terça-feira, 2 de agosto de 2011

PELA NOSSA AMIZADE, EU TE NOMEIO...





  Eu sou muito lerdo. Bem sei que isto é mesmo chover no molhado. Todos estão fartinhos de saber. Então se assim é, porque o refiro? Perguntará você, leitor. Sei lá, é para deixar assim no ar a dúvida. Quem sabe eu confessando possa ser entendido a brincar, isto é, com efeito contrário. Também não custa nada tentar. É ou não é? O certo é eu ser mesmo totó. Isso é um dado adquirido. Logo, tudo o que venha acima será mais-valia. Estou certo? Não precisa responder. Obrigado. Não se mace.
Então, continuando, ando com uma dúvida na cachimónia que até se me tira o sono. Eu seja ceguinho. Quer dizer, dúvida não, é uma interrogação que me consome o resto dos meus poucos neurónios. Então lá vai:
Porque razão é que sempre que muda um Governo tem de haver estas mudas de lençóis do pessoal que presta serviço em todos os ministérios? Esta noite, que a passei todinha em branquinho para chegar a uma conclusão, depois de pensar, repensar e voltar a pensar, lá exclamei para o meu travesseiro: “bom, as chefias de gabinete, se calhar, até fazem sentido, talvez pela necessária confiança política. Mas as secretárias, os especialistas –como no caso do Gabinete do Ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares- os motoristas, e outros substituídos, não poderiam ser funcionários públicos de carreira e continuarem nos seus lugares sempre que mudam os executivos?
Não estamos perante uma obsessiva desconfiança perante a carreira do funcionalismo público, sabendo nós que qualquer um está obrigado a um código de conduta? -Ou deveremos dizer antes que é uma oportunidade descarada de arranjar empregos para os amigos?
Mais ainda –peço desculpa de só fazer perguntas parvas-, mas fará algum sentido sempre que muda um  governo mudar-se a administração da Caixa Geral de Depósitos?
E fará sentido mudar todos os directores gerais dos vários institutos públicos? Quanto custa esta mudança ao erário público? Não apenas na contabilidade directa, mas na indirecta, ou seja, nos trabalhos interrompidos pela substituição e inexperiência do novo?
A cortar, se houvesse mesmo vontade, não seria logo nestas vergonhosas nomeações?
Parece-me que tenho mesmo de enfiar o chapéu de cavalgadura. Isto são perguntas que se façam? Sinceramente, se pudesse, até me apetecia dar um grande “cachação” em mim próprio…


2 comentários:

Jorge Neves disse...

Posso mesmo ir para secrtario desse senhor de Espinho e ficar a receber 1880 euros como o motorista requesitado por um Ministro deste Governo.
Volta Sócrates que está perdoado!
Caso para dizer puta que os pariu!

Ana disse...

Olá Luis, já sabes como é, nestas alturas têm-se que distribuir os "tachos" e, especialmente quando muda o partido no governo, eles não são poucos...
beijos