quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UM ASSALTO A UMA OURIVESARIA...

(IMAGEM DA WEB)

 Comece por visionar este vídeo do Jornal de Notícias, de um assalto a uma ourivesaria. Verifique a impunidade com que os assaltantes, de cara descoberta, actuam. Pense por momentos que esta gravação, por imposições legais de direito à imagem -faça o favor de não se rir, porque isto é mesmo sério- não servirá para nada.
Agora, transcenda-se um pouco e passe para o título da foto de cima: "Cimeira da Nato -equipamento de segurança vai custar 5 milhões ao Estado Português".
Não é preciso pensar muito para vermos que alguma coisa vai mal nesta pseudo-ordem, nesta anarquia, da eurolândia. Penso que ninguém está contra a segurança de chefes de Estado. Eu não estou, tenho a certeza que é uma obrigação de Portugal assegurar a sua integridade física. O que está mal é a disparidade de critérios. Ou seja, para os naturais, assegurar a defesa de quem trabalha, em prol do desenvolvimento económico do país, não existem nem meios humanos, no caso polícias, nem meios de prova assentes na nova tecnologia. É como se o Direito, porfiando em paradigmas e princípios que quem trabalha e anda a pé todos os dias não reconhece, continuasse a fazer-se transportar em carroça de burro e a criminalidade se faça transportar em carros de alta cilindrada. Quem é o cego aqui?
Será que, nesta aparente omissão deliberada de segurança a quem trabalha, se quer acabar de vez com as actividades económicas? E o problema é que todos os dias constatamos esta maior agressividade perante quem quer ganhar a vida honestamente. Haverá algum excesso de securitarismo ao pugnar pelo legítimo direito constitucional à garantia de integridade física? Perdeu-se completamente o respeito pela promoção e criação da riqueza? Se assim é, por favor, não venham mais falar em produtividade, em criação de emprego, em desenvolvimento económico, em aumentar as exportações. Por favor livrem-nos desses sermões pacóvios, sem conteúdo prático, digam-nos antes que estamos entregues por nossa conta e risco. Por uma vez na vida sejamos sérios. Em nome das imensas vítimas que grassam por este Portugal fora.

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