(Imagem da Web)
FELIZ ANO NOVO - FELIZ NATAL
Dito assim,
parece mais uma mensagem circunstancial igual a tantas outras. Bolas!, mas não
é isso que eu quero. Vocês, leitores deste blogue, que tendes tido a paciência
de ler o que eu escrevo merecem mais do que uma simples mensagem do tipo: toma lá e vai-te embora. Não é esse tipo
de encomenda que vos quero entregar.
Tenho que dizer duas coisas em relação ao Natal. Por um lado, não gosto deste período. Por outro, é um tempo triste e depressivo. Psicologicamente, tem uma explicação. Sei o motivo por que não gosto, mas não vos vou contar, que isso, para aqui, é irrelevante.
Socialmente, este tempo santo, para mim, deixa algo a desejar. É o Dezembro do “feliz Natal”, quase por obrigação recíproca. A prendinha dada quase da mesma forma. É a preocupação a termo certo com os mais pobres e carenciados. São os almocinhos solidários. É a sopinha dos pobres. É como se durante este mês caísse uma nuvem social de boa vontade e depois, quando ela desaparece, lá para Janeiro, tudo volta à normalidade. Não queria ser demasiado duro, mas é um período que tem acoplado muita hipocrisia –às vezes sem termos noção.
Mas uma coisa é certa, mesmo retirando toda esta carga nublada, acho que o Natal igualmente a outras datas que pretendem chamar a atenção são importantes. Ainda que durante pouco tempo, como bandeira de armistício, salienta e lembra o que de melhor existe dentro de nós: a paz, a solidariedade, a bondade, o respeito pelo outro, a preocupação social no seu todo.
Tenho que dizer duas coisas em relação ao Natal. Por um lado, não gosto deste período. Por outro, é um tempo triste e depressivo. Psicologicamente, tem uma explicação. Sei o motivo por que não gosto, mas não vos vou contar, que isso, para aqui, é irrelevante.
Socialmente, este tempo santo, para mim, deixa algo a desejar. É o Dezembro do “feliz Natal”, quase por obrigação recíproca. A prendinha dada quase da mesma forma. É a preocupação a termo certo com os mais pobres e carenciados. São os almocinhos solidários. É a sopinha dos pobres. É como se durante este mês caísse uma nuvem social de boa vontade e depois, quando ela desaparece, lá para Janeiro, tudo volta à normalidade. Não queria ser demasiado duro, mas é um período que tem acoplado muita hipocrisia –às vezes sem termos noção.
Mas uma coisa é certa, mesmo retirando toda esta carga nublada, acho que o Natal igualmente a outras datas que pretendem chamar a atenção são importantes. Ainda que durante pouco tempo, como bandeira de armistício, salienta e lembra o que de melhor existe dentro de nós: a paz, a solidariedade, a bondade, o respeito pelo outro, a preocupação social no seu todo.
Em relação ao Ano Novo quase a mesma
coisa. “Bom ano!”. "Bom ano!”. “Feliz Ano
Novo!”. “Boas Festas!”, se repete no
último dia 31 para 1 e duplica até à exaustão ainda durante todo o mês de Janeiro. Antecipadamente, sabemos que, salvo raras excepções, este ano de 2014
não vai ser bom. Menos ainda será feliz para a maioria. No entanto, mesmo
sabendo que se trata de uma falácia, todos colaboramos nela. Recebemo-la e
devolvemos. O que não é de estranhar, porque também nos alimentamos de utopia, na ideia do genial, do fantástico, mesmo crendo
que não passa de um sonho imaginário. E este contentamento interior pressupõe
uma optimização em todos os campos, dinheiro, emprego, paz na família, e… saúde.
Pois é! Escrevi saúde em último lugar intencionalmente. É que, para todos nós,
no geral, o vigor é como o ar que respiramos. É um bem adquirido. Tomamos à
letra o conceito internacional conferido pela Organização Mundial de Saúde: “saúde é um estado de completo
bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. Psicologicamente
interiorizamos que a saúde é um direito fundamental, intrínseco, consignado,
por Deus ou pela Natureza, pelo simples facto de estarmos vivos. Só damos por
ela quando nos falta. E lembrei-me de escrever sobre a nossa robustez física porque
a um meu familiar muito chegado, há pouco tempo, foi-lhe diagnosticada uma
doença grave. Quando lhe telefonei a desejar as boas festas respondeu-me: “só preciso mesmo é de saúde!”. Ora cá
está! Ele deixou de se importar com o todo, com o dinheiro, com as viagens, com
a necessidade de adquirir um carro novo, para apenas se focar no essencial para
viver. Nada do que considerava anteriormente, agora, passou a ter valor.
Quando tenho dúvidas em relação a
qualquer escolha que tenha de fazer –porque optar a todo o momento faz parte da condição
humana-, tenho por costume aferir entre o mal maior e o mal menor. É assim uma
espécie de balançar entre custos e proveitos –nunca podemos ganhar sem
inevitavelmente perdermos. Quando chego à conclusão de que o mal menor é a
preferência, como quem diz que os proveitos para a sociedade são maiores que os
prejuízos (custos), não tenho nenhuma dúvida em embarcar no mesmo cruzeiro
social. E é o que penso em relação ao Natal e ao Ano Novo. O homem é um ser de
rotinas, de hábitos enraizados. Quase todos afirmamos a pé juntos de que não
somos supersticiosos. No entanto, pelas práticas religiosas e pagãs, estas
quadras têm muita superstição acoplada. Quer na forma, quer no conteúdo. Como
exemplos, ir à missa do galo, na noite de Natal, ou comer as 12 passas na
passagem do ano velho para o novo.
Apesar de tudo e mesmo com todas as
premissas que enunciei, e na impossibilidade de prolongar estas épocas de paz e
amor, é bom existir um Natal e um Ano Novo a cada doze meses que passam.
Boas festas a todos e muito obrigados pela pachorra que têm tido ao ler os meus desabafos semanalmente. O meu sincero obrigado. Neste tempo de tristeza económica, em que parece não haver luz no horizonte, façam os possíveis por serem felizes e não percam a esperança. Não esqueçam que o sol nasce todos os dias e, haja o que houver, teremos sempre primavera. Nos momentos mais tristes, pensem nos passarinhos, que nada tendo materialmente, continuam no seu chilrear de alegria, mesmo até em dias de chuva e vento. Sorriam o mais que puderem. Por enquanto não paga imposto.
Um grande e apertado abraço a todos. Feliz Ano Novo!
Boas festas a todos e muito obrigados pela pachorra que têm tido ao ler os meus desabafos semanalmente. O meu sincero obrigado. Neste tempo de tristeza económica, em que parece não haver luz no horizonte, façam os possíveis por serem felizes e não percam a esperança. Não esqueçam que o sol nasce todos os dias e, haja o que houver, teremos sempre primavera. Nos momentos mais tristes, pensem nos passarinhos, que nada tendo materialmente, continuam no seu chilrear de alegria, mesmo até em dias de chuva e vento. Sorriam o mais que puderem. Por enquanto não paga imposto.
Um grande e apertado abraço a todos. Feliz Ano Novo!
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