quarta-feira, 27 de abril de 2011

ONTEM HOUVE UMA REUNIÃO ENTRE SÉRGIO REIS E A APBC





 Como contei aqui, atempadamente, a pedido de Sérgio Reis, no dia 16 deste mês de Abril reuniu no hotel Oslo um grupo de comerciantes. Como escrevi foi importante, sobretudo, para agitar e trazer mais uma vez ao de cimo os imensos problemas que o comércio tradicional está a viver. Infelizmente, não por falta de determinação do Sérgio nem pela não comparência das instituições com responsabilidade directa neste sector, como já vem sendo hábito, os comerciantes, tal-qualmente como noutras vezes, alhearam-se desta discussão. De um universo de 500 estabelecimentos que laboram na Baixa compareceram cerca de quatro dezenas de profissionais no hotel Oslo.
Deste debate, onde esteve presente o vereador da Câmara Municipal de Coimbra, João Orvalho, entre muitas ideias, ficou assente que o Sérgio Reis, acompanhado de alguns voluntários presentes, iriam apresentar à APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, um trabalho final sobre o que lá se passou, trabalhando de acordo e no mesmo sentido da agência, para, todos juntos, se tentar sensibilizar o executivo camarário. Saliento mais uma vez que João Orvalho fez questão de tomar nota de tudo e, em discurso final, disponibilizou-se a levar ao executivo, de que faz parte, todos os pontos dignos de nota e, pessoalmente, empenhar-se de alma e coração na revitalização do tecido comercial da Baixa.
Alguns pontos que foram discutidos no Oslo e a serem apresentados à APBC:

-O licenciamento da abertura das grandes superfícies ao domingo todo o dia;
-A reposição de transportes colectivos e táxis na Rua Visconde da Luz e Ferreira Borges;
-A alteração dos horários comerciais no Centro Histórico e a premente necessidade de abrir de segunda-feira a sábado até às 21h00 e abrir portas à hora do almoço;
-A iluminação públicas nas ruas;
-As obras na via pública e a obrigatoriedade de ser levado conhecimento aos comerciantes com prazos de início e finalização.

O ENCONTRO ENTRE O GRUPO DE SÉRGIO REIS E A APBC

 Ontem, cerca das 20h00, na sede da APBC, no Arnado, reuniram o mentor Sérgio Reis, o João Braga, dos estabelecimentos “Zig-Zag”, o Luís Filipe, da “Loja das Meias”, e o Amadeu Carvalho, da “Farmácia Vilaça”.
Por parte da agência estiveram presente o Armindo Gaspar e o Arménio Pratas.
Durante cerca de duas horas discutiram-se os prós e contras e acertou-se que se pediria uma audiência na Câmara Municipal de Coimbra.
Eis o documento apresentado pelo grupo de trabalho ontem na APBC:

SOLUÇÕES SAÍDAS DO ENCONTRO/DEBATE DOS COMERCIANTES DA BAIXA DE COIMBRA EM 16 DE ABRIL DE 2011


Este encontro teve como objectivo encontrar soluções de fácil implementação e com reduzidos custos, para os diversos problemas que afectam o Comércio da Baixa de Coimbra, ao nível de conseguir manter e atrair mais consumidores.
Mas também porque somente se consegue recuperar a Baixa de Coimbra, a nível imobiliário e social com a ajuda dos comerciantes e com a sua participação activa, nas soluções.

No seguimento das diversas intervenções no encontro/debate, cumpre-nos apresentar as soluções duma forma compilada. Sendo elas:

1.      Como se tem verificado, há uma perca acentuada de consumidores e de moradores nas ruas da Baixa que não têm transportes, ao contrário de outras ruas da Baixa que devido a terem transportes se vão mantendo animadas comercialmente. E também pela manifestação de desagrado dos próprios consumidores, pela falta de transportes. É necessário trazer novos consumidores, consumidores que deixaram de vir há anos, novos moradores, negócios que deixaram de estar (consultórios médicos) e novos negócios.
2.       
É necessário recolocar entre a Portagem e a Praça 8 de Maio, transportes públicos dos SMTUC, táxis e transportes privados, da seguinte forma:

·        Colocação de autocarro dos SMTUC mais pequeno (antigo autocarro utilizado na ECOVIA), porque nesta fase não será fácil colocar os autocarros maiores, devido à largura das rampas da Praça 8 de Maio. Com circulação permanente durante todo o dia. Com a informação nos autocarros de “BAIXA”. Com 3 paragens somente com sinalização vertical (Portagem – Fundo Rua Corpo de Deus – Praça 8 de Maio). A fazer os circuitos Portagem – Praça 8 de Maio – Rua da Sofia – Rua Fernão Magalhães (passando por todos os serviços públicos) – Avenida Navarro – Portagem, Portagem – Praça 8 de Maio – Avenida Sá da Bandeira – Celas – Hospitais Universidade Coimbra – Celas – Avenida Sá da Bandeira – Rua Sofia – Avenida Fernão Magalhães – Avenida Navarro – Portagem e Portagem – Praça 8 de Maio – Avenida Sá da Bandeira – Universidade de Coimbra – Solum – Pólo II da Universidade de Coimbra – Rua do Brasil – Portagem.
        
·        Permissão de circulação de táxis a qualquer hora, no sentido Portagem – Praça 8 de Maio.
·        Permissão de circulação de quaisquer de transportes privados das 21,00h, às 7,00h, no sentido Portagem – Praça 8 de Maio.

3.      A colocação das paragens de transportes públicos dos SMTUC nas ruas circundantes à Baixa, como estão actualmente não permitem que existam paragens a uma distância minimamente aceitável. Fazendo com que os consumidores e os moradores sejam afastados da Baixa.

4.      É necessário colocar paragens de transportes públicos dos SMTUC, no sentido Avenida Navarro – Avenida Fernão Magalhães e da seguinte forma:
·        Colocação de paragem somente com sinalização vertical, em frente ao Hotel Oslo.

5.      Os comerciantes sempre estiveram e estão com a nossa cidade e com as suas festas e celebrações. 

O comércio da Baixa quer participar nas comemorações dos 900 anos do Foral da Cidade, no dia 26 de Maio, da seguinte forma:
·        Abertura do comércio até às 21h00.
·        Publicitação da abertura do comércio e animação das ruas da Baixa por parte da APBC.
Analisar no final, junto dos comerciantes de qual a receptividade dos consumidores. Para que se possa instituir pelo menos uma 5ª feira por mês, a abertura do comércio até às 21h00. Já que a nossa cidade às 5ª feiras à noite tem muitos consumidores na rua.

6.      Devido ao aumento da oferta, ao alargamento dos horários de funcionamento e devido à alteração dos horários de trabalho dos consumidores, existe a necessidade das lojas da Baixa se adaptarem a esta nova realidade. Mas, devido aos diversos problemas que existem com a gestão dos recursos humanos (por vezes as lojas têm um único funcionário ou funcionários que têm contratos de trabalho limitativos em termos de flexibilidade do horário de trabalho), é necessário conseguir um horário de funcionamento, que permita satisfazer melhor os consumidores. Mas que, em simultâneo, permita ter a esmagadora maioria das lojas abertas.
É necessário fazer um inquérito a todas as lojas da Baixa, sobre qual o horário de funcionamento, da seguinte forma:
·        A APBC distribuir uma inquirição em todas as lojas da Baixa, sobre o horário de funcionamento que a loja pode praticar, tendo em atenção as suas limitações de recursos humanos e o horário que considera, através da sua experiência, mais benéfico para os consumidores.
·        Compilar o resultado da sindicância e verificar qual o horário que permita a abertura do maior número de lojas
·        Publicitação, por parte da APBC, dos novos horários de funcionamento, junto de todos os consumidores e das formas mais eficazes, em toda a região influenciada pelo comércio da Baixa (outdoors, folhetos entregues porta a porta e informação em todas as lojas)
        
7.      Um dos argumentos mais usados pelos consumidores para não virem fazer compras à Baixa, deve-se ao facto de terem de pagar estacionamento. Como a partir das 17h00, os transportes privados que vêm à Baixa, vêm somente para fazer compras, ou porque moram nesta zona. Fazendo com que a perda de receitas com o estacionamento seja ganho com o aumento do volume de facturação das lojas.
É necessário que o pagamento nos locais de estacionamento com parquímetros seja somente das 08 às 17h00, de Segunda a Sexta-feira. 

8.      A fraca iluminação nocturna da Baixa tem feito com que os consumidores a partir duma certa hora tenham medo de andar no Centro Histórico. E tem permitido que surja alguma marginalidade que intimida e que tem atentado contra o património principalmente dos comerciantes. A Câmara Municipal de Coimbra já apresentou publicamente um concurso internacional para a resolução do problema no máximo daqui a 3 anos.
Mas até lá é necessário proceder à limpeza dos candeeiros públicos e à substituição das lâmpadas danificadas dos mesmos.

9.      Os comerciantes são os melhores conhecedores da Baixa e das suas necessidades. E pelas intervenções feitas no encontro/debate, existem intervenções que são necessárias fazer, mas sobre as quais não foi possível alcançar consenso (devido à diversidade de opiniões). Também porque a Câmara Municipal de Coimbra tem intervenções em fase de estudo sobre locais da Baixa, e é necessário os comerciantes ficarem a saber com antecedência que intervenções vão ser feitas para se poderem preparar para as mudanças.
É necessário realizar encontros/debate entre comerciantes e técnicos, promovidos pela APBC, sobre intervenções de fundo em locais da Baixa. Sendo eles:
·        A Praça do Comércio
·        O Terreiro da Erva
·        A reabilitação e rentabilização dos imóveis da Baixa
·        A atracção de turistas para hotelaria, restauração e comércio
·        A margem esquerda do rio Mondego, junto ao Estádio Universitário



Coimbra, 26 de Abril de 2011

O Grupo de Trabalho




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