sábado, 6 de março de 2010
LOTARIA: UM PRÉMIO PARA COIMBRA
O Carlos Nunes é um simpático cauteleiro que percorre as ruas da Baixa a vender Lotaria. De muitos vendedores de Lotaria de outrora, o Carlos é último que resta. Não se sabe se é este tipo de jogo em cautelas que está em descrédito, na falta de fé, ou talvez por falta de rendibilidade é uma profissão que está em acelerado desaparecimento. E é pena, porque noutros tempos os pregões lançados ao vento pelos cauteleiros eram uma graça na cidade. Enfim, nostalgias. Virá talvez um dia em que se dará a verdadeira importância a pessoas como o Carlos.
Já aqui falei dele, há cerca de um ano atrás. Esta semana, vendeu o primeiro prémio da Lotaria Popular em fracções a várias pessoas. Quando lhe pergunto se está contente, diz-me num sorriso entrecortado de alegria: “claro que estou! Dar a sorte a alguém, mesmo não tomando parte nela, deixa-me contente”.
Quem não está muito contente é o escriba destas palavras… que sou eu. Aliás, estou furioso. Então, cá o rapaz, a comprar-lhe uma cautelita todas as semanas –e mais: sendo o seu assistente e director de marketing-, vai daí, dá a sorte aos outros? Isto está certo? Claro que não! Então ele não poderia escolher uma das fracções premiadas para mim? Tenho muita razão em estar fulo. Tenho ou não tenho? Pois, claro que tenho…é óbvio…
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1 comentário:
Ai o "sacana" que não me a vendeu a mim.
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