Bom dia Sr. Luís,
Permita-me contar-lhe (mais) um episódio daqueles que nos deixam chateados. Como sabe tenho a minha Loja na Rua Visconde da Luz, e nos últimos tempos até nem nos podemos queixar da afluência de turistas estrangeiros. Apesar de não comprarem como dantes, sempre vão adquirindo alguma coisa. Aconteceu que, hoje, e sendo já episódio recorrente, entrou uma senhora espanhola na loja, esbaforida e cheia de pressa pegou num artigo e mandou embrulhar rapidamente. Disse que não se podia separar do grupo que caminhava apressadamente com o guia à frente.
Ora, sendo eu turista há alguns anos em vários países da Europa, nunca vi tal coisa; havendo mesmo recomendações aos guias para que parem nas zonas históricas e deixem os turistas usufruir do comércio local, e, quem sabe, fazer umas "comprinhas" para os amigos e familiares.
Não sei se é possível mudar esta situação, estabelecer um protocolo com os operadores turísticos, sei lá...
Diga-me lá Sr. Luís, você que tem sempre boas ideias, o que pensa do assunto?
Um abraço,
Pedro
--
Soap&Soul Coimbra
Rua Visconde da Luz, C.C. Visconde, nº 75, Lojas 2 e 3
3000-414 COIMBRA
239 837 202
soapandsoul.coimbra@gmail.com
http://soapsoulcoimbra.blogspot.com/
http://www.facebook.com/pages/SoapSoul-Coimbra/139768652742360
Permita-me contar-lhe (mais) um episódio daqueles que nos deixam chateados. Como sabe tenho a minha Loja na Rua Visconde da Luz, e nos últimos tempos até nem nos podemos queixar da afluência de turistas estrangeiros. Apesar de não comprarem como dantes, sempre vão adquirindo alguma coisa. Aconteceu que, hoje, e sendo já episódio recorrente, entrou uma senhora espanhola na loja, esbaforida e cheia de pressa pegou num artigo e mandou embrulhar rapidamente. Disse que não se podia separar do grupo que caminhava apressadamente com o guia à frente.
Ora, sendo eu turista há alguns anos em vários países da Europa, nunca vi tal coisa; havendo mesmo recomendações aos guias para que parem nas zonas históricas e deixem os turistas usufruir do comércio local, e, quem sabe, fazer umas "comprinhas" para os amigos e familiares.
Não sei se é possível mudar esta situação, estabelecer um protocolo com os operadores turísticos, sei lá...
Diga-me lá Sr. Luís, você que tem sempre boas ideias, o que pensa do assunto?
Um abraço,
Pedro
--
Soap&Soul Coimbra
Rua Visconde da Luz, C.C. Visconde, nº 75, Lojas 2 e 3
3000-414 COIMBRA
239 837 202
soapandsoul.coimbra@gmail.com
http://soapsoulcoimbra.blogspot.com/
http://www.facebook.com/pages/SoapSoul-Coimbra/139768652742360
*******************************************
NOTA DO EDITOR
Bom dia, Pedro. Lá ideias tenho
muitas, talvez por isso me julgue permanentemente idiota. De que vale tê-las
numa terra em que poucos auscultam alguém? E se por acaso ouvirem é porque o
emissor terá uma importância tal que o escutar não é ouvir, é simplesmente um
mero formalismo, uma submissão directamente proporcional ao seu grau de
estatuto. Ou seja, vale mais um tossir de um qualquer “senhor Doutor”, tecnocrata,
que nunca saiu do seu gabinete e não tem qualquer percepção da realidade
laboral, do que uma voz anónima que está no terreno e fala com conhecimento –como
é o seu caso.
Quanto ao seu legítimo lamento,
concordo consigo. É um escândalo! Em 13 de Janeiro de 2011 escrevi um texto –veja link- sobre o mesmo assunto e que acontece diariamente na zona da Sé Velha.
Enviei-o para a Empresa Municipal de Turismo. Pensa que alguém desta entidade
respondeu? Isso é que era bom!
Na altura consegui saber que
muitos dos guias turísticos são contactados particularmente por hotéis. O que
quer dizer que agem por sua conta e risco. Outros profissionais de turismo são
contratados por agências de viagens e a mesma coisa: como ganham pouco, muitas
vezes, tentam ampliar a sua prestação com comissões nas lojas previamente
visitadas. Outros ainda são então contratualizados pelo turismo e pela empresa
municipal.
O que é saliente, e indigna, é o
desprezo a que a maioria das lojas comerciais é votada. Salta à vista que não
há planeamento e cada guia faz o que bem entende, mesmo que com a sua acção
interesseira esteja a condenar dezenas ou centenas de operadores que arriscam
tudo o que têm para ganharem a vida.
No meu entender, por exemplo aqui
em Coimbra, este encargo de criar roteiros caberia por inteiro à Empresa
Municipal De Coimbra –embora já fosse anunciada a sua extinção-, que, para isso,
deveria reunir com todas as entidades ligadas ao sector. Claro
que, mesmo assim, não quer dizer que não houvesse desvios, isto é,
favorecimento de um ou outro estabelecimento, mas, creio que tentar agitar já
seria um passo em frente. Este silêncio que todos assistimos faz um barulho
danado a quem está na Baixa e vê os grupos a passarem em bandos, como se fossem
andorinhas em direcção ao Norte de África.
TEXTOS RELACIONADOS
"Um turismo que sofre de raquitismo"
"A maestrina turística"
Sem comentários:
Enviar um comentário