quinta-feira, 25 de novembro de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "PARA QUE A MEMÓRIA VISUAL ACTIVE OS SENTIDOS...E E...": 

 

Em jeito de reflexão sobre a violência doméstica, poderia dizer que muito mais havia para ser explorado acerca deste tema. Embora tenha a certeza de que quanto mais profunda for a investigação, mais assustadores são os números das vítimas deste fenómeno que cada vez menos tende a ser tolerado. 
É preciso estarmos cientes que existem variados mecanismos de orientação e de apoio às mulheres agredidas. Não basta apenas tratar as agressões físicas, pois são as feridas de foro psicológico que mais custam a sarar (se é que alguma vez o serão definitivamente). 
O que é certo é que enquanto escrevo esta reflexão dezenas de pessoas estão, em todo o mundo, a ser vítimas de toda a espécie de maus-tratos. 
É por tudo isto que esforços não devem ser medidos no que cabe a responsabilizar o agressor por este acto criminoso. 
Há que lutar para mudar esta situação. Como? Desenvolvendo diligências no que toca à prevenção, apostando em programas de educação conjugal, a serem desenvolvidos pelas autarquias, em virtude de estarem mais próximos das populações.
É de forma bem clara que constatamos que, infelizmente, a violência sobre as mulheres e crianças tem sido “algo de trivial”, sobretudo se nos confinarmos a determinadas culturas. Os números deste tipo de crime considerado público, somente desde 2000, são deveras assustadores. Note-se que cerca de cinco mulheres morrem por mês vítimas de violência e maus-tratos no nosso país. De lamentar ainda, que morrem mais mulheres vítimas de maus-tratos do que com cancro (uma das principais causas de morte no nosso país). 
A violência doméstica assume vários tipos de abuso: abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, recorrendo até ao “abuso” económico. 
Mas nem sempre os homens são os responsáveis pelas agressões. Existem mulheres que agridem os seus companheiros. Por exemplo, às vezes, ao discutirem recorrem à célebre bofetada. Estas fazem mais uso da violência verbal e emocional do que propriamente da física pois possuem uma estatura inferior ao homem. 
Infelizmente, a violência doméstica também não se restringe só às mulheres, afectando igualmente as crianças e idosos, por motivos semelhantes acrescentando o facto de estas constituírem alvos fáceis. 
Muitos dos agressores não são castigados devidamente pois o medo, factor condicionante, faz com que a maioria das vítimas venham a perdoar os seus carrascos. 
Felizmente, existem meios e estratégias de apoio às mulheres agredidas. Cada vez mais são as organizações e iniciativas realizadas neste âmbito, embora a chave esteja na prevenção. 

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