Pegando num apelo do presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, João Silva, o meu camarada “blogueiro” Jorge Neves lança uma ideia interessante. Segundo o Jorge, “sugerindo a realização de um baile à moda antiga no Pavilhão da Palmeira ou outro sitio a designar, caso fosse possível articulado com a Junta de Freguesia de São Bartolomeu.”
Ora, estando nós perante uma boa reflexão do meu amigo Neves, em que tenho a certeza de que o presidente da junta de freguesia, Carlos Clemente, irá abraçar e apoiará com todo o desprendimento, ainda sou capaz de acrescentar uns pozinhos. Isto é, em vez de se realizar no Pavilhão da Palmeira, sugeria que, uma vez por mês, se realizasse o “Baile dos Bombeiros”… no Rancho de Coimbra.
Ou seja, com a colaboração do executivo da junta de freguesia, estaríamos perante uma cajadada que colmatava duas aflições. Por um lado, fazendo mensalmente um "baile à antiga", com a colaboração de vários conjuntos musicais da cidade –tendo em conta o objecto social- seria possível juntar uma verba interessante para os bombeiros. Por outro lado, abrindo as portas do Rancho de Coimbra à cidade, estar-se-ia a contribuir para revitalizar a memória de centenas ou milhares de pessoas que por lá passaram enquanto se manteve aberto até há alguns anos.
Por iniciativa de Júlio Ramos, juntamente com um alargado grupo de saudosistas do antigo Coimbra Clube, há cerca de dois meses, para além de se ter efectuado um almoço de confraternização no Restaurante “A Democrática”, estivemos todos no Rancho de Coimbra, onde se realizou um "baile à antiga".
Ver aquela sala extraordinária carregada de história para ali encerrada e a servir apenas de balneário, para mim, é no mínimo desclassificante e de pouca consideração para um monumento de glória como este. Num tempo em que noutras cidades se está a recuperar velhos templos que fizeram, e fazem, parte da nossa existência, seria bom que se olhasse, com olhos de ver, para este velho salão.
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