Perante os cortes nas iluminações natalícias de Norte a Sul do país, muito movidas por um pacovismo endémico –sobretudo pela petição pública no Facebook a apelar para que não se façam este ano-, tendo em conta que estas iluminações fazem parte da nossa memória e tradição, interroguei-me se Coimbra também tinha aderido –saliento que provavelmente muitos destes subscritores do contra as festividades natalícias também teriam subscrito uma outra petição contra os cortes na Cultura desencadeados pela ministra da tutela. Quer se queira, quer não, as iluminações públicas no Natal são cultura e contribuem para um ambiente muito próprio da quadra. Também, por uma questão de honestidade, convém lembrar que, até 2002, em Coimbra as iluminações, os ornamentos, eram pagas pelos comerciantes. A autarquia apenas liquidava a factura eléctrica.
Há cerca de dois meses os funcionários da firma Teixeira Couto, Lª, de Paredes, andaram aqui na Baixa a estender fios e erguer postes. Portanto, tudo indicava que a autarquia de Coimbra não se deixou embalar em modas –quanto a mim, muito bem. Para mais, há pouco tempo, li no jornal Público que esta edilidade se propunha gastar 90 mil euros no agraciamento das ruas. Mas então, já vamos em 24 e dos arcos iluminados nada. O que é que se passa?
Responde Armindo Gaspar: “estava programado que, este ano, as iluminações começariam mais tarde, com início em 08 de Dezembro e até 06 de Janeiro, dia de Reis. O que a edilidade pouparia em não começar mais cedo seria remetido, em subvenção, para uma instituição de solidariedade. Acontece que, se o princípio está correcto na comparticipação solidária, achei que a começar em 08 de Dezembro seria tarde e propus à Empresa Municipal de Turismo, na pessoa do presidente Alcoforado, que antecipasse para o início do mês e cortasse em Janeiro. Foi então possível adiantar para o próximo dia 04 a inauguração da iluminação natalícia e que se prolongará então até ao dia 31”.
2 comentários:
Eu entendo que a Iluminação de Natal dá vida às ruas da baixa e ajuda alegrar e animar o comercio.
Mas nesta etapa da vida dos portugueses, onde muitos passam fome e frio, acho que que a verba que a Autarquia gasta na iluminação deveria ser gasta na totalidade com os mais desfavorecidos.
Gosta de saber se as lampadas que se vão usar para "alegrar" as ruas são de baixo consumo e fabricadas em Porugal ou se foram importadas da China! Alguem me pode responder?
Deviam aproveitar a iluminação publica e substituir as lampadas actuais por outras de baixo consumo e de varias cores assim as ruas ficavam iluminadas, e isentar os comerciantes da baixa do pagamento dos reclames luminosos dos seus establecimentos comerciais, que em muito ajudavam a dar "luz" às ruas e becos da baixa.
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