticos quadros vivos. É um
trocar de perna, lento e imperceptível. É um olhar de lado, sedutor, como se
fosse uma dama, É um constante levar a mão ao chapéu, como se quisesse dizer
sem dizer: “olhe este meu exemplar fantástico!”. Está reformado. Agora é um
estudioso da vida, sem descurar a cultura, a civilização, e sem prejudicar o
gosto de ajudar os outros. O seu objectivo é levar uma vida perfeita, vai-me
dizendo. Leia aqui sobre o homem da bicicleta às cores.
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