Caro Colega:
O próximo feriado de 5
de Outubro calha a uma sexta-feira. Assim e atendendo à
conjuntura económica do país e à grave crise que o comércio tradicional
atravessa, diversos comerciantes da Baixa apresentaram a sugestão de ter
os estabelecimentos abertos nesse dia, e publicitar o facto para avisar os
visitantes deste espaço comercial. Também o Mercado Municipal estará de portas
abertas.
Face ao exposto a APBC apela a todos os
comerciantes para a abertura neste dia.
Para uma atempada preparação da divulgação
desta iniciativa gostaríamos que nos respondessem se estarão a funcionar no dia
5 de Outubro, até amanhã dia 28 de Setembro, através dos telefones
239 842164, 914872418, 914872455 ou e-mail apbcoimbra@gmail.com
Atenciosamente,
Armindo Gaspar
Presidente da Direção da APBC
Carina Alves
APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra
Rua João de Ruão, 12 Arnado Business Center, piso 1, sala 3
3 000-229 Coimbra
Tel. 239 842 164 Fax. 239 840 242
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NOTA DO EDITOR
Sem que me fosse pedida opinião vou dá-la –ou não tivesse eu sempre um
parecer para tudo.
Acho que perante a actual conjuntura económica, inevitavelmente, vamos todos
ter de trabalhar cada vez mais. Não apenas para, com mais esforço, ganharmos menos, mas, acima de tudo para
conseguirmos resistir ao que estamos a passar e as nuvens negras que se
adivinham. Bem sei que esta minha posição não será unânime. Em face desta proposta,
muitos dos colegas pensarão “mas para que raio vou eu para a loja a um feriado
se nos dias normais já pouco vendo?”. Ora bem, esta ilação formalmente está
correcta, materialmente é que não. E porquê? Precisamente porque, por um lado,
nunca se sabe quando se poderá fazer um bom negócio, por outro, há uma questão
fundamental: cada vez mais terá de se mostrar ao visitante da Baixa, nosso
cliente habitual ou esporádico, que estamos dispostos a sacrificar a nossa vida
pessoal e familiar para salvar os nossos negócios –escrevi “nossos”
intencionalmente, porque só agindo em grupo conseguiremos ter força, pujança,
energia –são sinónimos, mas, não importando, reforça a tese.
Bem
sei que andamos todos sem alento anímico –às vezes até parecemos uma “barata
tonta”- mas, vá-se lá buscar entusiasmo sei lá onde, temos de acreditar –vou repetir:
ACREDITAR- de que somos capazes. Temos de ter esperança, porra! Afinal, se não
dermos o exemplo, como é que vamos mostrar aos nossos filhos que não caímos à
primeira “zoeira” de vento? Basta recorrer à memória dos nossos pais para ver o
quanto sofreram para nos criarem. Lembram-se? Estão a visionar? E eles,
connosco catraios tantas vezes a pedirmos um brinquedo, fazendo um esforço
danado para não chorarem perante o nosso apelo, lá davam uma desculpa
esfarrapada para nos contentar. Sempre que estou em baixo, a lamentar-me da
minha sorte, recorro a imagens do meu tempo de garoto e imagino a labuta dos meus pais.
Será que, apesar da crise que vivemos, teremos o direito de choramingar? Pense
nisso!
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