Subitamente, neste fim-de-semana, e apanhando todos de surpresa, faleceu a Dona Maria Alice Rodrigues. Era esposa do Senhor Manuel Guerra. Escrito assim, ficamos na mesma, mas se disser que a Dona Alice era co-proprietária e esposa do “Manel da Caravela” já todos ficamos a saber quem era a extinta –o “Manel”, tal como a esposa agora de partida, é um reputado comerciante da velha cepa. Um dos mais antigos e que muito contribuiu para uma imagem da Baixa de outros tempos que teima em ocupar parte da nossa memória colectiva. Uma época que não voltará mais. Tal como os humanos as cidades também têm ciclos: nascimento, apogeu e morte –ainda que, aqui, esta finitude, no fundo, seja uma aparente letargia, não deixará de ser uma etapa na sua vida de coisa e onde circulam as pessoas.
Tal como muitos leitores, estou certo, tardiamente tomámos conhecimento do infeliz acontecimento e este facto impediu-nos de participar no féretro.
Ao “Manel”, a toda a família enlutada nesta hora de tristeza e dor, em solidariedade, resta-nos partilhar um pouco da sua infelicidade. É uma roda que calhará a todos. É a vida!
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