NO MEIO DA MAIORIA HÁ SEMPRE UM PROVIDENCIAL DESTAQUE

(IMAGEM DA WEB)

 Segundo o Diário de Coimbra (DC) de hoje, “Luís Providência, vereador eleito pela maioria, desafiou ontem, na reunião do executivo camarário, a empresa municipal Águas de Coimbra (AC) a cortar em determinadas despesas, concretamente nos gastos com o pessoal e nomeadamente nas avenças de alguns prestadores de serviços. O militante do CDS/PP, partido que, tal como o PSD e o PPM, integrou a Coligação por Coimbra, que venceu as autárquicas de Outubro de 2009, falou em “cidadãos contratados por três mil euros mais IVA por mês, o que me parece um valor exageradíssimo seja em que condições for”.

Continuando a citar o DC, depois de apelar a que “os contratos a 3600 euros por mês não sejam renovados, Providência revelou ser “um valor que ultrapassa, por exemplo, o que ganha um vereador”. (…) O titular do pelouro do Desporto entende que “não pode ser só a Câmara, os vereadores e os munícipes que deles dependem a ser afectados pelas medidas restritivas.”, palavras do vereador do Desporto, Luís Providência, ontem na reunião do executivo camarário.

 Depois de ler estas declarações, a primeira manifestação de um cidadão anónimo como eu é…fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuu! –é um assobio, não parece mas pretende ser.

Este assobio é de admiração. Não conheço o Luís Providência pessoalmente, mas, daqui, do meu cantinho da Baixa de Coimbra, apetece-me dizer: “dá cá um abraço, pá!”. Não é todos os dias que se encontra um político a denunciar o laxismo financeiro dos seus pares.

Segundo se consta aqui pelas vielas mal-afamadas, parece que há meninos da Praça 8 de Maio que tomam banho na mesma água de certas meninas das AC. É verdade, é mentira? Isso não sei! A verdade é que também o meu colega do lado, o blogue "O Sexo e a Cidade", também afina pelo mesmo diapasão.

O folhetim prossegue nos próximos capítulos. Os olhos do povo anónimo, mais politizado, estão postos no presidente da Câmara, Carlos Encarnação. Já há quem faça apostas que Providência irá cair do cavalo em queda provocada, sobretudo, pela bomba de deflagração que lançou ontem na sala do paço aos seus companheiros de coligação. Eu, pessoalmente, que sou treinador de bancada, aposto (se calhar mal) que o vereador do Desporto sairá reforçado deste seu acto de coragem. Afinal são destes actos que os políticos terão de dar para saírem do lamaçal em que se encontram aos olhos dos eleitores.

Pode até ter perdido credibilidade a “Coligação por Coimbra”, mas a política, o acto essencial à defesa da “res publica”, da coisa pública, que, como sombra errante, anda pelas ruas da amargura ficou garantidamente reforçada. Com este acto, prova-se que ainda há esperança…num amanhã melhor!