sábado, 2 de junho de 2007

QUEM ME TIRA DESTA ESTRADA

QUEM ME TIRA DESTA ESTRADA

Quem me roubou o sorriso,
ao inferno vai parar,
uma alma tão sem siso,
que deixou de me amar;
às vezes, quero morrer,
e partir sem direcção,
eu não quero envelhecer,
ferido no coração;
Quem me tira desta vida,
e me indica a salvação,
pode ser qualquer querida,
que me encha de ilusão;
às vezes sou inocente,
e creio sem duvidar,
num sorriso que me tente,
começo logo a sonhar;
Quem me tira esta angústia,
que afoga todo o meu ser,
quem me dá um sedativo,
e vontade para viver;
Afago a minha tristeza,
nas nuvens que vejo passar,
escrevo versos sem certeza,
desta mágua libertar;
Sou um mendigo de amor,
carente e pobrezinho de afecto,
estendo a mão cheio de ardor,
na esperança de ter um tecto;
Um tecto que me albergasse,
e me desse consolação,
um só brilho, talvez, chegasse,
e me garantisse protecção;
Estendo as mãos à caridade,
como um indigente numa esquina,
perdido numa grande cidade,
em vão, tentando fugir à sua sina.

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