Até há pouco a Rua Pedro Olaio, a
transversal que está por detrás do Centro Comercial D. Dinis que desemboca no
largo das Olarias e com frente à Loja do Cidadão, tinha apenas trânsito no
sentido descendente –de quem vinha da Avenida Fernão de Magalhães- e duas
faixas de estacionamento para carga e descarga, que eram ocupadas para tudo
menos para o objecto em causa. Agora, quanto a mim, muito bem, passou a ter
apenas um lado para carga e descarga de meia hora e passou a ser possível
circular nos dois sentidos, descendente e ascendente.
Já no mesmo Largo das Olarias, e
sobretudo na Rua da Louça, de quem vem da Avenida Fernão de Magalhães, estão a
ser colocados uns pinos em ferro em volta da pequena escadaria em pedra de
Ançã. A intenção, certamente, ao colocar estes mamarrachos em ferro e ligados
por correntes, parece-me, deve ser para evitar a constante destruição do
primeiro degrau de acesso por parte dos automóveis. Em minha opinião é um
acrescento que não faz sentido. Porque a pergunta que se poderá fazer, pelo
menos na Rua da Louça, é assim: porque é danificado constantemente o murete
pelos automóveis? Exactamente, pelas muitas viaturas estacionadas, no lado
direito, ao longo da rua, noite e dia, e obrigando, sobretudo os pesados a
calcorrear o primeiro degrau e a destrui-lo. Continuando com as perguntas: E,
então, esta solução dos pinos não irá evitar os danos colaterais? Quanto a mim
não. Para além de tornar a passagem mais estreita, vai verificar-se apenas uma
transferência de danos do degrau para os pinos. E que solução? Diga lá, ó
esperto? –Parece você, leitor, estar a interrogar. Se fosse eu que mandasse,
retirava o primeiro degrau –tornando a via mais larga- e, ao longo da extensão,
fazia pequenos cortes com degraus para os transeuntes, que ficaria muito mais
harmonioso e envolvido no projecto. Ou seja, vamos lá ver se passo no exame de
arquitectura, como se eliminava o primeiro degrau, e o segundo ficava muito
alto, não era possível ser transposto pelos rodados. Além disso, como o
primeiro está muito baixo, na maioria dos casos, os automobilistas não se
apercebem dele e, batendo-lhe, danificam a pedra e os carros.
Em resumo, esta solução é cara,
não vem resolver o problema –pelo contrário complica-o- e acaba por ser um
acrescento mal-amanhado, uma espécie de abcesso, bem na linha do desenrascanço
à portuguesa.
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