sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MORREU O SENHOR DO ADEUS...



 Será que dentro de nós não haverá -mesmo que seja em secreto desejo- um pouco do homem do adeus? O homem do sorriso e da saudação morreu. Não o conhecia, mas pelo que leio aqui, foi uma pessoa que trocou o vazio da solidão pelo aconchego da partilha.
Interessante, do ponto de vista social, num tempo em que ninguém olha para ninguém, como é que uma metrópole como Lisboa se apegou e apaixonou pelo homem do adeus. Ainda para mais, na hora da partida e num último acenar, a grande cidade não deixou de se despedir do homem que dizia adeus, humanizando com o gesto todos os que passavam na Rotunda do Saldanha.
Talvez esta história simples de um homem complicado, para além de nos fazer sorrir de ternura, nos faça reflectir...

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