(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
LÁ LONGE…
Gosto de
ti porque gosto,
e não consigo explicar,
tiraste-me daquele Agosto,
não canso de te imaginar;
Por mais
que te queira esquecer,
cada vez me aproximo mais,
sabendo que não me queres ver,
serás para sempre o meu cais;
Quando
lembro o teu sorriso gargalhar,
e o teu abraço envolvente e aglutinador,
sinto um rasgo na alma, um penar,
como se perdesse para sempre o teu amor;
Tenho fé
que um dia te irei encontrar,
mesmo de bengala, trôpego e velhinho,
talvez então te mostre e faça recordar
aqueles abraços e beijos de carinho;
Nessa
altura, pode ser que estejas só,
como só o vento soprava na muralha
quando te agarrava e beijava sem dó,
como se o futuro fosse o fio da navalha;
Até lá,
penso em ti todos os dias,
como o Sol teima em nos deslumbrar,
é uma onda do mar que tanto querias
e na praia, só, continua a se arrastar.
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