Cerca das 9h30 de hoje uma mulher de 43 anos, bem-apessoada, bem-falante e de boas maneiras, deu a palmada numa série de peças em ouro na Ourivesaria Chieira, na Rua do Corvo. Segundo o responsável pelo estabelecimento, o senhor Ferreira (filho), “a classe da sujeita era impressionante” –e faz corte com a mão aberta de alto a baixo. “Tudo boa roupa de marca e com carteira a condizer”, enfatizou.
Segundo se consta, numa democraticidade pouco relevante, a ladra deu uma geral a quem se colocou a jeito, não apenas hoje mas nos últimos dias na Baixa. Se é um caso de cleptomania ninguém sabe. Segundo as declarações de quem viu, o que se sabe é que a senhora agia com completo à vontade e com alguma ingenuidade à mistura.
Segundo as palavras do dono da Ourivesaria Chieira, “eu tenho sempre as câmaras de videovigilância ligadas mas, como a experiência já é muito grande, uma pessoa quase cheira o furto à distância. Apercebi-me logo quando ela surripiou a primeira peça, mas deixei-a à vontade. Aliás, até fui buscar mais umas caixas onde tenho uma única peça em cada compartimento para não haver enganos e, num piscar de olhos, já faltavam duas peças em ouro. Comecei a mostrar-lhe que estava a ver tudo, até me inclinei para a sua mão que levava mais uma, mas a fulana parecia não dar por mim e pô-la no bolso. Até que me chateei com a brincadeira e disse: alto e para o baile! Foi então que ela se desmanchou em lágrimas. Chamámos a PSP e a suspeita, da zona de Poiares, foi levada para a Esquadra onde foi detectado ouro de várias outras ourivesarias, onde até estava um anel de curso que não era meu. Entretanto, quando estava lá a apresentar queixa surgiram duas funcionárias daquela ourivesaria ali… está a ver?" -Presumivelmente a Ourivesaria Marialva, digo eu. "Foi julgada em processo sumário e foi condenada a um ano de prisão com pena suspensa e a 100 horas de trabalho comunitário. É de supor que outras queixas foram formalizadas por outras ourivesarias”, advertiu o proprietário da Chieira.
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