sexta-feira, 6 de abril de 2012

ESTACIONAMENTO DO MERCADO ENCERRADO




 Todos sabemos que a sexta-feira, enquanto fim-de-semana, é um dia muito importante para qualquer mercado municipal. Se juntarmos neste dia da semana o facto de ser feriado, será de supor que quem está encarregue das questões logísticas tudo fará para estas praças tão importantes na criação de emprego e revitalização das cidades estejam a funcionar em pleno para receber os seus visitantes. Sabemos também que estas feiras de cariz popular, tal como todos os pequenos negócios, diariamente se debatem com um elevado problema de desertificação dos seus clientes. E aqui no Mercado Municipal D. Pedro V é assim?
Hoje, sexta-feira Santa, o Mercado Municipal, dia de grande afluência de público, esteve com o estacionamento subterrâneo encerrado. Foram várias as pessoas que se me dirigiram indignadas por este facto incompreensível. Disse-me uma: “ia para fazer compras no mercado. Dirigi-me ao estacionamento e estava com o portão encerrado. Dei uma volta ao mercado para o estacionamento ao ar livre e estava tudo completo. Acabei por ir comprar ao “Pingo Doce”.

E O QUE DIZ UM OPERADOR DO MERCADO?

 Paulo Diniz é um talhante que quase nasceu nesta antiga praça. Perante a inoperacional ACMC, Associação do Comércio de Mercados de Coimbra, e a displicência dos colegas tudo tem feito para defender e reanimar o mercado que todos conhecemos. Então, perante este acto e atitude incompreensível, o que pensa o Paulo?
Paulo Diniz (PD) -Não se percebe como é que a Câmara Municipal de Coimbra gasta milhões de euros para manter o mercado a funcionar e, num dia como hoje, tão importante para quem aqui trabalha, não corresponda às expectativas criadas.
Luís Fernandes (LF) -Mas, diga-me Paulo, você previa que isto iria acontecer?
PD -Sim, já é normal nos feriados e dias santos o estacionamento estar encerrado…
LF –E, desta vez, o senhor fez alguma coisa?
PD –Sim, ontem liguei para os SMTUC e falei com a senhora doutora Virgínia Ferreira. Alertei-a para o facto de hoje, sexta-feira santa, ser um dia importante para o nosso comércio e, como tal, era necessário que o estacionamento estivesse a funcionar…
LF –E o que respondeu a senhora?
PD –Disse que não era possível, porque tinham um contrato com uma firma de segurança, e que os domingos e feriados não estavam contemplados no contrato de prestação de serviços. Como tal,  não era possível corresponder ao meu pedido.
LF –E você sugeriu alguma solução?
PD –Sim, até lhe disse que nos deixasse tomar conta do estacionamento. Eu arranjaria uma pessoa para lá, mas a senhora respondeu que não estava prevista esta possibilidade.
LF –E, perante o que está acontecer –o relógio marca 12h40- você nota manifestações nas pessoas pelo facto do estacionamento não estar a receber automóveis?
PD –Claro. Já vários clientes me disseram aqui que, como não podiam estacionar, iam embora. Acho que todos fomos prejudicados, sem excepção.
LF –Mas, responda-me, mesmo assim, ao ar livre ainda há muitos lugares. Como é que se entende que estejam repletos?
PD –Sabe porquê? Porque os colegas em vez de darem o exemplo, e irem estacionar noutro lado, deixando lugares vagos para os clientes, não senhor: ocuparam tudo com os seus carros.
Assim não vamos lá!




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