Fernando Nobre, líder da AMI, Assistência Médica Internacional, é o segundo candidato a posicionar-se na linha de partida para a grande corrida nacional a Belém. O primeiro candidato anunciado, como se sabe, é o poeta Manuel Alegre.
Esta corrida nacional, com sede em Belém, realiza-se de cinco em cinco anos. Nos anteriores concursos, os prémios nunca foram anunciados antecipadamente. Não se sabe muito bem o que leva os candidatos a concorrer. Uns dizem que é pelo chamamento da Pátria. Outros, que é para salvar o país. Ninguém sabe bem o que os move verdadeiramente. Pelo ordenadito miserável, de pouco mais de 5 mil euros, não deve ser de certeza. Se fosse por isso, valia mais candidatarem-se a presidente da Portugal Telecom, ou, em alternativa, talvez a um cargo na comissão executiva da telefónica nacional, que sempre dá para dar uma volta a Lisboa de bicicleta, parar no Cais de Sodré e beber umas cervejolas, acompanhadas de tremoços curados na Ria Formosa.
No caso de Fernando Nobre, citando o Público, diz o médico no seu blogue "Contra a Indiferença", "Foi uma decisão estritamente pessoal, tomada em nome de um imperativo moral e de consciência". (...) "Sinto que o país atravessa um período em que constantemente se põem em causa os valores e as pessoas, as promessas e os projectos. E sei a gravidade que essa atitude generalizada tem no futuro de todos nós. Acredito em Portugal! Acredito nos portugueses e nas suas capacidades. Somos no mínimo tão bons como qualquer outro povo do Mundo. E é isso que pretendo provar, candidatando-me a um lugar no qual penso poder fazer a diferença e dar o exemplo", justifica, segundo o jornal Público de hoje.
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