Depois de, há cerca de duas semanas, Jorge
Santos, um benemérito de Miranda do Corvo, ter oferecido um órgão ao músico de
rua Luís Cortês, na quarta-feira, da semana passada, um energúmeno deu-lhe a “palmada” na Praça 8 de Maio. Em
princípio, segundo testemunhas que o viram carregar o instrumento, o gatuno estará
identificado pela PSP. O problema, como se compreende, é a prova. E sem
aparecer o instrumento é complicado.
Por que no meio de bandalhos como o ladrão que
surripiou o ganha-pão do Luís há sempre gente boa que emerge e que nos dá
esperança num mundo melhor, hoje à tarde, uma senhora, acompanhada do neto,
entregou um órgão novo ao Cortês. Disse quem viu que, perante a surpresa, o
músico de pobreza reconhecida deu em chorar desalmadamente. Um gesto deste altruísmo
é bonito de mais! Salienta-se. Em nome de todas as pessoas de boa-vontade, muito
obrigada. Mesmo no desleixo do músico invisual, que ao não cuidar bem do que
lhe oferecem com tanto amor causa alguma irritação por parecer não dar valor ao
esforço dos outros, temos de ter uma compreensão maior e o que deve prevalecer
é o sentimento de generosidade. Uma boa lição que esta nobre benfeitora e o
neto deram. Bem-haja!
1 comentário:
O meu "contacto" garantiu não saber de nada, mas prometeu ficar atento.
Se está identificado, esse papel já não é necessário, mas calculo que o instrumento já esteja noutras mãos.
Abraço!
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