quarta-feira, 6 de junho de 2007

BALADA DA ETERNA SOFREDORA

Se eu te pudesse fazer uma canção,
mostrar todo o meu lado emergente,
abria, de par em par, o coração,
verias que o meu sofrer é pungente;
Porque teimas em ficar e me usar,
sabendo que corro, se preciso for,
sou, p'ra ti, o antidepressivo, o teu bem-estar,
sou aquele que colmata a tua dor;
Ai coração,
sofres em silêncio,
preso nas masmorras da tua dor,
olhas para o cèu, em contemplação,
esperas o messias, o teu salvador;
O que esperas de tantos anos a sofrer,
talvez um milagre qualquer dia ocorra,
pode ser que um santo o possa fazer,
ainda antes que um ou outro morra;
A tua vida é chorar pelos cantos,
cada lágrima é um muro de lamentar,
dia-a-dia constróis um oceano de prantos,
inventando uma saida para não ficar;
Tu vives amarrada à esperança,
que um dia ele possa voltar,
sabes que tens a sua herança,
saída do teu ventre a estrebuchar

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