Já lá vai o tempo em que
associávamos comércio tradicional a tudo o que era de costume e tradição. Isto
é, pensava-se que, quer as lojas, quer os funcionários, tudo o que lhe estava
associado obedecia a um certo padrão estandardizado. Como se toda a envolvente
ao negócio radicasse nos tempos de antanho, num estereótipo mental colectivo.
Contrariamente ao que se pensa e
diz, o comércio de rua, apesar de encerrarem muitas lojas, está vivo e
recomenda-se. Quando entro em estabelecimentos como a loja Namib, na Rua
Visconde da Luz, o meu coração fica radiante de alegria. É como se este ponto
de venda tivesse tudo o que é necessário. Senão vejamos: a fazer analogia com a
rua, tem muita luz; está pejada de artigos de qualidade, carteiras, relógios e
uma plêiade sortida de cor que, com o seu brilho imanente, apetece pegar ao colo;
tem duas gerações a trabalhar ali; tem simpatia a rodos, manifestada numa humildade
e alegria contagiantes; e, diferente de todas as outras, tem um manequim, uma
barbie perfeita, encarnada no corpo da Ana Monteiro.
Diga-me, leitor, não é um prazer
enorme para quem aqui vive ou trabalha poder contar no seu seio com uma loja
assim?
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