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É óbvio que para avaliar e proferir uma opinião mais sensata temos de saber a causa que deu origem a esta consequência de pancada no Parlamento madeirense. Ora, portanto, não temos conhecimento de tudo. E, pelo que se vê, o que nos é dado inferir? Pelos antecedentes, sabemos que este senhor, de nome José Manuel Coelho, populista, digamo-lo sem pejo, a tudo recorre para dar nas vistas –ficamos a saber também que, lá como cá, o cunho familiar no plenário é recorrente. No que diz e defende tem razão? Na maioria tem. O problema não está no conteúdo que transmite, mas na forma, algo rasteira, como o faz. E a Assembleia Legislativa da Madeira, pelo seu também comportamento perante casos como estes, e já repetidos, é melhor, isto é, consegue transmitir uma imagem sóbria, imaculada, de serenidade, de um parlamento que, embora numa Região Autónoma, deve honrar a Nação Portuguesa? Quanto a mim, não. Aparentemente, como por lá, estranhamente, a democracia, como é concebida, não assenta pelas cadeiras do hemiciclo, o resultado é uma caldeirada que só envergonha o País e só vem dar razão àqueles que pedem o fim deste regime parlamentar. Isto é apenas uma opinião pessoal.
Estamos perante um escândalo, uma vergonha, mais própria de países do terceiro-mundo onde vale tudo. O que é lamentável é todos andarmos a pagar, a peso de ouro, a sujeitos como estes para nos representarem condignamente. Algo me diz que estes incapazes e irresponsáveis no acto político a que estão obrigados na representação, mais tarde ou mais cedo, vão ser todos varridos, mas à pancada, pelo povo. Tristeza!
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