sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
NUNCA MAIS É SÁBADO
Ai, as saudades que tenho dos anos 80 do século passado. Mais propriamente de 1989, quando os temas de conversa eram o “escândalo Taveira”. Ao menos o povo andava entretido com questões sexuais e outras que tais do arquitecto lisboeta que concebeu as Amoreiras.
Agora não. São só “escutas” para aqui, “escutas” para acolá. Sócrates para a TVI, Sócrates mais não sei quê. Porra! Se ao menos trocassem as “escutas” por “es…putas”, vá lá, uma pessoa até aguentava, mas assim não. Bem sei que “escuta” até é feminino, mas tem algo de esotérico, o sentido perde-se nas estrelas. Isto é triste. Não sei se é fado, mas que é uma chatice é verdade. Eu gostava mesmo era de um escândalo de saias, assim do género do Clinton, estão a ver? Com uma Mónica Lewinsky de permeio. Ai que saudades do século passado. Agora, neste século da Internet, é tudo virtual, passa tudo pelo computador. É certo que em 2006 ainda tivemos uma ameaça com umas cenas tórridas entre a Elsa Raposo e o então seu namorado Mário Esteves. Mas, como o vídeo era caseiro, não passou lá de casa.
Ai que nervos! Quando me lembro da minha vizinha Josefina –boa como ó milho!- que passa todos os serões agarrada à máquina. Há tempos até lhe disse que parecia que estava em coma, em morte aparente. Palavra de honra que bati à sua porta porque estava preocupado. Felizmente, estava bem…quer dizer…assim…assim! Com profundas rugas e olhar esgazeado, assim um bocadito para o macilento. Disse-me que nos últimos dois meses já tinha conhecido três namorados e, mesmo sem nunca estar pessoalmente com eles, já se tinha desquitado. Ai, que pena que eu senti da Josefina. Estava mesmo profundamente deprimida. Perguntou-me se ainda não tinham inventado uns preservativos para filtrar os mostrengos na Internet. Confesso, como sou mesmo um grande tanso nestas coisas do ciberespaço, fiquei sem saber o que dizer. A titubear, lá fui dizendo: se calhar, como estamos no ano da “Internet segura”, provavelmente já há. Disse a coisa assim com aquele ar arrastado…do Peter Falk, aquele que fazia de “Colombo” na televisão… estão a ver?
Isto só para entenderem. Se acham este texto estúpido como ó caraças, já vêem como é que eu vejo esta política que nos atropela a “caramunha”. Ora bolas!
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